Saída para ir ver a Santa (que passados uns meses/anos vimos que era um Cristo), tipo Tomé para ver para querer. Muitos kedistas andam neste grupo à tanto tempo e não conheciam. Diziam que era uma treta, que não existia, aqui ficam as fotos. De salientar que o nosso grupo continua com as Kedas bem como quem não pertence ao grupo, aparece também para fazer jus ao nosso grupo.
O Joel agora adoptou uma nova técnica nas descidas, vir a correr com a bike ao lado. Já o Mendes, as subidas não as tenta fazer, desmonta logo. O Carlos Pereira anda numa de kedas, o Rui Carvalho depois de ter morto um Javali do tamanho de uma vaca e ter feito um sopa de túbaros, fez a subida toda em cima da burra. Está em forma. Os outros estão normais.
No fim como fizemos uma boa média ainda deu para ir petiscar um pouco. E claro o César basou, ANTES DE PETISCAR.
Quinta-feira, no feriado aproveitamos para dar um passeio pela zona da ciclovia até ao café do rio, à volta viemos pelo monte de Santa Catarina onde encontramos uma bela subida para ver quem a fazia toda, o Joel quase que a conseguia fazer toda…
Depois do jantar dos Kedasbike levantar foi um castigo, ainda tinha metade do corpo anestesiado e o lado esquerdo das costelas com dores. Como não sabia se ia ter companhia para ir até Pereira Barcelos ao passeio anual dos Biclas08, ( Pereira - Ponte de Lima - sarrabulho – Pereira) tinha já metido de véspera a minha bike desmontada na mala para arrancar logo que conseguisse por em pé. Envio um SMS ao Carlos Pereira para ver se vinha ou não, este não me respondeu e dava mensagem não entregue. Abro a porta para ver como estava o tempo e já vejo o carro dele a passar com a bike em cima. Pronto, não vou ser o único empenado e ressacado a ir.(claro que pensava sempre no PedroT, anda sempre na zona por isso teria sempre companhia)
Chegados a Pereira já lá estava o Américo, Ricardo, Zé, Álvaro, Manel e o Carlos. Cumprimentamos o pessoal e começamos a ver quem levava o quê para o reforço da manhã entre garrafas de vinho e enchidos e não esquecer o saca-rolhas. Mais tarde chega o Fernando, o António e o PedroT. Feita a contabilidade 8 garrafas de vinho uma das quais vinho branco maduro e uma Litrosa de cerveja, uns 3 kilos de enchidos entre salpicões, presunto, chouriça de sangue, de cebola e alho (dasse).
Tomamos café e pequeno almoço para quem não teve tempo (eu). Ao sair do café foto da praxe . O tempo parece não querer ajudar e cai umas gotinhas, mesmo assim arrancamos pelos caminhos de Santiago, dois quilómetros à frente nova reunião (a chuva estava a chatear mais um pouco) vamos ver se vamos ou não para Ponte de Lima. Uns queriam continuar outros fazer uma volta mais pequena, lanchar e acabava por ali. Mais ou menos a votos, decidimos continuar até ao centro de Barcelos para ver como o tempo estava, como abrandou lá seguimos até Balugães onde “acampamos” na Ponte das Tábuas.
Toca a por a artilharia toda em cima da ponte, nove morteiros, 2 broas, enchidos, recipiente próprio para assar as chouriças e água ardente para 11 atletas de topo. Começava o nosso arraial Bicleiro.
Ao ver aquela quantidade de comida e bebida pensei que nem metade fosse consumida, puro engano, estava no bom caminho para desaparecer tudo.
Como a Ponte das Tábuas é um local muito procurado pelos BTTistas e caçadores foi ver o pessoal incrédulo a ver tantas garrafas já tombadas e o assador a trabalhar.
Como bem educados que somos oferecíamos ao pessoal que passava. Em 30 que por ali passaram só um deu um trago no vinho, entre caçadores e BTTistas, outros foram comendo algumas rodelas de chouriço. Não sobrou nada, apenas a Litrosa de cerveja que não estava fresca e não se abriu. Mas vai connosco e pedimos para a por no fresco e bebemos na vinda.
Para o final apareceu um grupo de 5 BTTistas e pusemo-nos a conversar mais ao pormenor, eles não acreditavam muito que depois de beber aquele vinho todo e comer enchidos ainda íamos a Ponte de Lima comer o sarrabulho fresco e vir a pedalar outra vez para Pereira.
Ainda lhes disse que nós tínhamos aquele aspecto mas que andávamos muito de bike e rápido. Continuaram com dúvidas, venham connosco e verifiquem. Não quiseram, para ficarem descansados disse-lhes que íamos tirar umas fotos no restaurante Borges e no caminho tirávamos algumas em pontos mais conhecidos para depois verem no nosso Facebook Biclas08.
Chegamos, estacionamos as bikes tiramos os impermeáveis, luvas e capacete e penduramos num estendal coberto para quando fossemos embora estivessem mais confortáveis.
Entramos para o lado do fogão de sala, quentinho que estava ainda dava para tirar mais roupa e por a secar onde conseguíssemos pendurar.
O arroz estava divinal, segui a receita do Zé e só comi praticamente arroz, mas não consigo comer tanto como ele (vá comer arroz ao c*****o) a acompanhar com vinho verde branco passei para tinto e para cerveja intercalando com vinho tinto verde bem bom, sobremesa leite creme queimado com colher XXL e travessas com direito a lambidela, no fim café com cheirinho. As mesas vizinhas nunca tinham visto uns BTTistas com tanta sede e fome.
Arrancamos pela estrada Ponte de Lima Barcelos, que praticamente sobes, sobes e sobes fomos ao ritmo que íamos encontrando mas sempre esperando uns pelos outros. A Litrosa ficou lá, a Sra esqueceu-se de a meter no frio. Mas não há problema, já estávamos a falar num vinho “verde maduro” que nasce em Pereira que é uma categoria, deu 800 litros e 750 estragaram-se, sobraram os 50 litros de vinho “verde maduro” que íamos provar, e lá fomos.
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Chegamos a Pereira de dia, que era a nossa ideia porque os dias são mais pequenos e lá fomos beber o famoso néctar eu provei e passei logo o copo, mas ouve quem gostasse, era um género de petróleo verde maduro (estou a falar da cor).
Estava a ficar tarde para andar de bike sem luz e começamos a despedir, mas alguém ainda com sede (Carlos Pereira) diz para irmos beber uma poçada (cuba). Fomos quatro, Carlos Pereira, Pedro, PedroT e Américo. Foram duas para cada um, como ainda estávamos molhados e a beber uma bebida gelada, ficamos como a bebida completamente gelados e cheios de álcool.
No fim um banho de tirar a pele e evaporar algum álcool voltar a comer beber e ir dormir
Este é o jantar
ACONTECIMENTO dos kedas, que esperam um ano para VOLTAR A ACONTECER este
ACONTECIMENTO. PODE-SE DIZER QUE É SAZONAL MAS É UMA VEZ POR ANO. (embora haja
umas réplicas durante o ano)
Como tinha
marcado com os da tarde para aparecer mais cedo que as 20.00h, fui o primeiro a
chegar a este já clássico jantar dos kedas, pela 1º vez (fui duas horas antes
para ter certeza disso). Entrei, perguntei pela reserva dos kedas, pedi um
pouco de picanha para petiscar e uma garrafa de vinho. Vou para mesa e já vejo
a entrar o Locas e o Paulo, sentamo-nos e chega o Victor Costa, vinha de Aveiro
sem os ovos, de seguida o Carlos Pereira mais as suas crias Diogo e André e
dois pratos de picanha, começava o nosso jantar de Natal. Entra o Joel, o
Miguel Mesquita e a mesa de dezasseis pessoas (outra garrafa) começa a parecer
composta a ficar Sá as pontas despidas.
Mendes, Tó,
Fernando, os Nines César e Victor, já entrados na roda, peço a conta das duas
garrafas e da picanha. Chega a conta com uma vacaria e uma cooperativa junta,
até ganhei calor. DASSSSSSSE
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(Mais uma
garrafa) Os porta aviões de Leitão aterram na mesa. Dom Tony finalmente chega
(gosta de ser o ultimo para verem a sua entrada triunfal) mas já chega com o
barco já a meio do oceano e com duas entradas mais espetaculares (tinha que
nadar muito para nos apanhar). Um de robe e outro valente queque, (outra
garrafa) ao ver os dois vestidos assim até pensei que havia publico feminino no
grupo ou estávamos numa festa de pijama. (É só inveja)
A meio do
jantar para uns, outros no fim, os que comem pouco encontram outro divertimento,
miss t-shirt molhada (outra garrafa). Joel pega no balde do gelo e deixa cair
umas pingas em cima do Mendes, este avisou-o que trincava-lhe uma orelha, o
Joel como o molhou pouco enche a mão e encharca mais um pouco o Mendes. O
Mendes rouba-lhe o balde (parece um relato de futebol) e atira-lhe balde e água
(o balde fugiu-lhe da mão) molhando o Joel o chão. O balde ao cair faz um leque
de água e foi molhar um grupo de homens que jantava nas mesas ao lado (outra
garrafa). A feira agora parecia um velório só se ouvia o rilhar dos ossos de
leitão a serem comidos.
Joel e Mendes
de miss t-shirt molhada passaram agora a budas sentados de trombas molhadas.
Mas… nós no nosso grupo temos relações especiais para tratar destes assuntos e
o Victor e Tó resolveram bem o caso ao mandarem (outra garrafa) uma garrafa de
vinho para mesa dos molhados e com as nossas desculpas, mais umas trincas no
leitão.
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Entramos nas
sobremesas para quem quis (outra garrafa) café e saltar das mesas que o leitão
estava no fim. Mas ainda deu para fazer uma feijoada do que sobrou no dia
seguinte.
Como o nosso
habitat natural é monte, fomos lá para fora porque há gajos que não abrem a
boca em ambientes fechados e fora não se calam ou é demasiada velocidade.
Cá fora de
tanto falar em pack de carros tipo packm e pack3 (são estes que sempre ouvi
falar e não conheço outros) fiquei com sede e o único que foi buscar uma
garrafa foi o Victor Nine, a mim já não me serviam. Se não tinha que me calar
pois já não conseguia falar com tanta sede. Houve também doutores pelo meio
mas… já era muito de noite.
Decidimos ainda
beber um copo até ao centro, fomos quatro Eu, Tó, Victor e Fernando. Falaram
com o porteiro amigo que só deixavam entrar quatro. Eu disse não há problema eu
vou embora, entrai vós.
Vinha pelo caminho
a rir sozinho, a pensar na bebedeira dos outros três que não sabem contar, e eu
tinha que me preparar para dormir rápido levantar às sete e arrancar para
Barcelos para ir ao sarrabulho, de Barcelos - Ponte de Lima - Barcelos de bike.
Encontro
marcado para as 15.00h para o nosso passeio de bike de natal. Cheguei ao café
já lá estava o Paulo, o Carlos Pereira e o Joel depois os Nines César e Victor,
o Miguel Mesquita, e o sempre atrasado Mendes.
O Miguel
como não veio em cima da bike esqueceu-se do capacete não sabe bem onde, foi
para casa ver se o encontrava. O resto do pessoal já chateava com tanta espera,
e com razão. Como conheço bem a peça o capacete devia estar onde menos se
esperava. Não foi com surpresa quando disse que teve de vir pelas valetas
procurar o capacete até o encontrar, deixou-o em cima do capot e as curvas e
gravidade fizeram o resto.
Fomos
para o monte pelas 15.40h, não podíamos ir para longe pois pelas 17.30h
anoitece. Numa das subidas perdemos o Paulo, o Joel e o Mendes ou eles
perderam-nos a nós visto que o último dos 3 não olhou para trás para ver se
vinha alguém. Novatos!!! Depois de quinze a vinte minutos à deriva, voltamos a
juntar-nos, o sol já ameaçava desaparecer. Ainda esboçamos mais umas pedaladas
monte fora, mas decidimos que o melhor era vir embora. Na fase de descida já
era por associações e seguir bem a roda do da frente pois já se via mal.
Quando
chegamos à estrada já se via um pouco melhor pois os carros já andavam com as
luzes ligadas.
Na
separação para casa decidimos ir meia hora mais cedo para o restaurante onde
nos íamos juntar para o jantar de Natal dos Kedas.
Hoje íamos andar com o grupo de Barcelos, Pereira os
Biclas08.
O ponto de encontro seria na rotunda de Santo António.
Cheguei às 8.00h e ninguém… Mais tarde aparece o Carlos Pereira e o Rui Carvalho
que chega de carro com a bike lá dentro, mas os atrasados do costume Tó e
Mendes, nada. Chega o Mendes de bike e logo atrás o Tó na carrinha.
Eu, o Carlos Pereira e o Mendes tiramos as rodas à bike
para caberem melhor na carrinha. Ficamos à espera do Joel que entretanto tinha
mandado um SMS a dizer que tinha adormecido. Ligamos-lhe a dizer que aparecesse
a Pereira.
Arrancamos para apanharmos o César pelo caminho em
Viatodos.
Chegados a Pereira fomos tomar café ou o pequeno almoço
para quem não tomou, pagou o César. Fazia anos (mas não meteu nem carne
nem vinho.
Já com o pessoal de Pereira os Biclas 08, voltamos à
carrinha para montar as bikes, o Mendes não tinha a roda da frente, (só a podia
ter deixado na rotunda de Sto António em Famalicão) ligamos ao Joel para ver já
tinha passado pela rotunda, ao que ele diz “afinal já não vou”, “manco”
dissemos nós. Quando o Tó e o Mendes se preparavam para ir ver se a roda ainda
estava na rotunda, aparece o César com a roda que ao sair do café a escondeu.
Montamos as bikes e seguimos para o monte do FACHO.
Apanhamos um pouco de monte no início e depois foi calcar alcatrão até ao sopé
do monte. Subimos por um estradão e descemos por um ST onde engoli um mosquito
com umas bolas enormes, que só não vomitei porque não tinha nada no estômago.
Fiquei rouco de tanto tossir e com a tentativa de vomitar fiquei com as orbitas
dos olhos todas ensanguentas, de tanto puxar.
Depois de ter comido o mosquito foi encher as costas de
alcatrão até ao ponto de saída.
Chegado ao
café, (ponto de encontro) já lá estava o Pedro Faria, um amigo dele Nagy e o
Carlos Pereira, estacionei o barco e ficamos à espera do Tó.
Passa uma
carrinha com uma bike conhecida e estaciona, era o César, não tinha dito que
vinha mas apareceu. Depois aparece o Tó, mais tarde o vizinho Mendes que também
não disse que vinha, já éramos sete, para um passeio organizado desorganizado
por GPS que é o lema do Manobras.
O Tó aparece
já com um furo, mudou de câmara de ar, e arrancamos com três GPS até ao campo
do Brufense, pois era ai que íamos zarpar para uns 60km com um desnível
acumulado de 1500m. Todos sabíamos para o que íamos e pelo trajecto sempre ia
haver atalhos para desistir e ir embora.
Arrancamos
cerca de 50 bttistas para este empeno. Com uma pedalada domingueira lá fomos,
passados uns 3 km o Tó volta a furar e para demorar mais tempo abre a câmara de
ar furada para proteger a outra. Do nosso grupo estava eu, Tó e Mendes
mais algum pessoal do BTT Famalicão a fechar. Lá arrancamos mas o Tó não estava
para pedalar, por outro motivo qualquer voltou a parar e o Mendes lá continuou.
Mais um telefonema e o Sr. Tó lá se põe na amena cavaqueira… e eu à espera.
Mais à
frente no reforço encontramos o Mendes, e claro que como o Tó não estava para
pedalar, arranjou mais uma micose para demorar mais um pouco… e põe-se a
pendurar com um atilho o impermeável ao camelbak .
Mais à
frente apanhamos o Pedro Faria e o Nagy, já íamos 5 e até agora só tínhamos
calcado trilhos que não conhecíamos por zonas bem bonitas. Mais à frente já via
o Carlos Pereira e o César, já estavam cansados de pedalar em seco à espera que
nós os apanhássemos.
Agora o
César estava na sua quinta, vinha caladinho o percurso todo, mas… quando nos
juntámos parecia que tinha chegado a um oásis, estava feliz, cantava, falava,
parecia um puto a quem lhe tinham dado a sua primeira bike.
Agora
chegados às zonas mais duras e técnicas do percurso o nosso grupo começou a
trepada ao monte, e de olhos bem atentos, rabo na ponta do selim e amarrar o
guiador como se trata-se dos cornos de um touro e força nas pernas que estais
aqui para isto, decidir por onde íamos meter a roda e escolher o lado memos
sinuoso da subida.
Como
estamos a subir, e a subir, isto também deve descer, era este pensamento que me
ia no corpo todo, porque de resto era ouvir a respiração e os pneus a resvalar
nas pedras que mais pareciam berlindes gigantes.
IUPIIIIIIII…..
agora, era a descer a bem descer porque a minha bike já não conseguia
abrandar mais tal era a inclinação até me enfaixar num rego, mas sem
consequências e ainda bem pois foi aí que consegui parar. Ouço as risadas do
César atrás de mim ao ver o espectáculo.
Depois da
descida uma subida, depois da subida uma descida, depois da descida uma subida,
depois de uma subida uma descida, e por ai fora… agora já se ouvia reclamações:
“eu não vou andar sempre nisto “ ; “às 13.00h vou embora” ; “mais valia não
termos descido” – Tó, Pedro Faria e Mendes.
Mais à
frente no começo de uma subida o Mendes dá um malho tipo pinheiro, estava quase
parado e cai para o lado.
Com a queda
tinha começado a rebelião o Tó, Pedro Faria e Mendes decidiram ir embora e
levaram dois GPS com eles. Tínhamos ficado com o GPS do Nagy por isso ainda
podíamos continuar até ao fim.
Mais à
frente paramos num café para abastecer água e bebemos uma mini cada um e o
César uma cola. Nesta altura o Nagy estava com cãibras e o César estava a ficar
desidratado e mal alimentado, tal era a quantidade de sais espalhados pela cara
e roupa.
O GPS do
Nagy começa a ter problemas e a mandar-nos embora pela estrada, estava a ver
que íamos desistir mas aparece um grupo que também estava a fazer o Manobras e
apanhamos boleia até ao reforço.
Mais à
frente tentamos remediar o problema do GPS, mas o Nagy não quis o cão e como o
GPS o estava a mandar para casa, ele decidiu obedecer e foi embora.
Eu, o Carlos
Pereira e o César continuamos o percurso a seguir quem tinha GPS ao ritmo
deles.
A 5 km do
fim, um do grupo que vínhamos a seguir furou e era para demorar, como queríamos
fazer o percurso todo esperamos com eles, até aparecer outro grupo, e… volta a
saltar de grupo, mas este ia em excesso de velocidade e tivemos de carregar bem
nos pedais para os acompanhar. A 2km do fim o César abandona em direcção ao
carro e Eu e o Carlos Pereira saltamos para outro grupo da organização que
ainda nos levaram até a um bónus, com uma descida bem alucinante. Chegamos ao
fim deste Manobras e combinamos dali a meia hora ir tascar, onde almoçamos,
lanchamos e jantamos…
No domingo
eu e o Carlos Pereira fomos andar, fomos os únicos do nosso grupo que andamos
no sábado e domingo a que se juntou o Joel e o Rui Carvalho. Foi um passeio
mesmo domingueiro e descontraído até o Carlos Pereira ter dado um valente
malho, as pernas grandes não o safaram e aterrou de cabeça onde descíamos a uns
35kmh. Mas não teve nada, só o rabo picado.
Mais à
frente ao passar numa povoação um Sr abre a porta e grita” força rapazes, vamos
lá” a qual o Joel responde “não têm ai uma pinga?” “tenho” responde o Sr “vou
buscar” paramos e fomos presenteados com uma prosa muito boa e sábia de um Sr
que transbordava felicidade e nos oferecia um favaios de alta qualidade e em
garrafa já alguns anos. Agradecemos, ao qual ele retorquiu “ se algum dia
alguém vos pedir de beber à vossa porta, dai-lhe”.
Domingo vamos para Joane andar, e o ponto de encontro vai ser na rotunda de
Joane às 8.15h por isso quem quiser ir que diga de carro ou a pedalar. Estaremos em casa à hora do costume”
Recebi estas respostas…
1º “Boa tarde Pedro
È algum passeio organizado?
Fazes ideia se vai ser “pesado”?”
2º “Vai ser para algum empeno
extraordinário?”
3º “Estás com ideias. É para comer ou para sofrer?
Seja o que for, vou a pedalar.
Abraço”
4º “andas a fumar merdas????”
Depois da proposta feita aos kedas, só o Carlos Pereira
aceitou o desafio de ir até ao ponto de encontro (rotunda de Joane) de bike.
Dois colegas do Rui Carvalho que neste domingo iam andar com o nosso grupo, também
quiseram o cão, e foram a pedalar até Joane.
Hora marcada para as 7.50h na BP em direcção a Joane.
Quando lá cheguei o Carlos Pereira já lá estava, os colegas do Rui Carvalho nem
vê-los, esperamos uns cinco minutos, e tivemos de arrancar sem eles.
Pelo caminho passa por nós o Joel com a bike em cima do
carro, com um quadro novo (após o outro ter entregue a alma ao criador). Era um
quadro já cansado: de andar com o Joel em cima, do tamanho do Joel, do binário
do Joel, das quedas do Joel, de levantar as rodas para cima, estava a precisar
de descanso.
A seguir passa o Rui Carvalho a acordar a vizinhança que
vivia junto à estrada, a tocar buzina como um maestro louco em fim de carreira.
Perguntamos pelos colegas dele, ainda estavam 1,5km atrás.
De seguida passa o Tó e o Mendes na carrinha com as duas
bikes, uma em cima da outra a fazer o AMOR.
Já na chegada ao ponto de encontro chegam os NINES no
carro funerário. De seguida chegam os colegas do Rui Carvalho.
Juntamo-nos ao grupo BTT Teatro e fomos para
os Trilhos Penosos (eu e o Tó fizemos este passeio em Setembro) cerca de quinze
BTT teatro e oito kedas + dois. Éramos um grupo grande com andamentos
diferentes mas fomos todos juntos esperando sempre pelos últimos. Pelo meio o
Mendes foi ao tapete de mato, mas não foi o único, dois colegas do BTT
teatro seguiram-lhe as pisadas. Era um percurso com algumas zonas
técnicas a subir e a descer.
Foi um bom passeio durinho e rasgadinho. Foi andar rápido
para ver se chegávamos a horas a Joane para beber um caneco e arrancar para
Famalicão. Não deu para quem vinha a pedalar, mas deu para quem vinha de carro.
Fizeram de tudo para nos atrasar só para não podermos beber.
No fim eu e o Carlos Pereira e os dois colegas do
Rui Carvalho fizemos um contra relógio por equipas até Famalicão, foi onde me
cansei mais. Vento de frente e tentar chegar o mais rápido a Famalicão, quase
entrei em erupção tal era o calor nas minhas pernas… fiquei todo roto…
Depois de um bom inicio de trilhos com uma sequência de descidas bem engraçadas, os nossos guias César e Victor, puseram-nos acartar quilos e quilos de paralelos e "espiche" do fraco. Valeu ao menos o lanche que o Mendes nos ofereceu nos seus 46 anos...
Este foi
um passeio familiar de ciclo-turismo organizado pela Milho D´oiro com o apoio
dos KedasBike, onde as famílias Tó, Mendes, PedroS e o Carlos Pereira e Joel (a
sós) participaram.
Mais fotos aqui (tem que efectuar o login no Facebook para visualizar):
Como ninguém
conhecido quis embarcar comigo nesta aventura… fui à deriva com dois colegas
bttistas desconhecidos.
Despertador
para as 5.10h da manhã, para às 5.30h estar na Trofa e conhecer o Paulo, e às
5.45h conhecermos o Jorge na Maia. Um breve cumprimento, carregar as bikes e
arrancar para Unhais da Serra (Serra da Estrela), pois tínhamos umas horitas
para nos conhecermos melhor e falar da loucura viciante que é este desporto
“sem fins lucrativos”.
Chegada a
Unhais da Serra, já no parque do H2otel os funcionários do hotel vieram
cumprimentar-nos e dar as boas vindas ao pessoal que chegava para entrar nesta
efeméride.
Depois de
umas breves conversas em frente à entrada do hotel lá arrancamos cerca de 30 a
45 bttistas, para fazer 80km com um desnível acumulado de 2800 metros.
Ainda bem
que fui e não tive medo, mas fiquei assustado logo no inicio com a subida sem
aquecimento. O meu corpo não gosta e já estava no fim do Plutão e sem GPS, mas
ainda via os colegas mais à frente.
Já com os
músculos das pernas a doer, bem tive que lhe dar mais nas zonas planas e nas
minis descidas, que apareciam na 1º subida até encontrar os colegas com que
fui, mais o LUÍS MARTINS e os colegas dele.
Já estava
bem quente e agora era pedalar no ritmo e ver se iria aguentar, pois não estava
habituado a este tipo de empeno.
As paisagens
eram assombrosas, tudo o que nos rodeava era de tirar o pouco ar que tinha nos
pulmões, nas descidas não dava para descansar pois eram bastante técnicas e com
muitos pedregulhos soltos e regos de passagem das águas da chuva. Adorei esta
parte, mas cheguei ao fim da descida todo rebentado do esforço físico e da
concentração para escolher o melhor caminho para passar em cima da bike.
Depois foi
desfrutar da companhia, das paisagens, das subidas intermináveis, onde já nem
doíam as pernas pois já não as sentia, das descidas. Havia de tudo, até os ST.
Já estava
era cheio de barras mas tinha de comer… só havia barras por isso lá ia comendo,
pensando no lanche que o H2otel ia oferecer, isto para enganar o cérebro e o
estômago.
Numa das
descidas finais ultrapassamos duas moto quatro, nunca me tinha acontecido, mas
eles não iam devagar, pura loucura.
Chegados ao
H2otel, com direito a um brinde, um banho relaxante e por fim um saboroso
lanche oferecido pelo H2otel, indicado pela nutricionista para quem fez um
esforço físico acima da média.
Eu fiquei
deslumbrado com este dia enorme em todos os sentidos, com os colegas de viagem
e com os restantes do pedal, cheguei a casa lá para as 22.30h.
Os Kedistas
Carlos Pereira, PedroS, Miguel, Sheik e Ricardo, participaram nesta já famosa
maratona de BTT. Neste dia,
para alguns já se torna uma romaria anual, visto a quantidade de participantes
que já ronda mais de três mil inscrições.
O dia
começou às 7.00h, para contar com os atrasos do costume (sempre os mesmos,
todas as provas já sei quem vai e quanto vai ser de atraso, começo a ficar
profissional nesta avaliação).
Saída às
8.10h de Famalicão em direcção a Barcelos, pelo caminho já víamos quantidades
de colegas com as suas companheiras (bikes) de viagem. Chegando à zona do
estádio municipal onde se ia dar a partida estava tudo a ficar um caos, com
filas de carros, e carros estacionados por todos os lados. Lá conseguimos
arranjar um lugar mesmo perto da partida.
Fazer os
últimos preparativos e arrancar para o ponto zero e aguardar pela partida que
seria às 9.30h. Ficamos cerca de 45 minutos à espera do grande momento.
Dá-se o
arranque em subida e em alcatrão durante uns 6km para o Plutão se esticar e
começar a seleccionar os andamentos. Eu e o Carlos Pereira como íamos para a
maratona 80km e fazer os 5 cumes, tivemos que lhe dar para chegar a tempo do
desdobramento dos 3 cumes para os 5 cumes que fechava à 13.00h. Chegamos às
12.30h como estávamos bem tomamos a direcção dos 5 cumes.
Os restantes
Kedistas como iam para os 3 cumes foram ficando para trás (eles também não
treinaram para os 5 cumes).
O percurso
não foi muito do meu agrado dado que era basicamente em estradões de terra, com
poucas zonas técnicas (é mais a minha zona). Nas descidas eu e o Carlos
Pereira, reinávamos, nas subidas deixávamos outros reinar.
Parámos para
abastecer de comida (as já famosas bolas de Berlim) e água, arrancamos logo de
seguida mas a bike do Carlos Pereira não gostou da ideia e furou. Tentamos logo
fazer como na formula 1, e em menos de um fósforo (8 minutos) estávamos de
volta aos trilhos.
Gostei da
subida do segundo cume que era um pouco técnica, e com a maior parte dos
bttistas com a bike a seu lado, se tornou mais técnica para quem queria subir
em cima da bike. A subida interminável e inclinação tipo parede do quinto cume,
foi alucinante, junto com o cansaço acumulado. Aqui o Carlos Pereira andava à
rasca com as cambras.
Depois
da subida o que é que vem? Sim, sim as descidas e sem ninguém à frente… foi de
arrepiar, com tanta pedra, calçada românica, buracos e mais pedras, foi de loucos,
sem duvida o melhor monte dos 5. A bicicleta parecia que se ia partir em algum
lado, mas portou-se muito bem. Os meus braços ficaram com espasmos musculares
durante algum tempo e doeram-me a semana toda.
Depois da
chegada, pedalar mais 8km até casa da minha sogra para comer um cozido à
portuguesa que bem merecia.
Estava eu a
preparar as coisas para no dia seguinte ir até Joane participar nos Trilhos
Penosos, toca o telemóvel, e quem é… diz a voz do outro lado “sou eu, amanhã é
para andar?”. Pensei: este gajo não estava morto, já nem me lembrava da cara
dele, um peregrino há muito morto voltou para assombrar os terrestres…
Tomei
coragem e continuei a conversar… “eu e o Tó vamos a Joane, o resto do pessoal
vai andar para Brufe que vai ser mais leve (estava eu a empurrar a assombração
para os outros) é que em Joane vão ser 36km com 1100m de acumulado”.
Diz-me ele…
“não, eu vou convosco” Pergunto eu… mas tu não morreste? Tens a certeza que
vais aparecer, ou vais fazer como da ultima vez? Liga-me de manhã, estou acordado
a partir das 7.30h.
Toca o
despertador, levanto-me, preparo tudo e fico à espera do Tó, que como sempre
tem uns atrasos.
Arrancamos
lá para as 8.20h, e contava eu o telefonema da véspera ao Tó, quando o
telemóvel toca… e quem é… claro o Sr. César (assombração) a dizer que estava a
sair em direcção a Joane e que ligava quando lá chegasse. Mas morreste ou não?
Passados uns
20 minutos depois de chegarmos, o César liga a dizer que já está no
estacionamento e que não vai, porque vai ser duro e não está para chegar às
duas horas a casa.
Fui
ter com ele… e não é que está lá outro morto, o Vitor primo, deve ser de
família, mais um adolescente fora do grupo.
“Vamos ter
com o resto do pessoal a Brufe, dá-me o nº do telemóvel do Mendes para irmos
ter com eles”, diz o César. E lá foram.
Mais tarde
soube que também não apareceram… começo a desconfiar que sonhei…
Entrando no
recinto dos Trilhos Penosos fiquei admirado com a organização a oferecer
pequeno almoço para quem quisesse, de babar.
Após
uns sorteios de material de BTT e uma bike, deu-se o tiro de partida, ia ver
como estava depois de três semanas de boa vida a comer e beber e de barriga
para o sol. Os kilos já se sentiam em cima da bike e as pernas não tinham muita
vontade de pedalar.
No
inicio o meu corpo não reage muito bem, precisa de aquecer e eu lá me fiei
nisso, mas já desconfiava que ia levar um bom empeno.
Os Trilhos
Penosos devem-se chamar assim talvez por não ter zonas planas, ou sobe ou
desce. Descer estava mais para a minha vontade e deu para voar em algumas
descidas vertiginosas, com a adrenalina sempre a subir e cortada logo que
aparecia uma subida.
Já há algum
tempo que não fazia uma subida com a bike à mão… lá teve que ser que não dava
mais, foram duas ou três a acompanhar a bike ao lado.
A meio do
percurso tivemos um bom reforço e com variedade de frutas, sandes, marmelada,
barras, etc…
Continuamos
no rompe pernas até ter um furo já perto da meta. Não trocamos de câmara a ver
se aguentava até à meta e o líquido anti-furo fizesse o seu trabalho, o que não
aconteceu, enchemos mais três a quatro vezes até à meta e fomos ultrapassados
por quem não queríamos. Snif! Snif! Snif!.
Claro está
que os Kedas com K grande foram a Joane e os kedas com k pequeno foram para
Brufe….
Relato de Brufe por Mendes
Domingo 11
de Setembro ao toque de alvorada as 8.15 todos os bravos do Plutão lá estavam (Locas, Ripe, Mendes ,Sheik, Joel e o Ricardo) apenas faltaram dois desertores
ou mercenários, o Paulo Bento que decida como devem ser tratados, sem contar
com o César que tinha tanta vontade em andar de bike , que foi ter a Joane.
Partimos com
destino a Balasar, para um passeio a convite do SR. Domingos da associação
cultural de Brufe, e com o locas a grande velocidade, não vá as bifanas e o
vinho acabar, embora todos nós soubéssemos que as bifanas e o vinho eram só
para fim do passeio ,agora já perceberam porque razão o locas apareceu! Eis que
lá nos juntamos ao resto do pessoal rumo a sempre fatigante ciclovia, chegados
a cavalões os nossos colegas de brufe resolvem fazer meia volta, grande
problema, as camisolas ainda não estavam suadas, 9.30 horas, já vamos para
Famalicão? Não, após breve conferencia com os kedas decidimos seguir em frente
porque era necessário suar a camisola , enquanto o resto do pessoal foi para
trás, mas o Sr. Domingos ficou incumbido reservar as bifanas para quando
terminássemos a nossa volta.
Partindo então para a nossa volta, começou o Joel pôr a bicla de pernas
para o ar, ou saltava a corrente ou as velocidades não entravam ou a roda de
trás tinha folga, camionista do carvalho ainda não sabes que tua bicla é
talhada para a ciclovia e para a marginal de vila do conde? E não te esqueças
que as velocidades de trás se afinam do teu lado direito. Até para se ser
bicicleta é preciso ter sorte.
Por volta
das 11.00 chegamos as bifanas servidas com Sumol. Enganaram o locas, bifanas
com Sumol e agua? Sim.
Está aqui um
bom exemplo, quem disse que o Sumol não motiva o locas?
8.25h eu e o
Tó no local de encontro, faltava o Joel que falhou o ponto de encontro e foi
logo para a Famabike. Tomamos café e como não apareceu mais ninguém arrancamos
para a Famabike
Como já se
torna hábito no dia da festa da Sra do Carmo em Lemenhe, há um passeio de bike
sem stress e sem correrias. É neste passeio onde se encontra pessoal que
conhecemos de outros lugares, mas andam de bike noutros grupos, pomos a
conversa em dia e pedalamos juntos.
Chegada à
Sra do Carmo há doces da festa com vinho do porto e bebidas sem álcool para
quem quiser. É uma espécie de reforço, porque como a chegada ao parque
das merendas anda pela 11 horas ainda dá para fazer uma voltinha de regresso
maior.
Como
no sábado levamos empeno fomos para casa na descontra.
Sábado 16 de Julho, saída às 7.20h de Famalicão com
o pessoal da Didáxis para Mondim de Bastos pela estrada nacional. Eu tive que
ir à frente porque quando me deito tarde, de manhã enjoo. Com o Tó ao volante e
o Pedro Faria no banco de trás mais três colegas da Didáxis noutra carrinha.
Viagem de uma hora e meia.
Começando o aquecimento logo a trepar pela estrada do
monte Sra da Graça (tipo ciclistas de estrada na volta a Portugal), mais ou
menos a meio passamos para os trilhos de terra (já tinha as costas cheias de
alcatrão) .
Chegada ao topo já se podiam ver os montes ao longe por
onde iríamos passar, uma bela paisagem.
Encontramos todo tipo de trilhos e alguma estrada, bem
como umas aldeias bem pitorescas onde praticamente não vivia ninguém.
Numa das subias mais complicadas do dia com muita pedra
solta, regos e vegetação, aliados a inclinação e distância, as perninhas
já estavam a chamar pela mãe à algum tempo, mas aqui o pai é que manda, dói-te?
Não te queixes e pedala até às eólicas. E assim foi até chegarmos aos estradões
de terra.
Olha uma rapariga com um cão.
Com o Monte da Sra da Graça ao longe, que era o nosso
ponto de referencia, para ver o que ainda faltava, fomos passando as eólicas
uma a uma com ligeiras subidas e descidas e apreciando as paisagens dos dois
lados.
Agora já estava a ficar um ventinho chato e a acompanhar
o frio sempre que íamos subindo até ao ponto mais alto da serra. Chegados a
esse ponto, o vento era bastante amigo, batendo dos lados e de frente a
dificultar a nossa escalada até às antenas onde as nuvens descansavam, olhavam
para nós como a dizer, também vieram para aqui descansar.
Não dava sequer para comer nada com tanto frio e vento.
Agora era só descer durante algum tempo. Chegados às zonas habitacionais
procuramos um tasco para recarregar baterias e seguir para as Fisgas do Ermelo
(nunca lá tinha estado, mas todos me diziam que era um assombro ) e não é que
era!!! Paramos algumas vezes para admirarmos aquela obra da natureza,
difícil de descrever, só visto é que dá para ver a imponência onde as fotos
ficam muito aquém.
Na descida encontramos uns peregrinos das bikes de
Lousada à deriva e sem GPS. Perguntaram-nos para onde íamos a ver se lhes dava
jeito o percurso. Aproveitaram a boleia até Mondim de Bastos depois iam pela
estrada até ao parque de campismo.
Chegados aos carros foi carregar e seguir pela
auto-estrada sem passar pelo tasco e sem receber dois contos porque eu e o
Pedro Faria tínhamos compromissos às sete horas.
Mendes, Zé, Carlos (KTM), Fernando, Amorim,
Pedro, Américo, Ricardo, Tendências e Carlos (Sobrinho), no fim do dia aparecia
o Carlos (o irmão levava-o ao albergue). Foram estes os peregrinos de bike que
saíram de Pereira, às 8.00h pusemo-nos a caminho.
O nosso
transportador de fogão (vulgo recipiente em barro para assar chouriças em água
ardente) o Sr Tendências, com os seus saltinhos rebentou o saco de plástico que
transportava o fogão, e partiu os suportes que impedia a chouriça de
entrar em contacto com a água ardente, mas não íamos ficar mal, são coisas que
se resolvem.
Chegada a
Fão, chegam os dropouts do Tendências e as famosas clarinhas de Fão. Aí
enchemos o nosso mealheiro Zé, de dinheiro. Agora era o homem mais importante
do grupo, andava sempre com guarda Pretoriana.
Uma das
palavras mais ouvidas nestes dias foi “AZEITEIRO”. Gritávamos quando quem
ia à frente não via as setas amarelas, o que era normal, dado que pela costa
está um pouco mal marcado mas era compensado pela beleza das paisagens e pelos
diversos ST (Single Traks) que por este lado vão aparecendo, fenomenal.
Passamos
pela Malafaia e daí apareceu uma música que fomos cantando durante os três
dias:
Eu vou à Malafaia
A Malafaia é vossa amiga
“agora em Inglês”
I go to Malafaia
Malafaia is your best friend
Paramos num parque para lanchar e toca a tirar as
três garrafas de vinho frescas que levávamos, pão, chouriça, panados e o nosso
fogão partido com a água ardente. Começamos a fazer o incêndio com a água
ardente para assar as chouriças e foi petiscar, limpar e bazar que começava a
chover. Azar, de mochila às costas e a chover bem.
Os ânimos
começam a fraquejar, para ajudar à história quando estávamos em Afife, o cepo
da minha bike bloqueia, agora parecia um triciclo, só não devia dar pedal para
trás para não dar cabo do desviador e da corrente.
Andámos
um pouco até uma povoação para pedir ajuda/informação e aconselharam-nos uma
oficina de motos, e siga para lá com os pés na suspensão e a ser
rebocado/empurrado pela resto da comandita.
Chegando à
oficina de João Fernandes em Afife, logo se prontificaram a ajudar. Desmontaram
o cepo à martelada (pois não tinham alguma ferramenta que era necessária), e
este cai em peças no chão, perdendo um linguete que teimava em não aparecer.
Tiveram de inventar, desmontaram um cortador de relva, tiraram o cepo,
desmontaram o cepo e tiraram um linguete… será que dá? Parece-me maior… salta
linguete para o esmeril , dasse ,… será que dá!!! Parece que sim tudo montado,
rola, faz barulhinho, já estou feliz outra vez.
Enquanto eu
assistia ao parto, os restante s viam calendários de oficina, lavavam as bikes,
pediam óleo para lubrificar e o dono resmungava que havia muita gente num
espaço tão pequeno (estava a chover tótil) .
Quanto
é? (pergunto eu ao patrão) – “vão mas é embora que já estou cheio de vos
aturar” . Excelente pessoa, tivemos lá uma hora e meia a mudar de roupa,
comer umas barritas e fugir da chuva enquanto o trabalho deles estava parado.
O
nosso/meu muito obrigado ao Sr João Fernandes.
De volta à
perseguição das setas amarelas, cheios de fome e já com a chuva para trás,
o almoço ficou-se por umas barritas. O Tendências começa a enlouquecer por
comida, só que… no monte não há muitos tascos ou cafés.
Ao
chegar a Vila Praia de Ancora, D. Tendências fica louco e diz que não anda mais
sem comer, mas já tínhamos perguntado lá na Vila onde se podia tascar, era no
Monte do Calvário.
Monte = a
subir, mas D. Tendências não andava mais nem percebia o que lhe diziam, “lá em
cima há comida é só subir e comer” D.T. – “eu não ando mais sem
comer”. Depois de diversos desenhos e caras feias lá fomos subindo,
subindo, subindo, uma pendente tipo parede, e lá em cima de onde se via o mar,
que lindo e bonito (outra frase que ficou sempre que víamos algo
transcendente).
Paramos no
tasco, e fizemos logo uma feirinha com as sapatilhas, camisolas, meias e
mochilas ao sol penduradas onde desse, até no passeio. Estávamos à
vontade e íamos comer, só que havia um pequeno problema, a cozinheira não
estava, tinha ido ao talho.
Toca a comer tudo o que o Sr tinha em pacote até chegar as bifanas e pregos, agora toca a olhar sempre para o relógio para ver se conseguíamos apanhar o ferryboat para o lado espanhol.
Chegamos ao
porto e já víamos o ferryboat, já nos safamos. Por cinco minutos
ficávamos a falar Português o que implicava dormir em Caminha e no Sábado ter
que pedalar bem e rápido.
Chegados a
Espanha, procurar as setas amarelas foi um desatino, havia no mesmo poste setas
nos dois sentidos. Foi a zona mais complicada de seguir, até termos de seguir
pela estrada nacional até ao albergue de Á Guarda já que o sol já se estava a
deitar.
Depois de um
banho bem quente e vestir a farpela da noite (todos iguais para não nos
perdermos e de fácil visualização) já com o Carlos no grupo mais as três
botelhas e chouriças que ele trouxe, para a manhã seguinte repetir a dose. Lá
fomos jantar à Ester, a comida não era grande coisa mas os chopitos eram
bastantes e bons.
Agora vinha
a parte mais difícil para mim, dormir. Tenho um ouvido de tísico e claridade
nenhuma. Como tínhamos uma ala só para o nosso grupo, houve tempo para fazer um
arraial de riso com as baboseiras.
Andava
lá um (Tendências) a fazer de ET mas com a luz não no dedo mas…, estava tal
algazarra que outro (Amorim) já estava a dormir (ressonar) até aparecer um
gato no telemóvel. Levanta-se de gás para atirar o sapato ao gato e acorda…
momento único.
Como
estávamos em festa, os vizinhos do edifício ao lado também estavam,
tocaram uma musica de técno (sim, sempre a mesma) até às 4.30h da manhã,
no fim saíram e ficaram na faladura mais uma hora. Mesmo assim, só eu, o
Ricardo e o Sobrinho é que estávamos acordados.
O Carlos KTM
andava a fazer chá durante a noite ou a descombrar. O Mendes também sabe
usar uma descombradora, bem como o Tendências. Devo ter dormido uma hora.
2º dia Á Guarda – Briallos Portas 117km
Alvorada às 7.00h, desejar um bom caminho a um peregrino
que vinha a pé desde Esposende e a promessa se nos encontrássemos pelo caminho
tiraríamos uma foto. Ensacar tudo outra vez, pôr protector solar (não vá
chover e também protege do vento) e saltar para cima da bike para encontrar o
café aberto e tomar o pequeno-almoço.
De volta à procura das setas amarelas, continuando pela
costa em zig-zag, encostados ao mar, atravessar a estrada, ir para o
monte/pinhal num sobe e desce constante, repetitivo, duro, pouco
usado e calcado, mas lindo e belo, encontramos o peregrino de Esposende.
Tiramos umas fotos e continuamos no nosso zig-zag, voltamos a encontrar o
peregrino, ele em linha recta estava a andar tanto como nós de bike (o
peregrino ia só pela estrada).
Estava na hora do ritual das manhãs, comprar pão e ir
para praia fazer um incêndio com a famosa água ardente, chouriças e vinho
fresco (do nosso), apanhar um solzinho e apreciar a paisagem. Como as chouriças
acabaram o nosso fogão foi entregue aos espanhóis e partimos para ver se o
peregrino não nos apanhava mas… ele devia andar a correr porque passámos outra
vez por ele.
E lá continuamos com o nosso zig-zag até o meu cepo dizer
que estava igual , com em Afife. Voltou a bloquear, que vou eu fazer agora tão
longe de tudo… vou ligar para casa para me virem buscar, mas os companheiros de
viagem dizem que não, “estamos onze e chegamos onze a S. Tiago”. Lindo.
Paramos num restaurante e perguntamos onde poderíamos
encontrar uma oficina de motos ou bikes, dizem eles, “só em Baiona, 6/7 km”,
toca a pedalar o mais rápido possível até Baiona, estavam a ser horas de
almoçar e da parte de tarde estariam fechados. Eu com a companhia do Amorim,
Tendências e o Sobrinho de prego a fundo lá fomos tentar chegar antes da hora
de almoço e encontrar a oficina, mas quase ninguém conhecia ou diziam que estava
fechada ao sábado.
Reagrupamos e fizemos uma busca maior, mas já nos estavam
a mandar para fora de Baiona, e começava a não acreditar que me ia safar. Mas a
uns 3km de Baiona (Ramallosa) encontramos uma loja de bikes com oficina,
entramos para ver se podiam fazer alguma coisa ou se tinham um cepo igual.
Cepo igual não tinham e o mecânico não estava, mas
o dono sossegou-me e disse para irmos almoçar por trás da loja deles no
restaurante Antipodas que ele ia tentar resolver e que me chamava quando
soubesse de alguma coisa, já tinha telefonado ao mecânico dele e vinha a
caminho.
Fomos para o restaurante com esplanada e lá fizemos a
nossa feirinha, desmontamos tudo e ainda deu para fazer praia no passeio. O sol
a entrar nos ossos e claro a cerveja a entrar no esófago, vinda directamente da
janela do restaurante onde pusemos o dono sempre à janela e amarrado aos punhos
da máquina da cerveja (estava cá um calorzinho chamativo). Começam as
terrinas de comida a chegar e a desaparecer antes de pousar na mesa (estávamos
todos de dieta), os senhores não davam vazão.
Chega o dono da loja das bikes e diz-me “acho que
conseguimos resolver o problema”. Quando chego lá o mecânico diz “a mola que
segurava os linguetes partiu e eu coloquei um arame”, ao que eu pergunto:
e isso resulta até Santiago de Compostela?
Resposta: ainda é longe se não esforçares muito é
capaz de dar.
Estou lixado… não tinham cepo igual, alternativa era
comprar uma roda. Vou como está, vou testar a bike e ouço o estalinho que me
diz que não está lá muito bem, digo ao mecânico para dar uma volta e este
diz-me, se não esforçares muito dá.
Pronto, é nesta altura que nos lembramos dos santos,
vamos lá, toca a preparar para arrancar e quem avistamos a chegar ao
restaurante? O peregrino de Esposende, sessenta e tal anos e a dar-nos uma coça
das antigas. Mais uma foto de grupo com o Sr para ele dizer aos amigos que nos
passou, só três vezes, ele a pé e onze maganos de bike.
Quando pegamos nas bikes o KTM furou, desmonta o pneu e
tira um conjunto de remendos amarrados a uma câmara de ar (via-se mais remendos
do que câmara de ar, INCRIVEL).
Com aquela cervejinha toda e com o papo cheio lá nos
pusemos a caminho. Agora nas subidas tinha que ir com ela (bike) à mão, a
correr ou em passo muito ligeiro para os acompanhar. Tudo o que era subida ou
que carregasse muito nos pedais tinha desmontar e acompanhar.
Se continuasse-mos pelas setas a bike não ia aguentar
(nem eu), já começava a ir a baixo psicologicamente, por os estar a empatar mas
também já via alguns mamados.
Viramos para a nacional (porque falhámos umas setas a
descer) e siga até Vigo. A bike em alcatrão porta-se bem, faço mais ritmo de
pernas e ela vai sossegada.
O pessoal nesta fase ia todo mais calado. O Fernando
desde que arrancamos começou a sentir-se mal, com dores de barriga. Até Vigo e
passar a cidade foi das piores partes da nossa viagem. Quando passamos pela
estação de caminhos de ferro, pensei logo tirar o bilhete para Famalicão mas
dissuadiram-me a não o fazer e siga, mais nada. Lindo.
Já outra vez no encalço das setas amarelas e das vieiras
seguimos na rota . Pelo nosso rendimento estávamos a pensar ir dormir a
Pontevedra, o que para o terceiro dia iam carregar mais km, ia ser bonito.
Ao meio da tarde o pessoal já estava mais animado, até um
cromo se meter com uma espanhola que se estava a cruzar connosco “olá, fazes
parar o transito” (transito éramos nós) a espanhola pára, e nós todos a passar,
“AZEITEIRO”.
O Zé agora só queria ir à frente, estava com o turbo todo
ligado. Até a subir metia os cães todos e quem quisesse que o seguisse. Estava
possesso e ao ritmo que íamos chegamos a Pontevedra mais cedo que o esperado,
por isso fomos para o próximo albergue em Briallos Portas.
Chegada ao albergue, (numa povoação onde não havia praticamente nada) perguntamos a quem nos veio abrir a porta onde poderíamos jantar.
Resposta: Há um restaurante muito bom a quatro km daqui, vocês tomam banho rápido e eu levo-vos lá. Quando nos pusemos com a farpela da noite, (todos
vestidos iguais) o nosso cicerone já tinha marcado mesa para onze e um jipe da
protecção Civil para nos transportamos para o restaurante, dois carros de cinco
lugares fomos treze, o Américo foi na mala e chegou com as tripas à
mostra.
No restaurante pedimos churrasco para todos, lá comia-se
uma espécie de frango de churrasco fumado, mais umas carnes. Foi a melhor
refeição da viagem.
No fim toca a ligar para as nossas boleias para nos virem
buscar, e como iam demorar algum tempo, os que não gostam de chupitos ficaram à
espera da boleia e os que gostam de chupitos esvaziaram garrafa e meia, (Pedro,
Amorim e Tendências) eu já estava a dobrar a dose de calmante do dia anterior
para ver se conseguia ressonar como os outros, por isso toca a beber mais um
chupito (chupito = água ardente, mel e café) até as nossas boleias chegarem.
Agora ninguém queria ir atrás e lá nos acomodamos todos nos bancos traseiros.
Chegado ao albergue toca a preparar para dormir, hoje
como estavamos todos cansados não houve farra. Toca a tentar dormir, deixa-me
ver se consigo adormecer primeiro que estes gajos, senão a sinfonia não me vai
deixar adormecer.
Dito e feito começa a fanfarra, até ressonar
metálico havia, como os beliches eram em ferro e a boca devia estar perto dele,
dava um efeito sonoro de uma rebarbadora a cortar ferro. É de um gajo ficar
doido, às cinco horas ainda estava acordado.
Realmente, para mim a parte mais difícil é não conseguir
dormir.
3º dia Briallos Portas – Santiago Compostela
50km
Alvorada às 7.00h (logo agora que estava a dormir bem),
arrumar tudo dentro dos sacos, mochila à costa, saltar para cima da bike, e
constatar que está bem frio. Pedalar sete km até à povoação mais perto para
tomar o pequeno almoço e aquecer com alguma bebida quente.
Continuando no encalço das setas amarelas e das vieiras,
já bem dispostos e satisfeitos com o pequeno almoço, o Fernando era o único que
ia em baixo, ainda lhe doía o estômago e quase não comeu nada.
Chegada a uma zona bem conhecida de outros anos numa
descida algo técnica, por haver muito areão, o Amorim vai ao tapete, mas sem
consequências, só se sujou e raspou a pele.
Agora a comida até Santiago era à base de barras, já
estávamos a ficar enjoados de tantas barras comer.
A uns dez km de Santiago o nosso comboio começa a ficar
mais disperso e estamos sempre a agrupar, até aparecer uns ST a descer para
animar o pessoal.
As paisagens eram do melhor.
Chegados a Santiago e à Catedral, deixamos as bikes
encostadas umas às outras e fomos visitar a Catedral por dentro.
No fim fomos levantar o nosso certificado de peregrino.
As nossas boleias Berto e Ricardo já tinham chegado .
Carregamos as bikes na carrinha e siga comer comida
portuguesa em Valença, mas quando chegamos lá o restaurante a que estávamos
habituados estava fechado por motivos pessoais, agora já estávamos a desfalecer
não queríamos ir a outro e levar barrete.
Fomos a Ponte de Lima comer sarrabulho num conhecido e…
levamos barrete. Só quando chegamos a casa é que comemos em condições.
O meu muito obrigado aos meus companheiros de viagem que
me ajudaram com os problemas que tive na minha bike.