PedroS, Faria, Locas, Nagy, Joel, Mendes, Rocha, Carlos
Pereira, Tó e Rui foram os presentes no jantar de Natal KEDASbike.
Não fugimos do cozido à portuguesa à moda da Tasquinha do
Zé.
Os que pedalaram o dia todo (a viagem de carro tb cansa)
estavam bem mamadinhos de cansaço, os outros 4 estavam como alfaces, verdinhos.
Com umas boas entradas à espera do cozido, a criar o
ambiente natalício. O clima estava ameno, sem confusão quase só falava um de
cada vez. Kedistas organizados, e educados, estava admirado com tal elegância.
Durante a refeição principal não havia nada a voar, nem
assalto às unhas de porco, tudo soft.
As sobremesas da época natalícia vão aparecendo e tudo muito
respeitável, uns iam servindo os outros, e as palavras cão, manco,
pa”$%”&%, etc & tal gritadas foram trocadas por: por favor, obrigado.
Fiquei com os olhos esbugalhados com tanta delicadeza. Ainda me fui beliscando
para ver se estava lá.
Só nos brindes é que houve um pouco mais de barulho, acho
que fomos todos embora mais sóbrios do que quando chegamos. Foi um jantar de
Natal sossegadinho até a dormir…
Mais um passeio anual KEDASbike, este ano apontamos para
Chaves com base no passeio NGPS de Chaves.
Carlos Pereira, Joel, Faria, Hugo, Rocha, PedroS, Rui e Rui
(ondas). 7.30h hora de arranque com uma hora e pouco de viagem até ao início do
percurso.
Chaves estava em obras e para encontrar a fechadura do
estacionamento demorou um pouco mais que o previsto.
O Hugo ia ser o busílis da questão, este ano praticamente só
andou nos meses bissextos com 31 dias.
Em Chaves estava um frio com um F grande, uma visita curta
ao centro da cidade com o seu castelo altaneiro como ponto turístico mais alto.
Os primeiros km ao lado do Rio Tâmega, baixavam mais a
temperatura, numa das travessias para a outra margem, o acesso estava cortado
(obras) e tivemos de recalcular, fazendo um misto de estrada e quintais à beira
rio.
Entrando novamente no trilho gps, começavam as dificuldades,
o calor já queria sair do corta-vento. As subidas faziam a temperatura subir
abruptamente, já o contrário a descer era quase congelamento, tínhamos de
desapertar e apertar roupa, tirar e vestir. Mas esta era sem dúvida a zona de
trilhos e paisagens mais interessante do passeio.
O fim do Outono, carregado de frio com o sol a pairar por
cima das nuvens baixas, neblinas sempre na nossa companhia, algumas vezes
dentro delas outras por baixo, bem baixo das nossas rodas
o Rui (ondas) começa a dar pisca e a sentir o homem da
marreta. Não tem feito o calendário do Hugo, mas os últimos seis meses andou
pior. Ainda aproveitou numa ligeira subida uma boleia de uma “moto-cultivadora”
mais potente.
Já havia pedidos para um brinde com vinho do Porto,
ficávamos só à espera que um tasco aparecesse, à direita ou à esquerda. Para
beber e tascar há sempre vontade, e não há objeções.
Foi à direita que o tasco apareceu, esgotamos o Vinho do
Porto do tasco, só tinha pouco mais que meia garrafa.
O Rui (ondas) já apontava para Chaves mas tentamos que ele
fizesse mais uns km na nossa companhia, ao qual ele anuiu.
O Hugo com o Porto ficou logo eufórico, e mal apanhamos
trilhos, a tendência de atirar alguém a baixo da montada aumentou, mesmo para
ele que quase já subia um muro em pedra após uma tentativa de salto aterrando
na direção do dito muro.
Os trilhos nestes últimos km andavam junto a vinhedos
velhos, deixavam um sabor ao meu cérebro a vinho, queijos e presunto, estaria a
ficar com o olfata demasiado apurado.
Uma das descidas do dia, esta era rápida com uns
ziguezagues, drops, regos, pedras, acompanhados pelo nevoeiro e água que estava
no chão. Acabámos a descida todos com um sorriso nos lábios.
O Rui (ondas) fazia-me lembrar o Rocha “analógico”, andava à
procura de alcatrão com uma placa a dizer Chaves. Ao passarmos na aldeia de
Faiões o alcatrão da N103 levou os 2 Ruis para Chaves.
Os trilhos continuavam a satisfazer-nos e a massacrar os
nossos músculos, num sobe e desce. No fim de uma das descidas estamos à espera
do Joel que ficou para trás a comer uma bucha, aparece todo desgovernado
(sempre a mastigar) sem controlo da bike, assustou-se com a saída do trilho
para um grande buraco atirou-se ao chão. Vem sentado de rabo escorregando monte
abaixo sempre a mastigar, que técnica de dentes. 😂
Mais alguns trilhos ao nosso gosto com ST à mistura, o
entusiasmo faz-nos fazer umas centenas metros enganados a descer, não dava para
olhar para o gps, só dava para olhar para o trilho. Quando demos a volta ao
barco, era a subir, depois continuava a subir, o Joel e Hugo já começavam a dar
pisca, mas faltavam só uns 5km, F”#$dos mas bonitos. Uma geira românica a subir
(bonita), e uma escalada (bonita) de bike às costas. Mais uma descida e uma
pequena subida tb estas em zona muito bonita com uma ponte coberta de outono,
muito escorregadia em que o Hugo dá um malho fora da ponte, teve sorte que caiu
no lado menos mau, não foi preciso nadar. Deu para o susto.
A nossa meta para o dia era chegar à casa dos presuntos de
Chaves para petiscar, conseguimos, aí ninguém estava cansado e os braços e o
maxilar trabalharam bem.
Depois foi descer uns 8km até ao carro, que frio, já com o
sol a obrigar os carros a ligar os faróis.
Com a chegada do Outono começava a cheirar a Manobras. Uma
rápida procura no Facebook do Clube BTT Famalicão e a data encontrada é o 26 de
Outubro, fixe estou livre 😀.
Cinco KEDASbike marcaram presença, Carlos Pereira, Rocha,
Faria, PedroS e Rui juntamo-nos a outro grupo, Escola E.B.2,3 Júlio Brandão com
os riders Hélder, Nuno, Renato e Ricardo.
Foi a primeira vês que pedalamos juntos, mas encontramo-nos
muitas vezes em algumas capelas comuns. Foi numa dessas capelas que os
informamos do passeio, manobrado por GPS, ao que eles disseram presente.
Hora marcada no Xilas pelas 7:45h com um bem alimentar, era
um género de “pagamento” de inscrição a favor da Refood.
Já com uma boa base de bttistas a aglomerar no Xilas,
decidimos começar o nosso Manobras.
Com a ementa de 65km e 1400+ de acumulado, íamos ver como
estavam alguns Kedas que tem pedalado menos. O Carlos Pereira com um início de
ano azarado, keda no passeio do rojão, com algum tempo a recuperar e mais tarde
uma fratura da clavícula com direito a operação. Esta devia ser a 5ª/6ª vez que
pedalava em 2019.
O Rui, não está habituado a fazer tantas horas e km seguidos
em cima da bike. Os Escola E.B.2,3 Júlio Brandão, não tinha a noção do ritmo e
resistência de cada um. Como é um passeio vamos sempre no ritmo do último.
O Ricardo já conhecia o Faria do primeiro grande empeno
dele, era uma boa lembrança que ia reviver no Manobras deste ano.
Com um início de percurso lento, trilhos pesados, os km iam
sendo feitos devagar pelos campos e montes de Mouquim, Lemenhe e Jesufrei com
zonas de divertimento, à Manobras.
A carrinha do reforço
andava praticamente no nosso encalço, na praia fluvial de Arnoso a primeira
degustação da pastelaria Xilas.
Outros grupos rodopiavam a pastelaria ambulante, parecia que
tinha mel. O Ricardo era o único que não mastigava, não gosta de comer enquanto
pedala!!!?
Os Escola E.B.2,3 Júlio Brandão andavam tão juntinhos que
numa curva se enfaixaram uns nos outros, até arranjaram problemas mecânicos e
de falta de ar num pneu. Resolvido o acidente, sem triângulo, continuamos a
curtir os trilhos. Uns bem conhecidos, outros esquecidos e outros já perdidos,
mas que com este Manobras os encontramos.
Com direito a ST, trilhos escavados pelas chuvas, pedras
soltas e etc & tal como gostamos.
Arnoso, Nine, Viatodos, Silveiros, Grimancelos, Gondifelos e
Balazar ficavam para trás.
Em Gondifelos voltávamos e encontrar a pastelaria ambulante,
bem como amigos, conhecidos, e grupos de btt deste fantástico desporto. Miguel
Martins, Luís Martins, Sidónio e os seus florestas que tantos km fizemos juntos
e tantos outros.
O Nuno continuava com falta de ar no pneu, mais uns minutos
a resolver/desfazer ou a desligar o tubeless. Por dentro do pneu, o líquido
transformou-se num tipo de pele de cobra acabada de mudar, seco. Assim era
impossível selar a fuga de ar.
O Rui, o Ricardo (não se alimenta) com a companhia do Renato
vão se mantendo na cauda do grupo. A marreta começa a sentir-se. Os trilhos
para eles começam a ser todos a subir.
O Carlos Pereira vai estando bem e recomenda-se.
Em Parada, o trilho passa mesmo ao lado do restaurante que
escolhemos para o nosso convívio do Manobras. Uns já queriam meter o descanso
na bike e amarrar com os dentes um belo naco de carne, ficávamos pelo cheiro.
Bagunte, Parada e Ferreiró ficavam para trás, bem como mais
uma visita à caravana alimentícia. O abastecimento que levei para o passeio
veio quase todo para casa. Mas o Ricardo continuava a comer com os olhos.
O Rio Ave fazia-nos companhia e o Rui já começava a estar
farto da nossa. Ligou à assistência em viagem e abandonou ao entrar em
Ribeirão, já se sentia praticamente em casa. Sabia onde estava e com 61km
abandonou o Manobras, para ele já foi mais que o esperado.
Ribeirão, Fradelos e Vilarinho das Cambas ficavam para trás,
as forças do Ricardo tb, não pediu ajuda telefónica e foi a penar até ao fim.
A parte escolhida para final foi de pouco interesse para
nós, ainda pensamos que íamos à Santa mas passamos ao lado.
Foi um passeio globalmente bom, com um bom dia para pedalar.
No fim lá fomos os nove para o restaurante Paradela com a substituição do Rui pelo Paulo.
Um bom serão de comida com o Ricardo a dar muito uso ao maxilar.
Após dois anos de ter participado no NGPS de Benfeita, e o
ter considerado um dos melhores NGPS que fiz, fiquei logo em pulgas para
participar neste NGPS de Côja. As duas freguesias pertencentes a Arganil,
ficavam a menos de 10km de distância. Os montes deveriam ser mais ou menos os
mesmos. Logo o crescente do entusiasmo.
Sabendo que em 2017 os incêndios na zona deixaram tudo
preto, a paisagem deveria ser predominantemente cinzenta com pouco verde a ser
pincelado.
Rocha e PedroS com o dorsal já colocado na bike e o relógio
a marcar as 7.30h, já rolavam em cima da bike.
Subir por estradão, a bocejar, 10km já comidos sem sabor,
tal era o sono que consegui subir mais 2km sem me aperceber que estava
enganado. O que via no gps não era o trilho a seguir mas a imagem do estradão,
fomos até aos 770m de altura o ponto mais alto do dia. Que sono…
Chegávamos à aldeia do Sardal com 24km, e a memória já batia
palmas. Estávamos numa zona de 2017 interessante e com os km a passarem os
trilhos já despertavam para o dia. São estes trilhos que me fazem adorar o btt.
Da aldeia de Sardal até à Aldeia Pai das Donas 3/4km de
trilhos e ST do melhor e 2017 foi metade do percurso assim. Este ano ficou um
pouco aquém, claro que os incêndios ajudaram e o risco de incêndio para o dia
em questão, cortaram as zonas mais interessantes, segundo a organização.
Continuavam os trilhos interessantes, até Benfeita, mais
2km. Numa descida os olhos começam a fixar uma valeta e as rodas tb quiseram
ver de perto, com sorte só levei com o cotovelo do Rocha e o punho da bike nas
costas que vinha atrás de mim e não conseguiu parar.
Este ST entre paredes era novo para mim, e muito
interessante em pilotar a bike. O Rocha já ficava a perceber o entusiamo de o
convencer a vir. Mas… o dia ainda não tinha acabado.
A seguir a Benfeita, o azar do dia apareceu na minha roda
traseira. Zona de xisto e um valente rasgão na lateral do pneu, alguma demora
na sua substituição enquanto conversávamos com um nativo.
Houve mais alguns trilhos (poucos) de interesse até ao fim,
um dos quais uma picada de pernas durante 1km. Era preciso ferrar no avanço
para a dor das pernas atenuar, ficavam os dentes a doer. Dasseeee .
85% do percurso não foi do nosso agrado, vou continuara a
guardar na memória o de 2017.
As férias em São Miguel estavam marcadas há algum tempo,
faltava só escolher o dia para poder percorrer alguns trilhos de bike na ilha.
Ao pesquisar na Internet alguma atividade de bike a gosto e
fazer alguns trilhos que entusiasmassem não estava a ser fácil. Parecia que não
ia ter sorte, não estava a encontrar nada que me pusesse os olhos a rir. Só
encontrava percursos/atividades de brincar ao btt.
Quando cheguei ao destino de férias e em conversa com o
proprietário da habitação fiquei a saber que o filho praticava btt, um contacto
salta prá mesa, fixe. Alguém que pratica btt pode dar uma ajuda para o que
pretendo. Ele enviou um SMS com o contacto.
Contacto* o Lourenço** para agendar o dia, as perguntas
feitas por ele levam ao tipo de trilho a escolher. Paisagens, subidas,
descidas, acumulado positivo e negativo com partes técnicas a subir e a descer
com km que pudesse dizer que fiz btt em São Miguel, não um passeio de bicicleta
que podia ir de carro.
A domingueira começava bem cedo 7.35h, fizemos poucos km de
carro e estaciona-mos. Descarregar as bikes e preparar para subir bastante.
Via-se lá no alto o topo Lagoa do Fogo, e eu já tinha ido lá de carro, sabia
bem que teríamos de trepar bem, só não sabia a inclinação e o tipo de terreno.
A minha montada era uma TREK REMEDY de 160mm curso, enduro
pois claro e a subir, mas não desgostei da relação da transmissão.
Um acessório sempre presente na prática de btt na ilha é o
impermeável/corta vento. Não sabia muito bem como vestir para o dia, e levei
roupa a mais. Calor tropical, chuva quente, humidade no máximo e os trilhos
sempre húmidos dava para perceber que a subida ia ser bem generosa, e os
pulmões iam trabalhar bastante.
Com algumas inclinações a 20% a subir, o corpo já libertava
humidade em gota ou ribeiro. Parei para tirar uma camisola corta-vento para
respirar melhor e apreciar as vistas. Ao longe via o ilhéu de Vila Franca do
Campo
O percurso em trilho e alguns ST estavam espetaculares, não
conseguia pôr a bike a rolar mais rápido, estava a apreciar as vistas e a
inclinação tb era generosa. Perdia-me com as estonteantes paisagens. Ao longe via
o mar e em qualquer curva via-o a espreitar, ou via-o por entre a vegetação.
Nas zonas mais fechadas da vegetação, ficava estupefacto com a quantidade e
diversidade de flora para apreciar. Passava por algumas pontes e umas ravinas
sem fundo, tipo buraco negro sem saber quando acabava.
Estava a pedalar num jardim botânico enorme e de uma beleza
ímpar, queria apreciar tudo, tipo Parque Terra Nostra, era tudo bem diferente
do que estava habituado, de uma formosura singular onde só te apetece apreciar
e… continuar a apreciar…
As subidas continuavam… mas com algumas descidas para sentir
o vento e arrefecer um pouco o corpo, a água que levava parecia que não ia
chegar, mas o Lourenço dizia para não me preocupar que havia muita água pelo
caminho.
E claro… o trilho passava por levadas bem bonitas e
estreitas, os cheiros tb iam mudando. Os cinco sentidos estavam regalados de
satisfação, claro que o tato pertencia à bike e o paladar ficava-se pela água,
mas os outros estavam satisfeitíssimos.
A subida mais “técnica” em trilho com pedras soltas leva-nos
ao sopé da Lagoa do Fogo, e a vista é deslumbrante. Não obstante o nevoeiro e o
vento, a perspetiva da lagoa estava lá na sua selvagem imponência. O sol trazia
mais cor, mas só de pensar que estava lá… e há uns dias atrás estava do alto a
ver o trilho que estava agora a fazer de bike… deixava-me com uma enorme
satisfação.
O Lourenço informava que íamos começar a descer, uns 2,5km.
As campainhas de excitação começam a ouvir-se, e larga-se os travões como se
estivesse atracado ao ponto mais alto do percurso.
A descida em semi-estradão, com lombas de desvio de água das
chuvas deixaram-me um pouco dececionado, estava a pensar numa descida mais ao
estilo da bike montada.
Deu para a soltar um pouco nas lombas e as curvas contras
curvas, deixavam sair algum entusiasmo. Aproveitava a descida para absorver a
natureza que rodeava a inclinação.
A descida levou-nos de enxurrada até ao mar, uns km em
alcatrão na marginal até voltarmos a entrar nos trilhos e estradões que nos
levaram até ao carro.
Fiquei deslumbrado pela beleza dos trilhos, não estava à
espera de encontrar trilhos que me fizessem rodar a cabeça e os olhos tantas
vezes por segundo. Brutal.
A humidade lá é poderosa e as inclinações tb 😏.
A principal descida é que ficou um pouco aquém. Se calhar
foi por estar montado numa bike de enduro e pensar que iria fazer algo do tipo.
Mas foi uma descida agradável.
**Como tive muitas dificuldades em arranjar um tipo de passeio
ao meu gosto, deixo aqui o contacto do Lourenço.
Além de aluguer de bike ele tb tem um “hotel” bike friendly.
Podem levar a vossa bike ou alugar lá o que quiserem, informem-se que ele tem
uma vasta oferta.
Serra da Cabreira, é uma beleza para os olhos e para as
pernas.
No passado dia 23 de Março Rocha, PedroS e Rui foram ver os
trilhos e ST com selo de garantia de qualidade, patrocinados pelos
Pedalarvieira ao longo dos anos, organizadores da Rota do Fumeiro.
Fomos só três do grupo, mas curtimos como um grupo grande ou
um grande grupo, alguns dos kedas ficaram tristes por não poder participar,
mas… foi quem pôde 😁 com a promessa de este ano voltar a percorrer estes
trilhos fantásticos.
Passados uns meses, voltávamos à Cabreira, agora com um
contingente maior. Os três repetentes mais o Faria e o Rui (vizinho do Rui),
alguns kedas ficaram em casa com pena (outra vez…)
A subida inicial é de respeito, o aquecimento é duro, o
calor já se vai sentindo e algumas curtas descidas vão refrescando a ansia de
entrar em trilhos e deixar a subida em estradão para trás.
O 1º ST, entre penedos a recortar uma encosta com zonas de
declive acentuado, deixavam o Rui com vertigens. A vista sobre o Rio Cávado não
dava para apreciar em andamento, o ST era muito estreito e com pouca
visibilidade, os fetos já estava a tomar conta do trilho.
Alguma da altitude que conquistamos no estradão estávamos
agora a subtrair, e a aumentar em adrenalina, para voltar a subir à mesma cota.
Uns km a rolar na crista do monte para voltar a entrar noutro ST rápido a
partir a pedra dos rins dos bttistas. Este ST foi conquistado pelas silvas,
eram tão fortes que até arrancaram a GoPro do capacete, e demoramos um pouco
para voltar a encontrá-la.
(Mais uma linda história dos KEDASbike…
… num ST ocupado por uma manada de vacas, íamos ao ritmo
delas. Era a descer e nós só queríamos que elas desamparassem a loja do ST para
darmos azo ao que mais gostávamos.
O ST atravessava um estradão e continuava. A manada ao
chegar ao estradão dividiu-se. Algumas sobem o estradão, outras ficam a
observar a parafernália de acontecimentos, duas ou três vacas entram no ST
seguidas pelo Rocha, PedroS, Rui Carvalho, Rui (vizinho do RC) e logo de seguida
um boi a correr monte abaixo entrando no ST atrás.
Era a vez dele pensou o boi, o Faria não entrou e ficou a
ver no que ia dar. As vacas da frente com o badalo a fazer barulho, mas num
ritmo lento, não davam espaço para ultrapassar. Nós íamos berrando para o que
ia à frente se despachar, mas não dava… não havia espaço, e o boi ia eliminado
os Kedas por aproximação. Iam-se atirando para os lados até o animal cortar
caminho pela densa vegetação… dasssse que nervoso.)
Continuávamos a torcer as escoras das bikes e os rins, todos
já bem marcados das silvas com a pele ensanguentada, mas com o um riso largo de
orelha a orelha.
Passadiços em madeira, sobe e desce constante, descidas e
mais descidas de todo o tipo. Acabava esta parte todo roto, ainda dizem que
descer não cansa… ufa!!! ufa!!! e ainda havia mais ST… que felicidade. A Vista
e a paisagem ao longe tb ajudavam. A última subida com um S grande ainda fez um
pouco de mossa nas pernas, mas não afastou a satisfação de trilhos excelentes,
e ainda havia mais…
Os ST, rápidos, técnicos, com pedras soltas, raízes, curvas
para todos os gostos continuavam a aparecer para nosso gáudio, a roda traseira
saltava como a cauda de um escorpião quando ataca. A adrenalina vai puxando
pelos cranques não chegando a gravidade nas descidas, zonas tão densas de
vegetação que até dificulta a luz a entrar no trilho. O Rocha com dificuldade
de descortinar o trilho optou pelo lado errado da árvore, vai descendo em Keda
como lhe dá jeito, enroscado na bikeE de 25kg pelo talude abaixo, sem
consequências para ambos.
A loucura continuava, travada em algumas zonas por quedas de
árvores, fomos desaguar ao parque de campismo de Vieira do Minho saindo pelo parque
da vila em direção ao centro.
Foi um grande passeio cheio de adrenalina, com tudo o que o
melhor do btt tem para oferecer.
Os Kedas estão a cair de maduros, estávamos 3 Kedas
inscritos e dois dias antes o Nagy desiste por lesão. Participaram Faria,
PedroS e Miguel, um amigo de Lisboa que já algum tempo não andava com o nosso
grupo, tb muito tempo lesionado. No grupo ainda continuamos com alguns de baixa
e outros que não puderam participar, mas queriam.
Com 72km com 1200+ de acumulado não parecia dureza, o jantar
estava garantido às 8.00 horas com mais 3 amigos, Abílio, Nagy e Joel. Como
estávamos encostados ao mar a escolha seria mariscos.
Saímos do estádio municipal da Póvoa de Varzim pelas 14.00h
já a pedalar, sem antes mudar um furo “lento” do Miguel. O inicio com um bom
aquecimento sem subidas e areia a moer os músculos. Percurso inicial por
trilhos, estradas secundarias e ligações agrícolas até à Cividade onde já deu
para usufruir um pouco dos trilhos com um T grande.
Subida ao Monte São Félix com uma rampinha nossa conhecida
com uma inclinação tipo pinheiro. No topo do Monte São Félix uma exposição de
automóveis clássicos, uma vista de olhos aos mais ícones e descemos o monte.
Haviam umas descidas mais interessantes que a utilizada, fiquei a conhecer mais
uma 😁.
Bons trilhos, mas a subida para o Monte da Srª da
Franqueira, dasse, tb já a conhecia, mas não me lembrava das dores de pernas
que ela provocava. A descer já a fiz mais vezes e sem dores 😅 . A Descida pelo
Castelo de Faria em direção às pedreiras, interessante, muita pedra solta, mas
gostei.
Os Trilhos mais bonitos estavam na margem do Rio Cávado, e
um erro meu de navegação a descer trouxe comigo uma enxurrada de bttistas na
minha roda.
Na margem dos rios tem sempre um prazer visual fantástico e
as pernas são as sacrificadas, num sobe e desce constante. ST frescos com
sensações diferentes dependendo da inclinação.
Os músculos do Faria começavam a abandonar a média e com o
Miguel a ficar em alguns entroncamentos à espera de um guia, (estava a ser
guiado via GPS do tlm e a informação nem sempre chegava atempadamente). As
horas não paravam e tínhamos de aumentar a média para chegar a horas ao jantar,
o que não estava fácil, os km começavam a ficar mais duros.
Depois de termos deixado o sobe e desce ao longo do rio, a
próxima dificuldade era a areia de Fão e Apúlia, nas zonas de pinhal e dunas,
as pernas quase rebentavam, tinha descanso nos passadiços e caminhos rurais. O
Faria já estava a ficar off, apanhou alcatrão e lembrou-se do Rocha.
Pareceu-nos a estrada nacional Esposende Póvoa de Varzim e cortou aos 56km.
Está a tirar o lugar ao Rocha. Mas cortou mal, tanto eu como ele não acertamos
na estrada e ele foi em direção ao mar, numa estrada sem saída teve de andar
com a bike às costas para voltar apanhar alcatrão do bom. Chegou à meta
praticamente ao mesmo tempo que nós. Foi um corte mal cortado😊
PedroS e Miguel continuavam a carregar nos cranques para
subir a média e chegarem a horas ao jantar.
A Zona das estufas na Estela tb foram jeitosas, a roda da
frente andava sempre tipo cobra e nas curvas lá ia deslizando. O sunset estava a acontecer, e pedalar na marginal já cheirava a sandes de porco no
espeto. Íamos conseguir chegar a tempo e fazer tudo a que nos propusemos fazer.
Ao darmos baixa do dorsal o Faria aparecia para tomar banho,
a barafustar a dizer que foi ter ao mar e que eu o tinha enganado, foi sem
querer 😇.
No fim lá fomos comer a sandes e beber uma cerveja. Não
havia pão e o barril tinha acabado, informaram que tinham ido buscar pão e
estava a chegar, esperamos, mas o relógio não, fomos embora sem provar o porco
e a cerveja. Fomos para outra capela.
Foi um bom passeio, e um bom sunset, teve de tudo o que é
sempre bom e não sabe sempre a sopa.
No primeiro dia do ano já estávamos a contar com este
passeio, quatro Kedas mais o amigo Mário conseguiam o bilhete dourado para o
dia nove de Junho do mesmo ano. Seis meses de espera e os contratempos são
muitos.
Clavícula partida, ciática, comunhões, falta de treino e
outras prioridades e ninguém participou, no que para nós, é a maior festa do
BTT. Desta vez iríamos na semana imediatamente a seguir à explosão de
sentimentos enquanto se pedala num dos melhores conjuntos de ST do país. Mas
mesmo assim só conseguimos ir três Kedas. Rocha, Pedro Faria e PedroS.
PedroS seguia na sexta e pernoitava em casa de amigos em
Tábua. Rocha e Faria saiam de madrugada para arrancarmos cedo pelas 7.30h. Mas…
o Rocha continua à procura da Carolina Herrera e passou a saída para o IP3
saindo duas ou três saídas depois, dar a volta e “sair na saída” do IP3 atrasou
bastante o nosso arranque. “não te preocupes que eu conheço bem Tábua, já lá
fomos n vezes” sim e…
A primeira explosão de adrenalina seria o ST da Pedra Bela
virada para o Mondego, com uma vista privilegiada sobre o mesmo. Com rampas
curtas e descidas inclinadas, com curvas e contra curvas, para tirar as pedras
dos rins. As torções deste ST são fantasmagóricas que durante os sonhos ainda
hoje faço este espetacular trilho.
Seguia-se o ST Vale Esmeralda, este já há algum tempo que
não o ciclávamos, notava-se ainda as marcas dos incêndios que derreteram a zona
centro do país, este ST era para pedalar e pedalar. Um ST plano, ascendente,
sem alcatifa. A bike não ganhava muita velocidade a não ser a do Rocha que
ninguém o via, a elétrica tornou-o um solitário. Ainda se viam algumas fitas e
setas a indicar o percurso e ele sentia-se livre.
O ST a Selva não teve o mesmo azar que o ST Vale Esmeralda e
Vale Perdido e não me pareceu que tivesse ardido. Este ST a gravidade já
ajudava a adrenalina, mas os cranques tinham de ser bem carregados. Imaginava o
dia do passeio uns anos atrás, o Tarzan mais a sua cueca aos berros, foi
hilariante a ideia. No fim do trilho encontrava o Tó e o filho (presumo eu) a
limpar fitas e tirar placas, não iam ficar lá um ano como em outros eventos.
ST os Moinhos, o Rocha adormeceu ou não viu a porta e entrei
eu à frente do ST, iupiiiiiiiii.
Não tinha ideia deste mas gostei, mais um para colocar um
gosto, coisas modernas.
Este ST era descendente dos mais rápidos ST de Tábua, e não
deixando mal qualquer um. Zonas bem rápidas e travagens tipo “cuspido da bike”
com um carrossel estonteante deixando as curvas com algum aspeto de reta,
brutal… na parte plana e final do trilho ainda fizemos uma corrida com um gato,
que depois de aquecer parecia que estava a ver o Discovery Channel.
O gato ganhou.
O St Brian, ou para nós o ST dos cães, já pedalamos bem na
versão antiga com uns cães a querem ser nossos amigos.
Gostava mais da versão anterior, mas este tb dá gozo fazer e
convém mudar para não ser sempre sopa.
O ST dos Gaios, este já passou a sigla ST para passar a ser
uma coisa mais mainstream, já aqui escrevi sobre este trilho que o melhor era
ser um poeta a descrever esta obra da natureza, moldado por gente da Aldeia de
Vale de Gaios e gente do BTT Tábua. É um misto de prazer e a inclusão no
espaço, não sabes muito bem como deves colocar-te em cima da bike. Com os olhos
nos trilhos ou a cabeça a rodar em cima do pescoço para tentar ver tudo o que
rodeia.
É sem dúvida uma bela obra, acompanhados pelo som dos
pássaros e os diversos odores.
Este ano abordamos o ST dos Gaios pela génese do trilho, um
pouco escavado mas ciclável (mais ou menos) e entramos no trilho via gps, mais
à frente, para desfrutar de toda a envolvência e loucura que o Trilho te
oferece e tu extrais dele. (Da parte de tarde fui fazer uma caminhada com a
família e amigos no trilho Vale de Gaios, ver a evolução do lugar durante estes
anos é ver o prazer que os locais têm em nos presentear com a obra)
Bons ST e excelentes ST, pareceu-nos poucos trilhos e a
falta destes o aumento de estradões, mas valeu sempre a pena ir Tábua e fazer
BTT
No fim e para não fugir à regra fomos comer a posta ao Toino
Moleiro
ps: não filmei o Vale Perdido por carregar no on com pouca
força e a máquina ficou desligada 😌
Este NGPS tinha de ter um corte, não porque o nosso cortador
mor (Faria) tivesse a ideia de usar a tesoura, (ele tb não veio) contudo, não
teríamos tempo para fazer os km todos e estar em casa ao início da tarde com
almoço no restaurante Pita Arisca. Uma cabritada do melhor.
Utilizávamos o track dos 70km e quando este se voltasse a
separar pelos km 44 por cima da A11 seguiríamos o track mais curto.
Saímos cedo como tem sido hábito, e logo percebemos que os
trilhos eram trilhos e caminhos rurais, marginado pelo Rio Sousa em algumas
partes iniciais. ST era à fartura 😁 e alguns ainda cobertos de vegetação
potenciada pelas chuvas e calor dos últimos dias. Um proprietário numa vinha tb
tinha cortado um acesso à saída desta, mais à frente encontramos outra saída.
O Rocha agora praticamente elétrico, nas distancias maiores,
ia reinado com a sua forma elétrica invejável. Experimentou e gostou, outros tb
devem seguir as pisadas dele.
10km feitos e nos moinhos de Pias, o padeiro avisava que o
pão estava quentinho, só faltava adicionar o mel !!!? Mais há frente uma Srª de
trajes antigos ia-nos servido o pão quente com mel, ainda ofereceram água
ardente, mas era muito no início e ficou para uma próxima.
Não estava a chover, mas a vegetação estava toda molhada das
chuvas dos dias anteriores, e os pés já estavam encharcados.
Os trilhos desta vez, sobrepunham-se à paisagem, técnicos e
divertidos qb, não dava para fazer km rápidos eram trilhos praticamente como os
do nosso quintal, muita subida curta, serrar punho (não ia de elétrica), não
deixar a roda da frente mexer muito e puxar, puxar para transpor raizeiros,
pedras e regos.
Porreiro, é disto que as nossas bikes comem e gostam.
No trilho a descer,
uma placa de perigo a avisar da dificuldade deste, vamos ver o que o Gaspar
(organizador) queria dizer com este aviso. O Rocha entusiasmado vai berrando
que a placa está mal e devia estar escrito trilho cool, concordo com ele,
outros não, mas estava bem bom…
Foram-se sucedendo trilhos e trilhos, ST e ST, caminhos
rurais bons e tb estradas secundárias. Foi um bom misto e nunca deram sono.
Na parte final já no track dos 50km ainda me cruzei com o
Aires “alien”, chegamos rápido ao fim, com 56km e 1400+ de acumulado.
No fim um pequeno lanche à base de fruta fornecido pela
organização. Como ainda era cedo para o cabrito passámos pela feira medieval de
Lousada, o avistamento de uma barraca de cerveja artesanal teria os nossos
cotovelos em cima da mesa para a saborear e serviria de entrada para o cabrito
na Srª da Aparecida, deixou água na boca, é sempre bom.
80km com 2600+ de acumulado, era a ementa dos Amigos da
Montanha para este passeio. Não havia muitas inscrições, não sei se por falta
de divulgação ou pela pancada que poderia ser.
Do meu grupo ou conhecidos nem cheiro deles, fui só para não
jurar em falso e ver o que estes trilhos e paisagem me diziam.
Usei o gps do carro (telm) para chegar ao secretariado, este
mandava-me pela serra usando a 1ª e 2ª mudança sempre a subir, já pensava no
acumulado, as paisagens fantásticas de tirar o fôlego ao meu clássico cansado.
Não havendo mais nada para subir, continuava devagar, a contemplar a paisagem
quando um pequeno corço atravessa à minha frente uns 5m, aos saltos em fuga.
Tudo indicava que ia gostar do passeio.
Como vem sendo hábito, fui dos primeiros a chegar ao
secretariado, só lá estavam dois colegas, a organização ainda não tinha
chegado. Começo na preparação da bike e nas provisões alimentares para o
empeno.
Quando levanto o dorsal, e o coloco na bike já preparado
para arrancar, um som de avaria deixava-me de ouvidos em riste. Um som bastante
estranho vem da roda traseira, desmonto, e como bom mecânico que sou… abro o
capô, vejo o óleo, mãos na cinta, espreito para dentro com ar entendido, e… que
c”#$%& faço? Vou embora ou aperto uns parafusos e desaperto outros. Lá
tentei ver se era das pastilhas, dos bombitos, levantava a roda dando
velocidade e esta praticamente abrandava e parava rapidamente. Desaperto o
conjunto dos bombitos e centro ao disco, ficou um pouco melhor depois de ter
mexido e 40 minutos depois lá arranquei. Quando travava a descer ficava tudo na
mesma, e com o andar ia desaparecendo o barulho!...
Começava o passeio, em alcatrão ascendente com uma paisagem
com um verde muito intenso, como se esta tivesse um filtro. Quando entrei nos
trilhos, alguma dificuldade de navegação, fiquei um pouco incrédulo quando
havia três opções de direção acertada de trilho. Depois de tentar uma primeira
opção, errada, vejo que a certa era pouco limpa e clicável, pedalando em cima
de um ribeiro. Sentia-me feliz pq o percurso tb ia ter a sua dificuldade
técnica e não só física. Para começar estava bem bom. 😊
Enquanto estava armado em mecânico, ainda vi colegas a
partir e outros a chegar. No início em alcatrão, passaram dois por mim. Pelo km
10 ouço o Carlos Baltazar a anunciar a sua chegada, conversamos um pouco sobre
o percurso, tinha sido ele a idealizar, e ao qual ele me avisava para me guardar
para a 2º parte, ia ser bem durinho em acumulado.
Poucos km à frente, nas eólicas, 3 colegas de Santo Tirso
parados. Um deixou cair o GPS e este dividiu-se em dois, perdendo a parte mais
importante. Ajudamos na procura, mas infrutífera e arrancamos. Eles ficaram
mais algum tempo.
Ao chegar a Paredes de Coura, o Carlos aumenta o ritmo e vai
tomar o pequeno-almoço, eu aproveito para atestar o pneu da frente para acabar
o trabalho do furo que tinha tido uns km antes.
Dois colegas de Oliveira do Hospital estavam a pedalar no
mesmo ritmo que eu, e de Paredes de Coura até aos 50km, fui na companhia deles.
O Carlos depois do pequeno almoço fez-nos companhia em alguns km e depois tomou
Red Bull e ganhou asas 😉.
Os km do meio não tiveram grande interesse, tanto em trilhos
como em termos paisagísticos.
Com 50km, começava a trepadeira, os colegas de Oliveira iam
desaparecendo curva a curva. Olhando para trás via outro colega a começar a
subir, mas logo passava por mim. As inclinações estavam bem acentuadas e para
ajudar, o vento tb queria dificultar a vida. O Sol não deixava esconder-te
debaixo de alguma sombra, não existiam. Ao chegar ao miradouro com vista para a
A3, olhava para os três colegas que iam à frente a trepar num estradão nu
interminável. Mas está lá e é para se fazer, siga…
A semana passada no NGPS de Ponte de Lima já tinha feito
parte da Serra da Labruja, os trilhos eram os mesmos ou passava muito perto, já
não era novidade e estavam bem presentes, mas eram frescos e isso sabia muito
bem.
Parei um pouco para arrefecer o motor e alimentar bem, não
tinha ideia de descida nenhuma, só sentia o corpo a subir, tipo “sobe, sobe,
balão sobe” e continuava up.
A água começava a faltar, os estradões gastaram muito aos
cem. E antes de começar a subir para o Corno do Bico tinha de arranjar água.
1km antes de começar a subir atestei água num tanque e voltei a comer umas
barras milagrosas para ajudar na subida.
No começo da subida ao Corno do Bico, mais uns berros, era o
Miguel Martins, tinha sido inscrito com um nome menos usual por ele. E as
barras energéticas tb não davam para o rimo dele, nem me lembro bem da subida,
mas foi rápida ou doeu tanto que o meu cérebro escondeu da memória.
Depois foi sempre a descer, 9km. Chegamos ao topo com 75km,
e acabamos com 85km e 2300+ de acumulado. A descida em estradão, pelo meio da
paisagem protegida do Corno do Bico, uma descida simples e bonita, com árvores
de grande porte e algumas janelas de altitude para as vizinhanças.
Quando chegamos ao fim tínhamos um lanche para retemperar o
estômago e cortar o sabor das barras empacotadas…
O início prometeu bastante, e os trilhos ficaram-se pelo 1º
terço do percurso, para depois só contabilizar a paisagem.
Depois de ver o acumulado e km para o NGPS de Ponte de Lima,
dava para tentar comer o sarrabulho na Cindinha antes da cozinha fechar. Mas
hoje era dia de degustação da carne minhota e teríamos que optar.
Fomos dos primeiros a arrancar, PedroS e o Rocha (elétrico).
Com Ponte de Lima ainda a acordar fazíamos os primeiros kms na margem do Rio
Lima, passando pelo parque de Bertiandos com arrepios de frio, o sol quase que
não consegue entrar na densa vegetação para sentir o calor da manhã.
Tinha-mos a esperança que as brasas pelo km 7 já tivessem
com alguma gordura caída da carne suculenta (imaginava eu), já sentia um espaço
na barriga.
No meio do campo, um acampamento, com vacas na pastorícia, e
um pequeno e ténue tubo de fumo via-nos chegar. As pessoas que lá estavam
abanavam ferozmente as mãos a chamarem-nos com medo que não entrássemos na
festa da carne.
Alguns bttistas já tinham passado e não tinham parado,
outros que vinham atrás de nós tb seguiram em frente, nós os dois provamos e
comemos por eles. O Rocha (elétrico) não resistiu à pergunta se tb queríamos
vinho, eu fui atrás, mas bebi menos (eu não estava em modo elétrico) e a carne
deixou logo vincado que o sarrabulho ia ficar para outro dia.
Em direção à Serra de Arga/Santa Justa o Rocha (elétrico),
ia dizendo: “que ia a falar sozinho, olhava para trás e já não me via, nem
sequer estou a suar, hoje não estás a andar nada, se tu não viesses já tinha
chegado ao topo, etc & tal…” e eu… que remédio… ia apreciando a paisagem…
com a língua de fora.
Subida em estradão com boas vistas, quando chegamos ao topo,
descer a pedalar bem prá média em estradão. Entramos no Bike Park de Ponte de
Lima e ainda deu a ideia que o track seguisse por um dos diversos trilhos que
íamos admirando de cima do estradão.
A roulotte esperava-nos com porco a rodar no espeto, ainda
era cedo para comer, e não tínhamos fome. Paramos para conversar com o pessoal
que lá estava e arrancamos.
Começava o serrote nas pernas, dos 25km aos 55km foi sempre
a cortar nelas.
Se a média estava alta para o nosso costume, os estradões
ajudaram bastante a comer kms, os verdadeiros trilhos e dificuldades começaram
pelo km 40. O calor tb estava numa boa média.
O Rocha (elétrico) nas subidas desaparecia, deixando um
rasto de pó, estava numa forma invejável. E eu a sentir as pernas mais pesadas,
a paisagem atenuava as dores e a ver outros colegas no começo da subida ficava
mais leve, eles ainda tinham de trepar até onde eu já tinha chegado.
Chegava ao ponto mais alto do percurso. O Rocha (elétrico)
não estava lá, esperava que não tivesse escolhido o trilho errado. Parei,
descansei enquanto via as vistas e carregava alguns alimentos para o estômago.
Com poucos metros de descida encontrava o Rocha à sombra com
medo que a energia não desse para o final, a sorte dele é que levei baterias
suplentes para a GoPro e para o GPS e o acumulado estava a ficar preenchido.
Uma boa descida em trialeira até desaguarmos no estradão que
nos levava até à aldeia da Vacariça. Para depois voltar a subir, seria a última
mas F”#$%... já estava a ficar todo mamado e o calor já me cozia os miolos. A
imagem dessa subida era o som do suor a bater no quadro. E o Rocha (o elétrico)
nem cheiro…
Quando cheguei ao reforço no topo de um miradouro, o Rocha
(elétrico) descansadinho e satisfeito, já tinha provado os néctares dos deuses,
água ardente com café, água ardente de ervas e água ardente velha. Tb provei,
bebi e gostei bastante. Tb tinha comida, mas não me lembro o quê, e se comi 😉.
Agora sim, 13km, sempre ou praticamente a descer, as
baterias que emprestei ao Rocha (elétrico) já não precisava delas. Começamos
bem com ST complicado e depois foi sempre a ganhar velocidade. As mãos, pulsos
e antebraços levaram uma valente coça, o Rocha (elétrico) não tinha auxiliar
acima dos 25km/h e aí eu carregava bem para ver se ele ao menos a descer
transpirava.
A parte final do percurso passava nos Caminhos de Santiago
em sentido contrário, e com alguns peregrinos nos trilhos a atenção era a
dobrar. Com o cheiro a Ponte de Lima cada vez mais próximo, o Rocha (elétrico)
já podia serrar punho a todo o gás 😁.
No fim à nossa espera estava um caldo verde com tora, mas já
sabíamos qual o restaurante que servia uma carne semelhante, tomar banho e
correr para lá (de carro, ficava perto da Carolina Herrera).
Rocha e PedroS no BTT, Tony e Sílvia no Trail, foram os
Kedas que participaram no evento.
Um bom dia para a prática de BTT, mas os do trail sentiram
muito calor.
Às 9.00h já estávamos a pedalar no BTT Isabelinha, fizemos o
aquecimento de Famalicão até Viatodos e já podíamos carregar bem nos cranques
que estes já estavam quentes.
Com 40km e 1100+ de acumulado a nossa perspetiva era acabar
pela 12,30h, não era necessário poupanças.
Este passeio servia tb para conhecer ou rever trilhos mais
perto do nosso quintal.
Com poucos BTTistas à nossa frente, os primeiros km foram
fluindo rápido, tb ainda não tinha havido dificuldades de monta. Entrando nos
montes de Rio Covo e Midões o figurino mudou, começava a subir e nos primeiros
metros um bttista estava enrascado com a corrente presa entre os raios e a k7.
Prestamos a nossa “experiência” em mecânica durante uns 10 a 15 minutos,
demorou mas ficou resolvido e como ele (Fernando) não tinha GPS demos boleia no
nosso.
O Ricardo, um colega de trilhos GPS juntou-se à média da
pedalada, e lá fomos 4 a 6 bettistas monte a cima, à espera de encontrar uma
capela ou um mosteiro no topo. Segundo os meus colegas, o esforço já os ponha a
delirar 😇😅.
O Ricardo com o calor a apertar e com roupa a mais, pára
para tirar a camisola interior e fica para trás.
No topo a navegação torna-se um pouco confusa, demasiados
erros de todos os que iam olhando para o GPS, uns vinham da esquerda outros da
direita, e descer era por onde dava mais jeito, o Fernando ficou não sei bem
aonde. Mais tarde, já na subida ou escalada do monte Airó apareceu com o
Ricardo.
Tivemos direito a um bom reforço sem cerveja, mas estava o
sabor no ar, todos falavam nela.
Ainda não percebi muito bem o porquê de ir sempre ao monte
de Bastuço para depois descer sempre por paralelo!!! As subidas já as fiz por
muitas zonas mas a descer é sempre pelo paralelo.
Quando nos aproximamos de Carreira os km começaram a
desaparecer, por caminhos rurais e estradas municipais e alguns bons trilhos, a
média ia subindo e depressa chegamos à meta. Chegamos mais cedo do que o
esperado 11.50h com uma boa média para os Kedas, os outros dois tinham mais
velocidade nas subidas, eram mais magros 😂😂😂
No fim convívio e um quase almoço, fêvera assada num pão, caldo verde e
uma cerveja artesanal Maldita.
Quando o calendário NGPS saiu, Chaves foi um dos que saltou
à vista com interesse, visto que era uma zona onde não conhecia qualquer
trilho.
Rocha e PedroS já contavam com chuva no percurso, mas
apanhar neve antes de chegar a Chaves na autoestrada é que não contavam, e isso
atrasou o arranque em cima da bike. A autoestrada estava com os limpa-neves a
trabalhar e a velocidade foi reduzida. E de certeza que o frio na zona ia
aumentando.
Começamos com uma visita ao centro de Chaves, aí lembrei-me
que há muito não visitava esta bela cidade transmontana.
Pedaladas iniciais em plano no meio dos campos junto ao rio
Tâmega, com belas paisagens, era um bom aquecimento se não estivesse a chover e
as temperaturas brancas.
A chegada à “Ponte do Arquinho” deu mote para entrar no
verdadeiro trilho no que concerne à palavra. Sem estradões (sim estou a ficar
cheio dos percursos serem 80%/100% em estradões), são mais desgastantes mas
mais BTT. Demoras mais a subir e a descer vais buscar mais entusiasmo durante
as horas que se passam em cima da bike, não vais a bocejar a etapa toda onde
não acontece nada.
Neste de Chaves até aos 45km tudo do melhor em trilhos.
Num início de primavera, as flores e rebentos multicores lavadas
pela abundante chuva que se fazia sentir, ela não chateava nem arrefecia o
corpo que estava sempre em movimento de trilhos. As paisagens, essas tb
deixavam os olhos voar ou saltar de cor em cor.
Tive a companhia do Rocha até apanharmos a subida da calçada
romana, pelos 42km a calçada mandava o Rocha para Chaves.
Com a companhia de outros NGPS´ers continuamos. E no
encontro imediato com a subida da Ribeira Sampaio, que a fizemos
maioritariamente à mão, a empurrar a nossa cabra, sentia que estava a fazer
BTT. Não é necessário fazer tudo em estradões…
Chegava à N213 e foi onde vi mais BTTistas no percurso,
estavam no café ou a cortar para Chaves. 45km feitos e começava o rabo da
cabra, alcatrão, estradões e uns trilhos até ao ponto mais alto do percurso,
vento de frente gélido, as mãos começavam a perder a sensibilidade e eu pensava
nos que já tinham desistido e noutros de banho tomado.
Não avistava nenhum NGPS´er, no topo tentei abrigar-me da
chuva e do vento enquanto reponha energia e pensava num chá que um amigo
costuma trazer nestes dias de frio na mochila, pensei e até senti o sabor da
memória enquanto comia o mais rápido que conseguia.
A descida em estradão, preso pelo vento de frente, era
difícil ganhar velocidade e só quando voltava a inclinar o estradão é que o
vento não era tão forte, aí aproveitava para fazer uma corrida ao lado da bike
para manter-me quente. As palmas tb ajudavam e fazer dos punhos um piano ao som
do vento branco… dasseeeee.
Avistavas Chaves ao longe mas cada vez te afastavas mais, e
o frio ou o desespero ia aumentando, foram cerca de 10km do C”#$%&. Foi uma
bela pancada no corpo e no cérebro.
Quando cheguei a Peto de Lagarelhos (escassos metros da
aldeia de Lagarelhos) encontrei uma vivalma do NGPS, finalmente luz. Em
conversa, tb sofreu bem com o frio e o vento.
É mais fácil ver uma roda de bike à frente ou saber que vem
uma roda atrás de ti, e até a navegação é mais rápida. Fizemos os últimos 15km
juntos, mas o vento e o frio já não se faziam notar tanto.
Foi um bom passeio com tudo a que temos direito no btt,
prazer, conhecimento, superação, paisagens, sofrimento e companheirismo
Mais uma madrugada para experimentar trilhos novos e
paisagens. Guarda “Aguarda por si” um slogan de boas vindas do Município da
Guarda.
Quatro Kedas saíram de Famalicão às 5.00h da matina, o Joel
era a primeira vez que participava, mas já ditava regras. Queria a todo custo
ir tomar café à estação de serviço da Arrábida, a famosa Repsol (para ele), lá
conseguiu. Pondo o Faria que era o copiloto dele mais o Rocha e PedroS noutro
carro à espera. IDEIAS do C”#$%&#. O Rocha para não ficar atrás não sai para
a A25 em Aveiro, lá vamos fazer mais uns km só para castigar o Joel que assim
não tinha os nossos faróis traseiros como guia.
Mas mesmo assim chegamos à hora prevista para tentar sair às
7.30h, foi por pouco.
Os primeiros km foram de aquecimento a um ritmo lento, andar
rápido aumentava a sensação térmica, ainda estavam temperaturas muito baixas.
Alguns trilhos iniciais para desaguar nos estradões
intermináveis. De salientar as paisagens que começavam a encher os pulmões e
olhos.
No GPS, a informação de trilho em mau estado, a descer,
deixava alguma felicidade de adrenalina, o que não veio acontecer. Ficamos com
ideia que se viéssemos de Lamborghini Diablo ou semelhante tb conseguíamos
fazer o percurso quase todo.O melhor era esquecer os trilhos e apreciar a paisagem.
O Joel, quando o trilho separa dos 80km para os 50km decide
a pés juntos que vai para os 50km, com o Faria a tentar demovê-lo da ideia e
fazer mais km. Enquanto isso PedroS reparou que tinha um furo no pneu da
frente, dasse, enquanto os dois iam analisando o track o PedroS tratava do furo
só, sem ajuda. O Rocha tinha ido monte abaixo, e chegava agora monte acima com
menos ar.
Depois da reparação do furo, o Rocha decide ir com o Joel
com promessas de ver o filho do Bruce Lee e o Yoda em combate numa cervejaria
qualquer.
PedroS vê o pneu de trás como um figo murcho, ainda bem que
levou três câmaras de ar
suplentes. O Joel já tinha desaparecido e o Rocha e Faria ficaram
a ajudar na troca de câmara
de ar. Dois furos ao mesmo tempo é obra.
Como demoramos um pouco na troca, o Joel esqueceu-se do
Rocha e não esperou por este.
Estava com um ritmo frenético
Faria e PedroS pedalavam para o ponto mais alto do percurso
(Cabeço da Azinha) acompanhados por Bettistas da Guarda, que nos confidenciavam
que havia muitos trilhos por aquelas bandas, mas que só íamos comer estradões ☹️.
Chegando ao topo, apreciar as vistinhas e tentar ver onde
parava Manteigas, tb não a íamos ver, só se levássemos uma sandes da dita.
Começava a descida, concentrar na paisagem de montanha
porque estava lá, e era sim, montanha sem fim.
Entravamos na zona mais bonita do percurso, um vale colorido
com as primeiras cores da primavera, e penetrando numa vegetação mais primitiva
e autóctone.
Mais uns km de estradões até à aldeia de Fernão Joanes, uma
praça com murais pintados como de uma galeria de arte se tratasse.
Descida até à Ribeira do caldeirão e navegamos até à sua
albufeira, o Faria parecia que estava mais oxigenado e estava com uma pedalada
mais forte.
Subida à torre de menagem e visita para depois entre num
tipo de downtown light até à meta.
Em 2011 já
tinha estado na Serra da Estrela de bike, há muito que pretendia voltar, não
foi fantástico pq faltaram os trilhos mas as paisagens estavam lá. Tb pedalo
para ver e não só sentir.