domingo, 15 de dezembro de 2013

15.12.2013 | Passeio de Natal à Rabanada

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A Milho Doiro e os KedasBikes realizaram um passeio familiar solidário em que a inscrição era um brinquedo para associar aos cabazes de natal.


Pelas ruas de gavião os Pais Natal iam fazendo-se ouvir, desejando um bom natal a todos os que passavam e se encontravam no exterior de suas casas.

Ao fim de duas horas de passeio paramos na U.D. Bairrense para uma rabanada e um Porto!


Um Feliz Natal!

sábado, 14 de dezembro de 2013

14.12.2013 | Jales Vila Pouca de Aguiar (PUF10)

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Tó, Pedro Faria, Mendes, PedroS, Carlos Pereira, Rochinha e Joel às 7.30h já estavam a caminho para Vila Pouca de Aguiar. 


No centro de Vila Pouca tomamos a indicação de Jales, e a menina do GPS falado levou-nos pelo caminho mais perto que era a subir para o céu numa passagem estrita em paralelo, valeu-nos a 4x4 e a experiencia do camionista de três eixos. 


Chegamos a Jales com alguns anos de atraso, já há muito tempo que pensávamos fazer esta rota do ouro. Duas semanas antes tínhamos entrado em contacto com os irmãos Favaios (os irmãos Favaios foram os organizadores do PUF10) para nos orientarmos e ver se o track ainda estava atual. Estava tudo ok, só um estradão é que levou com alcatrão. Não puderam acompanhar-nos, tiveram uma sexta muito ocupada durante muitas horas. 


Começámos logo a tratar de montar as bikes, o Favaios veio dar-nos as boas vindas e as últimas sugestões. 


Arrancamos, não parecia que estava muito frio. Mas a sombra era demasiada gelada, a terra estava congelada, e o passar das bikes provocava um ranger como se passássemos em cima de milho. Nos primeiros cinco km o Carlos Pereira fura, um pouco mais à frente uma cena do discovery channel: dois cães atrás de um coelho, vitória para o coelho que se safou. Em poucos km já estava-mos deliciados com o passeio. As paisagens geladas com o fim do outono davam um colorido fantástico, os trilhos estavam puxadinhos e a bike parecia que prendia, havia muita pedra solta, mas é assim que gostamos a puxar pela técnica. 



Encontramos uma represa de água congelada, ficamos logo todos com dez anos, toca a atirar pedras para ver se fazíamos um buraco, mas o gelo era espesso e não era fácil. 




Aí o Rochinha decidiu fazer de bailarina e coreografou o lago dos cisnes. O Joel também estava com vontade mas mal coloca o pé de 96kg o gelo faz uma fenda e veio dançar, mas para terra. 



Chegámos às minas do tempo romanas onde extraiam o ouro, era uma valente cratera, descemos em espiral à volta da cratera e em cada metro sentia-mos a temperatura baixar, exploramos um pouco e depois subimos mas sem tração, o gelo não deixava. Saímos da cratera e fomos ao encontro das outras minas. 





A seguinte estava bem recheada de castanheiros, fomos até ao fundo encontrando ainda mais arvores e de uma beleza gelada. O Mendes como é seu apanágio, não pode ver castanheiros começa logo a remexer debaixo da folhagem para ver se encontra castanhas e… bingo enche o camelback de castanhas. O Carlos Pereira entusiasmado com a descoberta do Mendes (não, não era ouro) enche os bolsos do casaco de castanhas, se fosse ouro ficávamos todos entusiasmados e o resto fica à espera dos comedores de castanhas. Devia haver castanhas com três anos, o buraco era tão gelado que mantinha as castanhas sempre em bom estado. 




Mais à frente a avaria do dia, a Bike do PedroS encrava a corrente por fora da caixa e fica a pressionar os raios, o Tó e o PedroS não conseguem resolver a avaria. O Carlos Pereira, como estavam a demorar muito, desceu e veio ajudar. Lá se foram vinte a trinta minutos na avaria. Ficou resolvido, só não podia colocar as primeiras para não voltar acontecer o mesmo. 


De volta ao início, e com vontade de comer alguma comida quente, ligamos ao Favaios que nos aconselhou um restaurante onde comemos um presunto e um prego no pão do melhor. E não era fome porque o vinho também era bom… 


A repetir. 


Foi chegar a casa tomar banho e ir para o jantar de natal dos Kedasbike. Não há fotos, o músico do restaurante tinha a música numas alturas que nos deu cabo da cabeça, vá cantar mal para o #$%&#2@. 




Segue-se agora o rescaldo histórico por Rui Mendes:

"Como vem sendo tradição nos Kedas na véspera do jantar do grupo tem lugar um passeio fora do concelho este ano fomos para Vila Pouca de Aguiar a descoberta do complexo mineiro de Covas e da nossa história.
Neste importante centro mineiro classificado como Imóvel de Interesse Público em 1997, segundo um investigador espanhol, já eram explorados metais nos fins do Neolítico e sobretudo na idade do bronze e do ferro. Mas é sobretudo a romanização que marca profundamente a atividade mineira neste local.
A exploração que os romanos levaram a efeito em Covas, pela sua importância e duração, fez com que os vestígios deixados se revistam de grande importância, não só do ponto de vista do conhecimento da estadia romana por terras lusas, mas também da compreensão dos seus métodos de exploração e tratamento metalúrgico.
A exploração mineira em Covas realizava-se essencialmente pelo desmonte a céu aberto, sendo disso resultado os desfiladeiros que são as cortas (ou lagos) de Covas e Ribeirinha. Numa terceira Corta existente, a dos Lagoínhos, não estudada, a exploração era subterrânea. Esta Corta resulta do aluimento de uma grande extensão daquela que seria a galeria principal de uma complicado conjunto de galerias.
Em jeito de curiosidade um Engenheiro de Minas Inglês, calculou que 2000 trabalhadores operando diariamente levariam 200 anos a fazer estes desmontes, sendo necessário remover pelo menos 5.800.000 m³.
Na Corta ou Lago de Covas, foram reconhecidas várias galerias que terão sido utilizadas, uma para o escoamento de aterros e águas, outra como oficinas de tratamento minério. Nas imediações das grandes covas, terá existido uma grande povoação, e foram descobertos vestígios da eventual existência de um anfiteatro e uma necrópole.
E assim com esta ligeira lição de história num dia bom para a pratica de BTT todos ficamos um pouco mais cultos com a certeza que todos os participantes deram o dia como fantástico."