sábado, 22 de outubro de 2016

22-10-2016 NGPS Amarante (trilhos da juventude)

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Depois do ano transato estes trilhos nos ter deixado boa impressão, Nagy e PedroS voltaram aos trilhos da juventude.

Arrancamos cedo, e logo nos primeiros metros de trilho fomos brindados com um cartaz a dar-nos os bons dias, colocado pela organização.


O primeiro momento zen em cima da bike coincidiu com a primeira descida, ainda não estava quente e a organização já provocava espasmos ao corpo. No fim da descida a espera pelo Nagy já era longa e fui avisado por outros colegas que vinham a descer que ele tinha furado. Dasse o dia tinha começado bem, com dificuldade para encontrar o secretariado e agora um furo em tubeless… ter de subir isto tudo, e lembro-me bem o quanto era inclinado. Pronto lá vai o SOS. Quando cheguei lá cima (estourado) o Nagy já tinha o pneu fora e estava a começar a tirar picos no pneu. Já não furava há muito tempo e em cada cm2 havia um pico. Mais de meia hora para tirar os picos todos… haja paciência e o dia está a começar…


Mais um cartaz a informar o nome do trilho, “Trilho Parte Raios”, um nome sugestivo para a quantidade de pedra, tanto a subir como a descer. PedroS ao tentar trepar uma das lages graníticas dá uma joelhada na manete da mudança partindo o apoio. Ficava assim sem poder mexer no desviador do pedaleiro.
Na cabeça já estava destinado desistir, e vem a frase icónica “prá mim o monte acabou”. O Nagy como um ancião sábio diz –“ calma… eu tenho youtube” pensava eu que não adiantava nada, começou a mexer e segurando a mudança dava para o desviador trabalhar, mas não era sistema, sempre que precisasse de alterar a mudança tinha de parar.
Enquanto descia já pensava em voltar para o carro e ainda só tinha feito 8km, mas… vamos persistir e arranjar mais um desenrasque. Com abraçadeiras e fita isoladora, lá ficou um pouco melhor. A desmultiplicação não exercia muita força, mas a subir a mudança o esforço era maior e a ajuda da outra mão era imprescindível. Pedalar e usar o menor nº de vezes possível para não arrebentar tudo.


Os trilhos estavam interessantes e tentava abstrair-me do azar e usar as pernas como mudança.
Um sofá no meio do trilho, simplesmente arte, o enquadramento, cor, o ambiente (sim esquece a mudança) os bettistas com duas perspetiva do sofá, passando por tás e subir gradualmente até o presenciarmos pela frente, olhar para ele ou simplesmente sentar para ver quem passa.


O trilho continuava a surpreender em paisagem e kedas. Como o sol não conseguia penetrar na vegetação e eliminar o verdete das pedras, as escorregadelas para o chão eram em catadupa. Uma ponte a embelezar uma travessia de um rio que não dava para apreciar, não vá tomar banho ao mesmo tal a disposição da técnica ponte.


Tivemos direito a uma Fun Zone, os trampolineiros a tocar e um quarto montado com cama e roupa lavada, tapetes, mesinha de cabeceira e uma verdadeira janela com uma vista do tamanho do mundo.
Com 25km decorridos foi subir até aos 850m de altitude e alcançar o topo nos 42km, pelo gráfico a partir desses km era praticamente a descer.



YUPI… descer… cá vai… e um trilho rápido para dar sabor à média, com algumas zonas bem inclinadas, outras onde podias levantar voo, foi curtir até chegar à estrada.
Já nem me lembrava dos azares para trás. Ganhar ar e 100m depois voltar a entrar em trilhos a descer bem, estava mesmo a curtir até ouvir o Nagy a dizer que tinha perdido o tlm. Dasseeeeeeee mais uma P”#$  de uma F&%$#”. Só espero que tenha sido perto se não estamos F”#$S.
A cada colega que passava perguntávamos se tinha encontrado um tlm, cortando a curtição da descida a quem vinha em sentido contrario. Eu e o Nagy íamos ligando alternadamente para ver se alguém atendia, mas nada, o tlm devia a estar a contar quantos bttistas passavam. Ao perguntar a um colega este respondeu que até achou estranho ouvir o som de um tlm no monte sem ver alguém por perto, mas como era a descer podia ser o vento. E pelas indicações ainda tínhamos de arrastar a bike durante alguns km e tentar não levar com nenhuma bike em cima, era sempre um suponhamos encontrar o bicho.
Com estas modernices de tlm não haveria maneira de encontrar o animal perdido? Parece que tinha de ter o mesmo software o que no nosso caso era afirmativo. Lá pusemos o meu bicho a farejar e indicava que o animal perdido estava a +600m para cimaaaaaaaaaaaa, já fartos de arrastar a bike e pensar no atraso que já levávamos, começava a marreta a massacrar o cérebro. Arrastar a bike monte a cima e pensar que ainda há pouco tinha passado ali a uma velocidade totalmente diferente… mais uma olhadela ao bicho e avisava que estávamos perto, 300m e mais 15 minutos e mais uns 10 minutos e o bicho dizia que estava na área, porreiro… agora é só farejar e esperar que tanto esforço o bicho não esteja morto.
(1.01 minutos do vídeo) Estava o animal em cima dum tufo de erva fresca como se estivesse a pastar, com uma vista privilegiada em cima de uma curva com vista para o trilho e para a descida que tanto custou a subir. Mas estava intacto, o que ajudou a amaciar a consciência.
Aproveitamos para comer e apreciar a paisagem e ver quem passava, íamos voltar a curtir as descidas.


O entusiasmo a descer já não era o mesmo, com mais uma descida rápida os índices de boa disposição vão voltando aos poucos.
Já perto do final km 52 uma ascensão que deixou muita gente morta ao lado da bike monte acima com bttistas dos 45km já completamente zambis. No fim da subida um cemitério e fez-se luz, 1km com um ganho de elevação de 130m+ e com pendentes nos 30% deixou muita gente entalada.
Agora sim, era praticamente a descer até ao fim e fazer km rápidos. Uma boa descida para adrenalina entrar mas logo estagnar atrás de um trator descida abaixo. Sem alternativa possível de ultrapassagem. Depois foi rolar ao longo do Rio Tâmega até chegar a Amarante


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sábado, 8 de outubro de 2016

8-10-2016 Serra Amarela

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Serra Amarela, a minha genius ainda não tinha conhecido esta serra e eu já há alguns anos que não passava por lá. Em conversa com o Faria ao longo destes últimos meses, ficamos com intenção de este ano colocar um marco nesta bela serra. O track que arranjamos precisava de melhorias, cortar alcatrão a mais e passar pelo ST da Ermida e Germil (calçada).
Com pedidos de track a colegas de btt, o Miguel Martins arranjou a cereja para o nosso bolo, mas tb o quis comer. Escolhemos o dia 8 de Outubro para a investida.
Saímos de Famalicão pelas 7.00h (ou tentámos) Abílio, Nagy, Pedro Faria, Rocha e PedroS, apanhávamos o Mário em Braga, e o Miguel saía mais tarde para nos apanhar pelo caminho.
A viagem estava a correr bem até o Nagy se lembrar de ir conhecer Arcos de Valdevez em vez de ir para Entre Ambos os Rios. O Miguel que saiu mais tarde, chegou mais cedo ao ponto de encontro.
Arrancamos os sete logo a saber o que nos brindava o dia, subidas, subidas técnicas, calçadas e paisagens com muita montanha.


No Lindoso com uma vista fabulosa aproveitamos para vindimar uvas americanas, e assim fazer a visita da praxe ao recinto do castelo guardado por um nº considerável de espigueiros, que nos incentivavam a marchar em cima da bike até ao topo da Serra Amarela.
Arrancava-mos a 450m de altitude para chegar aos 1350m com um ganho de elevação de 900m+ em 13,5km. Subida feita com vista para a barragem do Lindoso sempre em crescendo, deixando os olhos carregados de beleza. Assim a subida em estradão não cansou muito, a não ser o último km com um ganho de elevação de 150m+, o chamado MURO, e que belo muro.


Do alto da Louriça a paisagem era deslumbrante, estávamos no topo SE onde só a vista é que cortava a linha do horizonte, deixando uma imensidão de terreno navegar na imaginação em cima da bike. Ao visualizar o vale de acesso aos Carris, veio à lembrança a caminhada deste ano, e ainda deixou a nostalgia do banho na lagoa… tb foi um belo passeio em caminhada.
A descida do Muro/Louriça durante 11 minutos deu para perceber a altitude em que estávamos, o tempo que demoramos a descer/subir, aproveitando para ver a paisagem em sentido inverso ao que tínhamos feito a subir.


Antes de chegar à Ermida ainda deu para aquecer num trilho verdadeiramente nosso, como o assumimos. Pedras, regos, calçada, água, vegetação, paisagem e outras bikes, assim fomos percorrendo o trilho ao som do gosto que temos para o trilhar, foi uma excelente entrada para o que aí vinha, e sempre dá ânimo…



Ganhávamos ar para chegar a aldeia da Ermida e ver o que O ST trilho/calçada/geira nos ia proporcionar. Na aldeia parámos para encher a mula e confraternizar com os nativos. Apalpar o físico de cada um para ver como estavam para os restantes km.
Direcção  geira da Ermida, aqui vamos nós. Começamos a descer e deparamo-nos com um vale sobre um rio. Aqui ou ali, ou curva acolá, parávamos a apreciar a paisagem. A descida era dura, acentuada, exigente e algumas zonas perigosas, com curvas a fazer praticamente os 360º e inclinações com o rabo a tocar na roda traseira. Mas tudo era deslumbrante. A chegada ao fim do ST acabava numa ponte onde todos viemos desaguar, uns mais felizes do que outros. O Velho Ansião acompanhado de dois cães descansa à sombra de uma árvore, conta-nos estórias do dia e como o casal que passou por nós na descida ia a sofrer para fazer a subida. São contingências da vida.
O Abílio e o Rocha estavam satisfeitos e pelo km 50 atalharam para o carro. Os outros ainda tinham mais umas contas ajustar com a outra calçada de Germil.
Apontamos as bikes em direção a Germil e ligamos o turbo. Não se sabe bem porquê mas tive a noção que ao apanharmos o alcatrão o pessoal pensou em o derreter em cima da bike. Depois da coça que já tínhamos levado… a subida até Germil durante 6km… com o calor a degastar-nos foi a pancada final. Mas para ajudar, em cinco só um é que ficou com o track, os restantes gps tb ficaram todos rotos. Deu para ver e descansar no fojo do lobo de Germil enquanto tirava a foto.
Tentar comer alguma coisa já era um sacrifício, não apetecia nada com sabor doce ou com formato de barras. Fino foi o Miguel Martins que leva sempre comida do lume na marmita, e sobremesa, fiquei com os olhos em bico… pudim abade de priscos. Sim era doce…



Começamos a descida com tapete verde a forrar os lados das pedras da calçada numa zona arborizada onde a água fazia o seu trilho, para logo se transformar nas descidas mais lentas que fizemos até à data. Os braços já não aguentavam as ritmadas pancadas que o trilho nos ia fustigando. A descida foi feita sempre a nos podermos ver sem nos afastar, visto a complexidade do trilho e a sua morfologia, e claro um gps para cinco.
O Miguel escolheu o dia para levar uma “RC 26” para testar, e testou uma saída pelo pára-brisas da bike, ao levantar-se desanimado dizia que já era a quarta vez. Dassse P“#$%   e as zonas eram sempre boas para cair, sempre com muita pedra à volta.


Este trilho até tinha zonas cicláveis e outras zonas mais cicláveis e ainda outras zonas bastante cicláveis. Mas havia zonas que conseguias descer sem partir os dentes caso os deixasses em casa na mesinha de cabeceira. Mas… era a descer… e a subir para Germil  ia o dobro mais rápido.



Agora parecia que ia ter cãibras nos peitos, ou então sentia as mamas a baterem-me nos olhos tal era a trepidação, ou já confundia o suor a escorrer por dentro dos olhos. A calçada mais uniforme apareceu para o fim mas o fim tinha começado no início.
Acabando esta geira era regressar ao carro, ficamos todos batidos e centrifugados muscularmente falando, no fundo, F”#$%&.
No final um desaguisado de pessoas do mesmo sexo bttista, o cansaço e a falta de açúcar deu azo a discussão por… (º) mas no final a paz e empeno anunciado foi convertido num belo naco de carne acompanhado de um arroz de feijão. Paz à alma da vaca.





sábado, 1 de outubro de 2016

1-10-2016 NGPS Santo Tirso (trilho do jesuíta)

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Estaciono o carro em Santo Tirso pelas 7.15h, poucos minutos depois chega o Miguel Martins. Enquanto esperamos pelo secretariado, aberto e bem acordado já vejo o Mário, mas nada de dorsal. O Madaleno tb está presente, mas o presidente da câmara de Santo Tirso e os dorsais não,… nem vê-los.
Ok a organização dizia que abria o secretariado às 7.30h e saída às 8.00h. Mas pelas 7.30h já lá estavam uns bons colegas à espera do dorsal. Ainda ofereci ajuda para pegar no dorsal mas as regras… é bonito trabalhar mais na confusão e ver um grande aglomerado de bbtistas à espera. Volto a frisar, o secretariado abria às 7.30h e saída às 8.00h. Lemos todos mal e chegamos cedo para acabar cedo, e a faltar 15 minutos para a saída a organização empurrou-nos para os trilhos.
O Vasco estava a meio da fila quando o avistei, disse-lhe que desse corda aos pedais para nos apanhar que não iriamos a derreter .
Começamos pela margem do Rio Ave, o nevoeiro tem sido uma constante nos últimos NGPS. Durante os primeiros 5km tentar aquecer e quando começamos a subir o Vasco já se misturava no grupo de 4.


Depois dos 5km de aquecimento iniciais, tínhamos mais uns 5km de aquecimento total, a subir, com algumas brincadeiras pelo meio.


Os 10km seguintes eram os necessários para chegar ao inicio do Monte Pilar (radar exército), rompendo as pernas, cima a baixo nos trilhos. O Vasco vai-se queixando que os rebites que seguram os joelhos estão a ceder e precisava de um alicate e um pingo de óleo para deixar de doer. O ritmo estava bom e os km não estavam a massacrar, nem os olhos nem o corpo, e o divertimento bttista estava no espírito.
O grupo tinha engrossado com o Carlos, Domingos e outro colega a fazermos a subida até ao ponto mais alto do percurso, o Monte Pilar.


O esforço tinha sido compensado com duas belas descidas. Já com o Madaleno, começava-mos em estilo ST com drop e algumas lajes graníticas a embelezar o trilho para desaguar em trilho mais largo, com bastantes zonas de descida, à escolha do freguês.


Outra ainda mais rápida onde a organização dizia que a descida era perigosa e técnica, aconselhando um corte. Descemos sem reparar no aviso no gps. No final da descida, sim, reparamos que era brava mas ficamos sempre na ideia que a brava ficava para o fim do percurso e fomos sempre até ao final para ver como era, se esta tinha sido brava… a outra então…
O percurso até 35/40km foi interessante, com diversos tipos de trilhos onde o aspeto BTT para mim, está mais no sangue. Os restantes km, tirando os últimos 5km, não foram grande coisa e serviram para rolar mas sem interesse.
Tivemos tempo para desenrascar um colega que já tinha furado duas vezes e já não trazia mais câmaras-de-ar. A ajuda foi total e só ficou a apertar a roda, para depois a genius ter um furo mais à frente. Mas “caga nisso”



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