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Escolhemos as serras de Fafe para colocar o nosso passeio de Natal no calendário. Em março de 2020 andamos por lá. Com alguns ajustes no percurso, conforme as pernas dos participantes, e alguns cortes e opções tirados no Google Earth. (vamos lá ver se estes cortes tirados no Google Earth iriam correr bem 😎)
Rocha, Faria, PedroS, Joel, Rui e Rui Ondas foram os cinco Kedas e o amigo Ondas que investiram nos trilhos.
Uma subidinha em alcatrão que quase dava para encostar a
barriga ao “piche”, tal a inclinação. Uns optaram por não ficar logo ali e
subiram com a bike à mão. No fim dessa subida, metade da roupa já estava
amarrada às costas. (Joel come uma sande de panado e uma banana)
O nevoeiro acompanhava os primeiros km, e quanto mais
subíamos mais em baixo ele ficava fazendo cortinas cinzentas ao nosso redor.
Trilhos muito bem decorados com o outono e água em abundância, com o nevoeiro a dar um ar fantasmagórico ao percurso.
O Joel ia mais carregado do que quando nós fomos fazer a
GR36 em autonomia de 3 dias. Meia em meia hora tirava uma sandes descomunal que
nos deixava a salivar, o Rocha já lhe apetecia beber cerveja, e ao encontrar um
tasco já queria comer a famosa vitela de Fafe. Não tínhamos horas suficientes
com luz para parar nos tascos.
A famosa casa construída entre dois penedos estava fechada às vistas, nem a sombra era visível tal a densidade no nosso amigo nevoeiro.
Fugimos a um estradão e metemo-nos uma trialeira onde os
jipes se deliciavam a subir, muita pedra, regos e dropes, alguns com uma
inclinação assinalável, não dava muito para soltar a burra, não vá ela
entusiasmar-se e atirar-nos ao chão. Foi um belo de um apêndice, o entusiasmo
foi geral.
O apêndice levava-nos ao cruzamento do confurco, as imagens
do rally apoderavam-se das memórias e da conversa, só a velocidade é que não
era a mesma.
No famoso salto a foto da praxe… somos uns gajos modernos e seguimos as tendências 😉
Faltava a subida do dia, o alto do Morgair, depois seria
sempre a “descer” até Fafe.
O Ondas estava a ficar flat. A memória de 2020 dizia que a
subida pelo track era complicada, não sabíamos se estava pior ou melhor.
Enviamos o nosso melhor batedor (o Faria) com os seus 1125W e quando chegou
disse que estava uma trialeira. Quem quisesse empenar mais um pouco podia
subir, os outos seguiam por estrada e por um estradão e encontrávamo-nos a meio
da subida.
Faria, Rocha e PedroS seguiam o track, Rui, Joel e Ondas
apanhavam a subida mais longa mas menos dura.
O alto do Morgair está moderno com escultura alusiva à sua altura, (Joel a comer uma sandes de ovo frito e bacon) as vistas… não vale a pena falar… as pás da eólicas só se viam as pontas quando estas passavam mais perto do chão.
Lá no topo tem uma vista fantástica sobre o Ermal, sim tb
não vimos, foi de memória.
Apontamos a bike para mais trilhos, bons, e muito bons. A
descida ia levar-nos até à Barragem da Queimadela foram 10km de pura
satisfação.
Nos passadiços da Barragem da Queimadela com a humidade e as folhas em decomposição transformavam os ripados de madeira numa pista de gelo. Havia zonas tão escorregadias que só o virar da cabeça para apreciar a paisagem já provocava calafrios. O ouvir atrás um ui junto com dois estrondos de bikes e corpos a cair ao chão, sem rasgar uma expressão para não me acontecer o mesmo, foi hilariante. Qualquer movimento que fosse, nessa altura acontecia-me o mesmo. Depois de passar a zona critica o Rui e o Faria foram os que ficaram nos destroços.
Saímos da barragem e o Faria tinha colocado mais um apêndice
ao track, no século passado tinha passado por lá e queria ver como era, se
ainda lhe dava as mesmas sensações, o Alzheimer está a dar cabo dele. Até era
interessante, mas já havia pessoal que só queria comer a vitela, e já não
conseguia ver mais trilhos. (Joel a comer uma sandes de vitela)
Chegamos ao carro perto das 17.00h com 56km e 1570+ e muito
satisfeitos com o passeio e a qualidade de trilhos.
Neste dia tb fizemos o nosso jantar de Natal, incrível, mas ninguém tirou fotos.
Dos que foram ao passeio tiramos o Rui e o Ondas e entraram
os irmãos Vilas Boas, Tó e Locas, entrou o Mendes, Tony e Carlos Pereira, no
fim para a sobremesa apareceu o Vítor Xilas que nos levou até à pastelaria para
degustar um Porto e trincar um bolo Rei para fechar o dia em beleza.