sábado, 7 de dezembro de 2019

7 de Dezembro 2019 jantar de Natal KEDASbike

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PedroS, Faria, Locas, Nagy, Joel, Mendes, Rocha, Carlos Pereira, Tó e Rui foram os presentes no jantar de Natal KEDASbike.
Não fugimos do cozido à portuguesa à moda da Tasquinha do Zé.
Os que pedalaram o dia todo (a viagem de carro tb cansa) estavam bem mamadinhos de cansaço, os outros 4 estavam como alfaces, verdinhos.
Com umas boas entradas à espera do cozido, a criar o ambiente natalício. O clima estava ameno, sem confusão quase só falava um de cada vez. Kedistas organizados, e educados, estava admirado com tal elegância.
Durante a refeição principal não havia nada a voar, nem assalto às unhas de porco, tudo soft.
As sobremesas da época natalícia vão aparecendo e tudo muito respeitável, uns iam servindo os outros, e as palavras cão, manco, pa”$%”&%, etc & tal gritadas foram trocadas por: por favor, obrigado. Fiquei com os olhos esbugalhados com tanta delicadeza. Ainda me fui beliscando para ver se estava lá.
Só nos brindes é que houve um pouco mais de barulho, acho que fomos todos embora mais sóbrios do que quando chegamos. Foi um jantar de Natal sossegadinho até a dormir…

7 de Dezembro 2019 Passeio Natal KEDASbike

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Mais um passeio anual KEDASbike, este ano apontamos para Chaves com base no passeio NGPS de Chaves.
Carlos Pereira, Joel, Faria, Hugo, Rocha, PedroS, Rui e Rui (ondas). 7.30h hora de arranque com uma hora e pouco de viagem até ao início do percurso.
Chaves estava em obras e para encontrar a fechadura do estacionamento demorou um pouco mais que o previsto.


O Hugo ia ser o busílis da questão, este ano praticamente só andou nos meses bissextos com 31 dias.
Em Chaves estava um frio com um F grande, uma visita curta ao centro da cidade com o seu castelo altaneiro como ponto turístico mais alto.
Os primeiros km ao lado do Rio Tâmega, baixavam mais a temperatura, numa das travessias para a outra margem, o acesso estava cortado (obras) e tivemos de recalcular, fazendo um misto de estrada e quintais à beira rio.
Entrando novamente no trilho gps, começavam as dificuldades, o calor já queria sair do corta-vento. As subidas faziam a temperatura subir abruptamente, já o contrário a descer era quase congelamento, tínhamos de desapertar e apertar roupa, tirar e vestir. Mas esta era sem dúvida a zona de trilhos e paisagens mais interessante do passeio.


O fim do Outono, carregado de frio com o sol a pairar por cima das nuvens baixas, neblinas sempre na nossa companhia, algumas vezes dentro delas outras por baixo, bem baixo das nossas rodas
o Rui (ondas) começa a dar pisca e a sentir o homem da marreta. Não tem feito o calendário do Hugo, mas os últimos seis meses andou pior. Ainda aproveitou numa ligeira subida uma boleia de uma “moto-cultivadora” mais potente.
Já havia pedidos para um brinde com vinho do Porto, ficávamos só à espera que um tasco aparecesse, à direita ou à esquerda. Para beber e tascar há sempre vontade, e não há objeções.
Foi à direita que o tasco apareceu, esgotamos o Vinho do Porto do tasco, só tinha pouco mais que meia garrafa.
O Rui (ondas) já apontava para Chaves mas tentamos que ele fizesse mais uns km na nossa companhia, ao qual ele anuiu.
O Hugo com o Porto ficou logo eufórico, e mal apanhamos trilhos, a tendência de atirar alguém a baixo da montada aumentou, mesmo para ele que quase já subia um muro em pedra após uma tentativa de salto aterrando na direção do dito muro.
Os trilhos nestes últimos km andavam junto a vinhedos velhos, deixavam um sabor ao meu cérebro a vinho, queijos e presunto, estaria a ficar com o olfata demasiado apurado.
Uma das descidas do dia, esta era rápida com uns ziguezagues, drops, regos, pedras, acompanhados pelo nevoeiro e água que estava no chão. Acabámos a descida todos com um sorriso nos lábios.


O Rui (ondas) fazia-me lembrar o Rocha “analógico”, andava à procura de alcatrão com uma placa a dizer Chaves. Ao passarmos na aldeia de Faiões o alcatrão da N103 levou os 2 Ruis para Chaves.
Os trilhos continuavam a satisfazer-nos e a massacrar os nossos músculos, num sobe e desce. No fim de uma das descidas estamos à espera do Joel que ficou para trás a comer uma bucha, aparece todo desgovernado (sempre a mastigar) sem controlo da bike, assustou-se com a saída do trilho para um grande buraco atirou-se ao chão. Vem sentado de rabo escorregando monte abaixo sempre a mastigar, que técnica de dentes. 😂
Mais alguns trilhos ao nosso gosto com ST à mistura, o entusiasmo faz-nos fazer umas centenas metros enganados a descer, não dava para olhar para o gps, só dava para olhar para o trilho. Quando demos a volta ao barco, era a subir, depois continuava a subir, o Joel e Hugo já começavam a dar pisca, mas faltavam só uns 5km, F”#$dos mas bonitos. Uma geira românica a subir (bonita), e uma escalada (bonita) de bike às costas. Mais uma descida e uma pequena subida tb estas em zona muito bonita com uma ponte coberta de outono, muito escorregadia em que o Hugo dá um malho fora da ponte, teve sorte que caiu no lado menos mau, não foi preciso nadar. Deu para o susto.
A nossa meta para o dia era chegar à casa dos presuntos de Chaves para petiscar, conseguimos, aí ninguém estava cansado e os braços e o maxilar trabalharam bem.
Depois foi descer uns 8km até ao carro, que frio, já com o sol a obrigar os carros a ligar os faróis.

sábado, 26 de outubro de 2019

26 de Outubro 2019 XIX Manobras


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Com a chegada do Outono começava a cheirar a Manobras. Uma rápida procura no Facebook do Clube BTT Famalicão e a data encontrada é o 26 de Outubro, fixe estou livre 😀.
Cinco KEDASbike marcaram presença, Carlos Pereira, Rocha, Faria, PedroS e Rui juntamo-nos a outro grupo, Escola E.B.2,3 Júlio Brandão com os riders Hélder, Nuno, Renato e Ricardo.
Foi a primeira vês que pedalamos juntos, mas encontramo-nos muitas vezes em algumas capelas comuns. Foi numa dessas capelas que os informamos do passeio, manobrado por GPS, ao que eles disseram presente.


Hora marcada no Xilas pelas 7:45h com um bem alimentar, era um género de “pagamento” de inscrição a favor da Refood.
Já com uma boa base de bttistas a aglomerar no Xilas, decidimos começar o nosso Manobras.
Com a ementa de 65km e 1400+ de acumulado, íamos ver como estavam alguns Kedas que tem pedalado menos. O Carlos Pereira com um início de ano azarado, keda no passeio do rojão, com algum tempo a recuperar e mais tarde uma fratura da clavícula com direito a operação. Esta devia ser a 5ª/6ª vez que pedalava em 2019.
O Rui, não está habituado a fazer tantas horas e km seguidos em cima da bike. Os Escola E.B.2,3 Júlio Brandão, não tinha a noção do ritmo e resistência de cada um. Como é um passeio vamos sempre no ritmo do último.
O Ricardo já conhecia o Faria do primeiro grande empeno dele, era uma boa lembrança que ia reviver no Manobras deste ano.
Com um início de percurso lento, trilhos pesados, os km iam sendo feitos devagar pelos campos e montes de Mouquim, Lemenhe e Jesufrei com zonas de divertimento, à Manobras.


 A carrinha do reforço andava praticamente no nosso encalço, na praia fluvial de Arnoso a primeira degustação da pastelaria Xilas.
Outros grupos rodopiavam a pastelaria ambulante, parecia que tinha mel. O Ricardo era o único que não mastigava, não gosta de comer enquanto pedala!!!?
Os Escola E.B.2,3 Júlio Brandão andavam tão juntinhos que numa curva se enfaixaram uns nos outros, até arranjaram problemas mecânicos e de falta de ar num pneu. Resolvido o acidente, sem triângulo, continuamos a curtir os trilhos. Uns bem conhecidos, outros esquecidos e outros já perdidos, mas que com este Manobras os encontramos.
Com direito a ST, trilhos escavados pelas chuvas, pedras soltas e etc & tal como gostamos.
Arnoso, Nine, Viatodos, Silveiros, Grimancelos, Gondifelos e Balazar ficavam para trás.
Em Gondifelos voltávamos e encontrar a pastelaria ambulante, bem como amigos, conhecidos, e grupos de btt deste fantástico desporto. Miguel Martins, Luís Martins, Sidónio e os seus florestas que tantos km fizemos juntos e tantos outros.
O Nuno continuava com falta de ar no pneu, mais uns minutos a resolver/desfazer ou a desligar o tubeless. Por dentro do pneu, o líquido transformou-se num tipo de pele de cobra acabada de mudar, seco. Assim era impossível selar a fuga de ar.


O Rui, o Ricardo (não se alimenta) com a companhia do Renato vão se mantendo na cauda do grupo. A marreta começa a sentir-se. Os trilhos para eles começam a ser todos a subir.
O Carlos Pereira vai estando bem e recomenda-se.
Em Parada, o trilho passa mesmo ao lado do restaurante que escolhemos para o nosso convívio do Manobras. Uns já queriam meter o descanso na bike e amarrar com os dentes um belo naco de carne, ficávamos pelo cheiro.
Bagunte, Parada e Ferreiró ficavam para trás, bem como mais uma visita à caravana alimentícia. O abastecimento que levei para o passeio veio quase todo para casa. Mas o Ricardo continuava a comer com os olhos.
O Rio Ave fazia-nos companhia e o Rui já começava a estar farto da nossa. Ligou à assistência em viagem e abandonou ao entrar em Ribeirão, já se sentia praticamente em casa. Sabia onde estava e com 61km abandonou o Manobras, para ele já foi mais que o esperado.
Ribeirão, Fradelos e Vilarinho das Cambas ficavam para trás, as forças do Ricardo tb, não pediu ajuda telefónica e foi a penar até ao fim.
A parte escolhida para final foi de pouco interesse para nós, ainda pensamos que íamos à Santa mas passamos ao lado.
Foi um passeio globalmente bom, com um bom dia para pedalar. No fim lá fomos os nove para o restaurante Paradela com a substituição do Rui pelo Paulo. Um bom serão de comida com o Ricardo a dar muito uso ao maxilar.

sábado, 7 de setembro de 2019

7 de Setembro 2019 NGPS Côja

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Após dois anos de ter participado no NGPS de Benfeita, e o ter considerado um dos melhores NGPS que fiz, fiquei logo em pulgas para participar neste NGPS de Côja. As duas freguesias pertencentes a Arganil, ficavam a menos de 10km de distância. Os montes deveriam ser mais ou menos os mesmos. Logo o crescente do entusiasmo.
Sabendo que em 2017 os incêndios na zona deixaram tudo preto, a paisagem deveria ser predominantemente cinzenta com pouco verde a ser pincelado.


Rocha e PedroS com o dorsal já colocado na bike e o relógio a marcar as 7.30h, já rolavam em cima da bike.
Subir por estradão, a bocejar, 10km já comidos sem sabor, tal era o sono que consegui subir mais 2km sem me aperceber que estava enganado. O que via no gps não era o trilho a seguir mas a imagem do estradão, fomos até aos 770m de altura o ponto mais alto do dia. Que sono…
Chegávamos à aldeia do Sardal com 24km, e a memória já batia palmas. Estávamos numa zona de 2017 interessante e com os km a passarem os trilhos já despertavam para o dia. São estes trilhos que me fazem adorar o btt.
Da aldeia de Sardal até à Aldeia Pai das Donas 3/4km de trilhos e ST do melhor e 2017 foi metade do percurso assim. Este ano ficou um pouco aquém, claro que os incêndios ajudaram e o risco de incêndio para o dia em questão, cortaram as zonas mais interessantes, segundo a organização.


Continuavam os trilhos interessantes, até Benfeita, mais 2km. Numa descida os olhos começam a fixar uma valeta e as rodas tb quiseram ver de perto, com sorte só levei com o cotovelo do Rocha e o punho da bike nas costas que vinha atrás de mim e não conseguiu parar.
Este ST entre paredes era novo para mim, e muito interessante em pilotar a bike. O Rocha já ficava a perceber o entusiamo de o convencer a vir. Mas… o dia ainda não tinha acabado.
A seguir a Benfeita, o azar do dia apareceu na minha roda traseira. Zona de xisto e um valente rasgão na lateral do pneu, alguma demora na sua substituição enquanto conversávamos com um nativo.


Houve mais alguns trilhos (poucos) de interesse até ao fim, um dos quais uma picada de pernas durante 1km. Era preciso ferrar no avanço para a dor das pernas atenuar, ficavam os dentes a doer. Dasseeee .
85% do percurso não foi do nosso agrado, vou continuara a guardar na memória o de 2017.

domingo, 1 de setembro de 2019

1 de Setembro 2019 São Miguel Açores

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As férias em São Miguel estavam marcadas há algum tempo, faltava só escolher o dia para poder percorrer alguns trilhos de bike na ilha.
Ao pesquisar na Internet alguma atividade de bike a gosto e fazer alguns trilhos que entusiasmassem não estava a ser fácil. Parecia que não ia ter sorte, não estava a encontrar nada que me pusesse os olhos a rir. Só encontrava percursos/atividades de brincar ao btt.
Quando cheguei ao destino de férias e em conversa com o proprietário da habitação fiquei a saber que o filho praticava btt, um contacto salta prá mesa, fixe. Alguém que pratica btt pode dar uma ajuda para o que pretendo. Ele enviou um SMS com o contacto.
Contacto* o Lourenço** para agendar o dia, as perguntas feitas por ele levam ao tipo de trilho a escolher. Paisagens, subidas, descidas, acumulado positivo e negativo com partes técnicas a subir e a descer com km que pudesse dizer que fiz btt em São Miguel, não um passeio de bicicleta que podia ir de carro.


A domingueira começava bem cedo 7.35h, fizemos poucos km de carro e estaciona-mos. Descarregar as bikes e preparar para subir bastante. Via-se lá no alto o topo Lagoa do Fogo, e eu já tinha ido lá de carro, sabia bem que teríamos de trepar bem, só não sabia a inclinação e o tipo de terreno.
A minha montada era uma TREK REMEDY de 160mm curso, enduro pois claro e a subir, mas não desgostei da relação da transmissão.
Um acessório sempre presente na prática de btt na ilha é o impermeável/corta vento. Não sabia muito bem como vestir para o dia, e levei roupa a mais. Calor tropical, chuva quente, humidade no máximo e os trilhos sempre húmidos dava para perceber que a subida ia ser bem generosa, e os pulmões iam trabalhar bastante.
Com algumas inclinações a 20% a subir, o corpo já libertava humidade em gota ou ribeiro. Parei para tirar uma camisola corta-vento para respirar melhor e apreciar as vistas. Ao longe via o ilhéu de Vila Franca do Campo
O percurso em trilho e alguns ST estavam espetaculares, não conseguia pôr a bike a rolar mais rápido, estava a apreciar as vistas e a inclinação tb era generosa. Perdia-me com as estonteantes paisagens. Ao longe via o mar e em qualquer curva via-o a espreitar, ou via-o por entre a vegetação. Nas zonas mais fechadas da vegetação, ficava estupefacto com a quantidade e diversidade de flora para apreciar. Passava por algumas pontes e umas ravinas sem fundo, tipo buraco negro sem saber quando acabava.
Estava a pedalar num jardim botânico enorme e de uma beleza ímpar, queria apreciar tudo, tipo Parque Terra Nostra, era tudo bem diferente do que estava habituado, de uma formosura singular onde só te apetece apreciar e… continuar a apreciar…


As subidas continuavam… mas com algumas descidas para sentir o vento e arrefecer um pouco o corpo, a água que levava parecia que não ia chegar, mas o Lourenço dizia para não me preocupar que havia muita água pelo caminho.
E claro… o trilho passava por levadas bem bonitas e estreitas, os cheiros tb iam mudando. Os cinco sentidos estavam regalados de satisfação, claro que o tato pertencia à bike e o paladar ficava-se pela água, mas os outros estavam satisfeitíssimos.
A subida mais “técnica” em trilho com pedras soltas leva-nos ao sopé da Lagoa do Fogo, e a vista é deslumbrante. Não obstante o nevoeiro e o vento, a perspetiva da lagoa estava lá na sua selvagem imponência. O sol trazia mais cor, mas só de pensar que estava lá… e há uns dias atrás estava do alto a ver o trilho que estava agora a fazer de bike… deixava-me com uma enorme satisfação.


O Lourenço informava que íamos começar a descer, uns 2,5km. As campainhas de excitação começam a ouvir-se, e larga-se os travões como se estivesse atracado ao ponto mais alto do percurso.
A descida em semi-estradão, com lombas de desvio de água das chuvas deixaram-me um pouco dececionado, estava a pensar numa descida mais ao estilo da bike montada.
Deu para a soltar um pouco nas lombas e as curvas contras curvas, deixavam sair algum entusiasmo. Aproveitava a descida para absorver a natureza que rodeava a inclinação.
A descida levou-nos de enxurrada até ao mar, uns km em alcatrão na marginal até voltarmos a entrar nos trilhos e estradões que nos levaram até ao carro.
Fiquei deslumbrado pela beleza dos trilhos, não estava à espera de encontrar trilhos que me fizessem rodar a cabeça e os olhos tantas vezes por segundo. Brutal.
A humidade lá é poderosa e as inclinações tb 😏.
A principal descida é que ficou um pouco aquém. Se calhar foi por estar montado numa bike de enduro e pensar que iria fazer algo do tipo. Mas foi uma descida agradável.

**Como tive muitas dificuldades em arranjar um tipo de passeio ao meu gosto, deixo aqui o contacto do Lourenço.
Além de aluguer de bike ele tb tem um “hotel” bike friendly. Podem levar a vossa bike ou alugar lá o que quiserem, informem-se que ele tem uma vasta oferta.

*  geral@azoresgreenbike.pt

sábado, 3 de agosto de 2019

3 de Agosto 2019 Rota do Fumeiro (Vieira do Minho)

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Serra da Cabreira, é uma beleza para os olhos e para as pernas.
No passado dia 23 de Março Rocha, PedroS e Rui foram ver os trilhos e ST com selo de garantia de qualidade, patrocinados pelos Pedalarvieira ao longo dos anos, organizadores da Rota do Fumeiro.
Fomos só três do grupo, mas curtimos como um grupo grande ou um grande grupo, alguns dos kedas ficaram tristes por não poder participar, mas… foi quem pôde 😁 com a promessa de este ano voltar a percorrer estes trilhos fantásticos.



Passados uns meses, voltávamos à Cabreira, agora com um contingente maior. Os três repetentes mais o Faria e o Rui (vizinho do Rui), alguns kedas ficaram em casa com pena (outra vez…)
A subida inicial é de respeito, o aquecimento é duro, o calor já se vai sentindo e algumas curtas descidas vão refrescando a ansia de entrar em trilhos e deixar a subida em estradão para trás.
O 1º ST, entre penedos a recortar uma encosta com zonas de declive acentuado, deixavam o Rui com vertigens. A vista sobre o Rio Cávado não dava para apreciar em andamento, o ST era muito estreito e com pouca visibilidade, os fetos já estava a tomar conta do trilho.
Alguma da altitude que conquistamos no estradão estávamos agora a subtrair, e a aumentar em adrenalina, para voltar a subir à mesma cota. Uns km a rolar na crista do monte para voltar a entrar noutro ST rápido a partir a pedra dos rins dos bttistas. Este ST foi conquistado pelas silvas, eram tão fortes que até arrancaram a GoPro do capacete, e demoramos um pouco para voltar a encontrá-la.


(Mais uma linda história dos KEDASbike…
… num ST ocupado por uma manada de vacas, íamos ao ritmo delas. Era a descer e nós só queríamos que elas desamparassem a loja do ST para darmos azo ao que mais gostávamos.
O ST atravessava um estradão e continuava. A manada ao chegar ao estradão dividiu-se. Algumas sobem o estradão, outras ficam a observar a parafernália de acontecimentos, duas ou três vacas entram no ST seguidas pelo Rocha, PedroS, Rui Carvalho, Rui (vizinho do RC) e logo de seguida um boi a correr monte abaixo entrando no ST atrás.
Era a vez dele pensou o boi, o Faria não entrou e ficou a ver no que ia dar. As vacas da frente com o badalo a fazer barulho, mas num ritmo lento, não davam espaço para ultrapassar. Nós íamos berrando para o que ia à frente se despachar, mas não dava… não havia espaço, e o boi ia eliminado os Kedas por aproximação. Iam-se atirando para os lados até o animal cortar caminho pela densa vegetação… dasssse que nervoso.)


Continuávamos a torcer as escoras das bikes e os rins, todos já bem marcados das silvas com a pele ensanguentada, mas com o um riso largo de orelha a orelha.
Passadiços em madeira, sobe e desce constante, descidas e mais descidas de todo o tipo. Acabava esta parte todo roto, ainda dizem que descer não cansa… ufa!!! ufa!!! e ainda havia mais ST… que felicidade. A Vista e a paisagem ao longe tb ajudavam. A última subida com um S grande ainda fez um pouco de mossa nas pernas, mas não afastou a satisfação de trilhos excelentes, e ainda havia mais…


Os ST, rápidos, técnicos, com pedras soltas, raízes, curvas para todos os gostos continuavam a aparecer para nosso gáudio, a roda traseira saltava como a cauda de um escorpião quando ataca. A adrenalina vai puxando pelos cranques não chegando a gravidade nas descidas, zonas tão densas de vegetação que até dificulta a luz a entrar no trilho. O Rocha com dificuldade de descortinar o trilho optou pelo lado errado da árvore, vai descendo em Keda como lhe dá jeito, enroscado na bikeE de 25kg pelo talude abaixo, sem consequências para ambos.
A loucura continuava, travada em algumas zonas por quedas de árvores, fomos desaguar ao parque de campismo de Vieira do Minho saindo pelo parque da vila em direção ao centro.
Foi um grande passeio cheio de adrenalina, com tudo o que o melhor do btt tem para oferecer.

sábado, 13 de julho de 2019

13 de Julho 2019 NGPS Póvoa de Varzim


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Os Kedas estão a cair de maduros, estávamos 3 Kedas inscritos e dois dias antes o Nagy desiste por lesão. Participaram Faria, PedroS e Miguel, um amigo de Lisboa que já algum tempo não andava com o nosso grupo, tb muito tempo lesionado. No grupo ainda continuamos com alguns de baixa e outros que não puderam participar, mas queriam.
Com 72km com 1200+ de acumulado não parecia dureza, o jantar estava garantido às 8.00 horas com mais 3 amigos, Abílio, Nagy e Joel. Como estávamos encostados ao mar a escolha seria mariscos.


Saímos do estádio municipal da Póvoa de Varzim pelas 14.00h já a pedalar, sem antes mudar um furo “lento” do Miguel. O inicio com um bom aquecimento sem subidas e areia a moer os músculos. Percurso inicial por trilhos, estradas secundarias e ligações agrícolas até à Cividade onde já deu para usufruir um pouco dos trilhos com um T grande.
Subida ao Monte São Félix com uma rampinha nossa conhecida com uma inclinação tipo pinheiro. No topo do Monte São Félix uma exposição de automóveis clássicos, uma vista de olhos aos mais ícones e descemos o monte. Haviam umas descidas mais interessantes que a utilizada, fiquei a conhecer mais uma 😁.
Bons trilhos, mas a subida para o Monte da Srª da Franqueira, dasse, tb já a conhecia, mas não me lembrava das dores de pernas que ela provocava. A descer já a fiz mais vezes e sem dores 😅 . A Descida pelo Castelo de Faria em direção às pedreiras, interessante, muita pedra solta, mas gostei.


Os Trilhos mais bonitos estavam na margem do Rio Cávado, e um erro meu de navegação a descer trouxe comigo uma enxurrada de bttistas na minha roda.
Na margem dos rios tem sempre um prazer visual fantástico e as pernas são as sacrificadas, num sobe e desce constante. ST frescos com sensações diferentes dependendo da inclinação.
Os músculos do Faria começavam a abandonar a média e com o Miguel a ficar em alguns entroncamentos à espera de um guia, (estava a ser guiado via GPS do tlm e a informação nem sempre chegava atempadamente). As horas não paravam e tínhamos de aumentar a média para chegar a horas ao jantar, o que não estava fácil, os km começavam a ficar mais duros.
 Depois de termos deixado o sobe e desce ao longo do rio, a próxima dificuldade era a areia de Fão e Apúlia, nas zonas de pinhal e dunas, as pernas quase rebentavam, tinha descanso nos passadiços e caminhos rurais. O Faria já estava a ficar off, apanhou alcatrão e lembrou-se do Rocha. Pareceu-nos a estrada nacional Esposende Póvoa de Varzim e cortou aos 56km. Está a tirar o lugar ao Rocha. Mas cortou mal, tanto eu como ele não acertamos na estrada e ele foi em direção ao mar, numa estrada sem saída teve de andar com a bike às costas para voltar apanhar alcatrão do bom. Chegou à meta praticamente ao mesmo tempo que nós. Foi um corte mal cortado😊
PedroS e Miguel continuavam a carregar nos cranques para subir a média e chegarem a horas ao jantar.
A Zona das estufas na Estela tb foram jeitosas, a roda da frente andava sempre tipo cobra e nas curvas lá ia deslizando. O sunset estava a acontecer, e pedalar na marginal já cheirava a sandes de porco no espeto. Íamos conseguir chegar a tempo e fazer tudo a que nos propusemos fazer.
Ao darmos baixa do dorsal o Faria aparecia para tomar banho, a barafustar a dizer que foi ter ao mar e que eu o tinha enganado, foi sem querer 😇.
No fim lá fomos comer a sandes e beber uma cerveja. Não havia pão e o barril tinha acabado, informaram que tinham ido buscar pão e estava a chegar, esperamos, mas o relógio não, fomos embora sem provar o porco e a cerveja. Fomos para outra capela.
Foi um bom passeio, e um bom sunset, teve de tudo o que é sempre bom e não sabe sempre a sopa.

sábado, 15 de junho de 2019

15 de Junho 2019 Tábua BTT

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No primeiro dia do ano já estávamos a contar com este passeio, quatro Kedas mais o amigo Mário conseguiam o bilhete dourado para o dia nove de Junho do mesmo ano. Seis meses de espera e os contratempos são muitos.
Clavícula partida, ciática, comunhões, falta de treino e outras prioridades e ninguém participou, no que para nós, é a maior festa do BTT. Desta vez iríamos na semana imediatamente a seguir à explosão de sentimentos enquanto se pedala num dos melhores conjuntos de ST do país. Mas mesmo assim só conseguimos ir três Kedas. Rocha, Pedro Faria e PedroS.
PedroS seguia na sexta e pernoitava em casa de amigos em Tábua. Rocha e Faria saiam de madrugada para arrancarmos cedo pelas 7.30h. Mas… o Rocha continua à procura da Carolina Herrera e passou a saída para o IP3 saindo duas ou três saídas depois, dar a volta e “sair na saída” do IP3 atrasou bastante o nosso arranque. “não te preocupes que eu conheço bem Tábua, já lá fomos n vezes” sim e…


A primeira explosão de adrenalina seria o ST da Pedra Bela virada para o Mondego, com uma vista privilegiada sobre o mesmo. Com rampas curtas e descidas inclinadas, com curvas e contra curvas, para tirar as pedras dos rins. As torções deste ST são fantasmagóricas que durante os sonhos ainda hoje faço este espetacular trilho.


Seguia-se o ST Vale Esmeralda, este já há algum tempo que não o ciclávamos, notava-se ainda as marcas dos incêndios que derreteram a zona centro do país, este ST era para pedalar e pedalar. Um ST plano, ascendente, sem alcatifa. A bike não ganhava muita velocidade a não ser a do Rocha que ninguém o via, a elétrica tornou-o um solitário. Ainda se viam algumas fitas e setas a indicar o percurso e ele sentia-se livre.
O ST a Selva não teve o mesmo azar que o ST Vale Esmeralda e Vale Perdido e não me pareceu que tivesse ardido. Este ST a gravidade já ajudava a adrenalina, mas os cranques tinham de ser bem carregados. Imaginava o dia do passeio uns anos atrás, o Tarzan mais a sua cueca aos berros, foi hilariante a ideia. No fim do trilho encontrava o Tó e o filho (presumo eu) a limpar fitas e tirar placas, não iam ficar lá um ano como em outros eventos.


ST os Moinhos, o Rocha adormeceu ou não viu a porta e entrei eu à frente do ST, iupiiiiiiiii.
Não tinha ideia deste mas gostei, mais um para colocar um gosto, coisas modernas.
Este ST era descendente dos mais rápidos ST de Tábua, e não deixando mal qualquer um. Zonas bem rápidas e travagens tipo “cuspido da bike” com um carrossel estonteante deixando as curvas com algum aspeto de reta, brutal… na parte plana e final do trilho ainda fizemos uma corrida com um gato, que depois de aquecer parecia que estava a ver o Discovery Channel.
O gato ganhou.
O St Brian, ou para nós o ST dos cães, já pedalamos bem na versão antiga com uns cães a querem ser nossos amigos.
Gostava mais da versão anterior, mas este tb dá gozo fazer e convém mudar para não ser sempre sopa.


O ST dos Gaios, este já passou a sigla ST para passar a ser uma coisa mais mainstream, já aqui escrevi sobre este trilho que o melhor era ser um poeta a descrever esta obra da natureza, moldado por gente da Aldeia de Vale de Gaios e gente do BTT Tábua. É um misto de prazer e a inclusão no espaço, não sabes muito bem como deves colocar-te em cima da bike. Com os olhos nos trilhos ou a cabeça a rodar em cima do pescoço para tentar ver tudo o que rodeia.
É sem dúvida uma bela obra, acompanhados pelo som dos pássaros e os diversos odores.
Este ano abordamos o ST dos Gaios pela génese do trilho, um pouco escavado mas ciclável (mais ou menos) e entramos no trilho via gps, mais à frente, para desfrutar de toda a envolvência e loucura que o Trilho te oferece e tu extrais dele. (Da parte de tarde fui fazer uma caminhada com a família e amigos no trilho Vale de Gaios, ver a evolução do lugar durante estes anos é ver o prazer que os locais têm em nos presentear com a obra)
Bons ST e excelentes ST, pareceu-nos poucos trilhos e a falta destes o aumento de estradões, mas valeu sempre a pena ir Tábua e fazer BTT
No fim e para não fugir à regra fomos comer a posta ao Toino Moleiro
ps: não filmei o Vale Perdido por carregar no on com pouca força e a máquina ficou desligada 😌

sábado, 8 de junho de 2019

8 de Junho 2019 NGPS Lousada

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Este NGPS tinha de ter um corte, não porque o nosso cortador mor (Faria) tivesse a ideia de usar a tesoura, (ele tb não veio) contudo, não teríamos tempo para fazer os km todos e estar em casa ao início da tarde com almoço no restaurante Pita Arisca. Uma cabritada do melhor.
Utilizávamos o track dos 70km e quando este se voltasse a separar pelos km 44 por cima da A11 seguiríamos o track mais curto.


Saímos cedo como tem sido hábito, e logo percebemos que os trilhos eram trilhos e caminhos rurais, marginado pelo Rio Sousa em algumas partes iniciais. ST era à fartura 😁 e alguns ainda cobertos de vegetação potenciada pelas chuvas e calor dos últimos dias. Um proprietário numa vinha tb tinha cortado um acesso à saída desta, mais à frente encontramos outra saída.
O Rocha agora praticamente elétrico, nas distancias maiores, ia reinado com a sua forma elétrica invejável. Experimentou e gostou, outros tb devem seguir as pisadas dele.
10km feitos e nos moinhos de Pias, o padeiro avisava que o pão estava quentinho, só faltava adicionar o mel !!!? Mais há frente uma Srª de trajes antigos ia-nos servido o pão quente com mel, ainda ofereceram água ardente, mas era muito no início e ficou para uma próxima.
Não estava a chover, mas a vegetação estava toda molhada das chuvas dos dias anteriores, e os pés já estavam encharcados.


Os trilhos desta vez, sobrepunham-se à paisagem, técnicos e divertidos qb, não dava para fazer km rápidos eram trilhos praticamente como os do nosso quintal, muita subida curta, serrar punho (não ia de elétrica), não deixar a roda da frente mexer muito e puxar, puxar para transpor raizeiros, pedras e regos.
Porreiro, é disto que as nossas bikes comem e gostam.


 No trilho a descer, uma placa de perigo a avisar da dificuldade deste, vamos ver o que o Gaspar (organizador) queria dizer com este aviso. O Rocha entusiasmado vai berrando que a placa está mal e devia estar escrito trilho cool, concordo com ele, outros não, mas estava bem bom…
Foram-se sucedendo trilhos e trilhos, ST e ST, caminhos rurais bons e tb estradas secundárias. Foi um bom misto e nunca deram sono.
Na parte final já no track dos 50km ainda me cruzei com o Aires “alien”, chegamos rápido ao fim, com 56km e 1400+ de acumulado.
No fim um pequeno lanche à base de fruta fornecido pela organização. Como ainda era cedo para o cabrito passámos pela feira medieval de Lousada, o avistamento de uma barraca de cerveja artesanal teria os nossos cotovelos em cima da mesa para a saborear e serviria de entrada para o cabrito na Srª da Aparecida, deixou água na boca, é sempre bom.

sábado, 11 de maio de 2019

11 de Maio GO Corno do Bico

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80km com 2600+ de acumulado, era a ementa dos Amigos da Montanha para este passeio. Não havia muitas inscrições, não sei se por falta de divulgação ou pela pancada que poderia ser.
Do meu grupo ou conhecidos nem cheiro deles, fui só para não jurar em falso e ver o que estes trilhos e paisagem me diziam.
Usei o gps do carro (telm) para chegar ao secretariado, este mandava-me pela serra usando a 1ª e 2ª mudança sempre a subir, já pensava no acumulado, as paisagens fantásticas de tirar o fôlego ao meu clássico cansado. Não havendo mais nada para subir, continuava devagar, a contemplar a paisagem quando um pequeno corço atravessa à minha frente uns 5m, aos saltos em fuga. Tudo indicava que ia gostar do passeio.
Como vem sendo hábito, fui dos primeiros a chegar ao secretariado, só lá estavam dois colegas, a organização ainda não tinha chegado. Começo na preparação da bike e nas provisões alimentares para o empeno.


Quando levanto o dorsal, e o coloco na bike já preparado para arrancar, um som de avaria deixava-me de ouvidos em riste. Um som bastante estranho vem da roda traseira, desmonto, e como bom mecânico que sou… abro o capô, vejo o óleo, mãos na cinta, espreito para dentro com ar entendido, e… que c”#$%& faço? Vou embora ou aperto uns parafusos e desaperto outros. Lá tentei ver se era das pastilhas, dos bombitos, levantava a roda dando velocidade e esta praticamente abrandava e parava rapidamente. Desaperto o conjunto dos bombitos e centro ao disco, ficou um pouco melhor depois de ter mexido e 40 minutos depois lá arranquei. Quando travava a descer ficava tudo na mesma, e com o andar ia desaparecendo o barulho!...
Começava o passeio, em alcatrão ascendente com uma paisagem com um verde muito intenso, como se esta tivesse um filtro. Quando entrei nos trilhos, alguma dificuldade de navegação, fiquei um pouco incrédulo quando havia três opções de direção acertada de trilho. Depois de tentar uma primeira opção, errada, vejo que a certa era pouco limpa e clicável, pedalando em cima de um ribeiro. Sentia-me feliz pq o percurso tb ia ter a sua dificuldade técnica e não só física. Para começar estava bem bom. 😊
Enquanto estava armado em mecânico, ainda vi colegas a partir e outros a chegar. No início em alcatrão, passaram dois por mim. Pelo km 10 ouço o Carlos Baltazar a anunciar a sua chegada, conversamos um pouco sobre o percurso, tinha sido ele a idealizar, e ao qual ele me avisava para me guardar para a 2º parte, ia ser bem durinho em acumulado.
Poucos km à frente, nas eólicas, 3 colegas de Santo Tirso parados. Um deixou cair o GPS e este dividiu-se em dois, perdendo a parte mais importante. Ajudamos na procura, mas infrutífera e arrancamos. Eles ficaram mais algum tempo.
Ao chegar a Paredes de Coura, o Carlos aumenta o ritmo e vai tomar o pequeno-almoço, eu aproveito para atestar o pneu da frente para acabar o trabalho do furo que tinha tido uns km antes.


Dois colegas de Oliveira do Hospital estavam a pedalar no mesmo ritmo que eu, e de Paredes de Coura até aos 50km, fui na companhia deles. O Carlos depois do pequeno almoço fez-nos companhia em alguns km e depois tomou Red Bull e ganhou asas 😉.
Os km do meio não tiveram grande interesse, tanto em trilhos como em termos paisagísticos.
Com 50km, começava a trepadeira, os colegas de Oliveira iam desaparecendo curva a curva. Olhando para trás via outro colega a começar a subir, mas logo passava por mim. As inclinações estavam bem acentuadas e para ajudar, o vento tb queria dificultar a vida. O Sol não deixava esconder-te debaixo de alguma sombra, não existiam. Ao chegar ao miradouro com vista para a A3, olhava para os três colegas que iam à frente a trepar num estradão nu interminável. Mas está lá e é para se fazer, siga…
A semana passada no NGPS de Ponte de Lima já tinha feito parte da Serra da Labruja, os trilhos eram os mesmos ou passava muito perto, já não era novidade e estavam bem presentes, mas eram frescos e isso sabia muito bem.
Parei um pouco para arrefecer o motor e alimentar bem, não tinha ideia de descida nenhuma, só sentia o corpo a subir, tipo “sobe, sobe, balão sobe” e continuava up.
A água começava a faltar, os estradões gastaram muito aos cem. E antes de começar a subir para o Corno do Bico tinha de arranjar água. 1km antes de começar a subir atestei água num tanque e voltei a comer umas barras milagrosas para ajudar na subida.


No começo da subida ao Corno do Bico, mais uns berros, era o Miguel Martins, tinha sido inscrito com um nome menos usual por ele. E as barras energéticas tb não davam para o rimo dele, nem me lembro bem da subida, mas foi rápida ou doeu tanto que o meu cérebro escondeu da memória.
Depois foi sempre a descer, 9km. Chegamos ao topo com 75km, e acabamos com 85km e 2300+ de acumulado. A descida em estradão, pelo meio da paisagem protegida do Corno do Bico, uma descida simples e bonita, com árvores de grande porte e algumas janelas de altitude para as vizinhanças.
Quando chegamos ao fim tínhamos um lanche para retemperar o estômago e cortar o sabor das barras empacotadas…
O início prometeu bastante, e os trilhos ficaram-se pelo 1º terço do percurso, para depois só contabilizar a paisagem.


ps: fotos em parceria com Miguel Martins

sábado, 4 de maio de 2019

4 de Maio 2019 NGPS Ponte de Lima


Depois de ver o acumulado e km para o NGPS de Ponte de Lima, dava para tentar comer o sarrabulho na Cindinha antes da cozinha fechar. Mas hoje era dia de degustação da carne minhota e teríamos que optar.
Fomos dos primeiros a arrancar, PedroS e o Rocha (elétrico). Com Ponte de Lima ainda a acordar fazíamos os primeiros kms na margem do Rio Lima, passando pelo parque de Bertiandos com arrepios de frio, o sol quase que não consegue entrar na densa vegetação para sentir o calor da manhã.


Tinha-mos a esperança que as brasas pelo km 7 já tivessem com alguma gordura caída da carne suculenta (imaginava eu), já sentia um espaço na barriga.
No meio do campo, um acampamento, com vacas na pastorícia, e um pequeno e ténue tubo de fumo via-nos chegar. As pessoas que lá estavam abanavam ferozmente as mãos a chamarem-nos com medo que não entrássemos na festa da carne.
Alguns bttistas já tinham passado e não tinham parado, outros que vinham atrás de nós tb seguiram em frente, nós os dois provamos e comemos por eles. O Rocha (elétrico) não resistiu à pergunta se tb queríamos vinho, eu fui atrás, mas bebi menos (eu não estava em modo elétrico) e a carne deixou logo vincado que o sarrabulho ia ficar para outro dia.
Em direção à Serra de Arga/Santa Justa o Rocha (elétrico), ia dizendo: “que ia a falar sozinho, olhava para trás e já não me via, nem sequer estou a suar, hoje não estás a andar nada, se tu não viesses já tinha chegado ao topo, etc & tal…” e eu… que remédio… ia apreciando a paisagem… com a língua de fora.
Subida em estradão com boas vistas, quando chegamos ao topo, descer a pedalar bem prá média em estradão. Entramos no Bike Park de Ponte de Lima e ainda deu a ideia que o track seguisse por um dos diversos trilhos que íamos admirando de cima do estradão.
A roulotte esperava-nos com porco a rodar no espeto, ainda era cedo para comer, e não tínhamos fome. Paramos para conversar com o pessoal que lá estava e arrancamos.


Começava o serrote nas pernas, dos 25km aos 55km foi sempre a cortar nelas.
Se a média estava alta para o nosso costume, os estradões ajudaram bastante a comer kms, os verdadeiros trilhos e dificuldades começaram pelo km 40. O calor tb estava numa boa média.
O Rocha (elétrico) nas subidas desaparecia, deixando um rasto de pó, estava numa forma invejável. E eu a sentir as pernas mais pesadas, a paisagem atenuava as dores e a ver outros colegas no começo da subida ficava mais leve, eles ainda tinham de trepar até onde eu já tinha chegado.
Chegava ao ponto mais alto do percurso. O Rocha (elétrico) não estava lá, esperava que não tivesse escolhido o trilho errado. Parei, descansei enquanto via as vistas e carregava alguns alimentos para o estômago.
Com poucos metros de descida encontrava o Rocha à sombra com medo que a energia não desse para o final, a sorte dele é que levei baterias suplentes para a GoPro e para o GPS e o acumulado estava a ficar preenchido.
Uma boa descida em trialeira até desaguarmos no estradão que nos levava até à aldeia da Vacariça. Para depois voltar a subir, seria a última mas F”#$%... já estava a ficar todo mamado e o calor já me cozia os miolos. A imagem dessa subida era o som do suor a bater no quadro. E o Rocha (o elétrico) nem cheiro…


Quando cheguei ao reforço no topo de um miradouro, o Rocha (elétrico) descansadinho e satisfeito, já tinha provado os néctares dos deuses, água ardente com café, água ardente de ervas e água ardente velha. Tb provei, bebi e gostei bastante. Tb tinha comida, mas não me lembro o quê, e se comi 😉. 
Agora sim, 13km, sempre ou praticamente a descer, as baterias que emprestei ao Rocha (elétrico) já não precisava delas. Começamos bem com ST complicado e depois foi sempre a ganhar velocidade. As mãos, pulsos e antebraços levaram uma valente coça, o Rocha (elétrico) não tinha auxiliar acima dos 25km/h e aí eu carregava bem para ver se ele ao menos a descer transpirava.
A parte final do percurso passava nos Caminhos de Santiago em sentido contrário, e com alguns peregrinos nos trilhos a atenção era a dobrar. Com o cheiro a Ponte de Lima cada vez mais próximo, o Rocha (elétrico) já podia serrar punho a todo o gás 😁.
No fim à nossa espera estava um caldo verde com tora, mas já sabíamos qual o restaurante que servia uma carne semelhante, tomar banho e correr para lá (de carro, ficava perto da Carolina Herrera).


sábado, 20 de abril de 2019

20 de Abril 2019 Isabelinha BTT

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Rocha e PedroS no BTT, Tony e Sílvia no Trail, foram os Kedas que participaram no evento.
Um bom dia para a prática de BTT, mas os do trail sentiram muito calor.
Às 9.00h já estávamos a pedalar no BTT Isabelinha, fizemos o aquecimento de Famalicão até Viatodos e já podíamos carregar bem nos cranques que estes já estavam quentes.
Com 40km e 1100+ de acumulado a nossa perspetiva era acabar pela 12,30h, não era necessário poupanças.
Este passeio servia tb para conhecer ou rever trilhos mais perto do nosso quintal.


 Com poucos BTTistas à nossa frente, os primeiros km foram fluindo rápido, tb ainda não tinha havido dificuldades de monta. Entrando nos montes de Rio Covo e Midões o figurino mudou, começava a subir e nos primeiros metros um bttista estava enrascado com a corrente presa entre os raios e a k7. Prestamos a nossa “experiência” em mecânica durante uns 10 a 15 minutos, demorou mas ficou resolvido e como ele (Fernando) não tinha GPS demos boleia no nosso.


 O Ricardo, um colega de trilhos GPS juntou-se à média da pedalada, e lá fomos 4 a 6 bettistas monte a cima, à espera de encontrar uma capela ou um mosteiro no topo. Segundo os meus colegas, o esforço já os ponha a delirar 😇😅.
O Ricardo com o calor a apertar e com roupa a mais, pára para tirar a camisola interior e fica para trás.
No topo a navegação torna-se um pouco confusa, demasiados erros de todos os que iam olhando para o GPS, uns vinham da esquerda outros da direita, e descer era por onde dava mais jeito, o Fernando ficou não sei bem aonde. Mais tarde, já na subida ou escalada do monte Airó apareceu com o Ricardo.
Tivemos direito a um bom reforço sem cerveja, mas estava o sabor no ar, todos falavam nela.

Ainda não percebi muito bem o porquê de ir sempre ao monte de Bastuço para depois descer sempre por paralelo!!! As subidas já as fiz por muitas zonas mas a descer é sempre pelo paralelo.


Quando nos aproximamos de Carreira os km começaram a desaparecer, por caminhos rurais e estradas municipais e alguns bons trilhos, a média ia subindo e depressa chegamos à meta. Chegamos mais cedo do que o esperado 11.50h com uma boa média para os Kedas, os outros dois tinham mais velocidade nas subidas, eram mais magros 😂😂😂
No fim convívio e um quase almoço, fêvera assada num pão, caldo verde e uma cerveja artesanal Maldita.


sábado, 6 de abril de 2019

6 de Abril 2019 NGPS Chaves


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Quando o calendário NGPS saiu, Chaves foi um dos que saltou à vista com interesse, visto que era uma zona onde não conhecia qualquer trilho.
Rocha e PedroS já contavam com chuva no percurso, mas apanhar neve antes de chegar a Chaves na autoestrada é que não contavam, e isso atrasou o arranque em cima da bike. A autoestrada estava com os limpa-neves a trabalhar e a velocidade foi reduzida. E de certeza que o frio na zona ia aumentando.


 Começamos com uma visita ao centro de Chaves, aí lembrei-me que há muito não visitava esta bela cidade transmontana.
Pedaladas iniciais em plano no meio dos campos junto ao rio Tâmega, com belas paisagens, era um bom aquecimento se não estivesse a chover e as temperaturas brancas.
A chegada à “Ponte do Arquinho” deu mote para entrar no verdadeiro trilho no que concerne à palavra. Sem estradões (sim estou a ficar cheio dos percursos serem 80%/100% em estradões), são mais desgastantes mas mais BTT. Demoras mais a subir e a descer vais buscar mais entusiasmo durante as horas que se passam em cima da bike, não vais a bocejar a etapa toda onde não acontece nada.


Neste de Chaves até aos 45km tudo do melhor em trilhos.
Num início de primavera, as flores e rebentos multicores lavadas pela abundante chuva que se fazia sentir, ela não chateava nem arrefecia o corpo que estava sempre em movimento de trilhos. As paisagens, essas tb deixavam os olhos voar ou saltar de cor em cor.


Tive a companhia do Rocha até apanharmos a subida da calçada romana, pelos 42km a calçada mandava o Rocha para Chaves.
Com a companhia de outros NGPS´ers continuamos. E no encontro imediato com a subida da Ribeira Sampaio, que a fizemos maioritariamente à mão, a empurrar a nossa cabra, sentia que estava a fazer BTT. Não é necessário fazer tudo em estradões…
Chegava à N213 e foi onde vi mais BTTistas no percurso, estavam no café ou a cortar para Chaves. 45km feitos e começava o rabo da cabra, alcatrão, estradões e uns trilhos até ao ponto mais alto do percurso, vento de frente gélido, as mãos começavam a perder a sensibilidade e eu pensava nos que já tinham desistido e noutros de banho tomado.
Não avistava nenhum NGPS´er, no topo tentei abrigar-me da chuva e do vento enquanto reponha energia e pensava num chá que um amigo costuma trazer nestes dias de frio na mochila, pensei e até senti o sabor da memória enquanto comia o mais rápido que conseguia.
A descida em estradão, preso pelo vento de frente, era difícil ganhar velocidade e só quando voltava a inclinar o estradão é que o vento não era tão forte, aí aproveitava para fazer uma corrida ao lado da bike para manter-me quente. As palmas tb ajudavam e fazer dos punhos um piano ao som do vento branco… dasseeeee.
Avistavas Chaves ao longe mas cada vez te afastavas mais, e o frio ou o desespero ia aumentando, foram cerca de 10km do C”#$%&. Foi uma bela pancada no corpo e no cérebro.
Quando cheguei a Peto de Lagarelhos (escassos metros da aldeia de Lagarelhos) encontrei uma vivalma do NGPS, finalmente luz. Em conversa, tb sofreu bem com o frio e o vento.
É mais fácil ver uma roda de bike à frente ou saber que vem uma roda atrás de ti, e até a navegação é mais rápida. Fizemos os últimos 15km juntos, mas o vento e o frio já não se faziam notar tanto.
Foi um bom passeio com tudo a que temos direito no btt, prazer, conhecimento, superação, paisagens, sofrimento e companheirismo

sábado, 16 de março de 2019

16 de Março 2019 NGPS Guarda

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Mais uma madrugada para experimentar trilhos novos e paisagens. Guarda “Aguarda por si” um slogan de boas vindas do Município da Guarda.
Quatro Kedas saíram de Famalicão às 5.00h da matina, o Joel era a primeira vez que participava, mas já ditava regras. Queria a todo custo ir tomar café à estação de serviço da Arrábida, a famosa Repsol (para ele), lá conseguiu. Pondo o Faria que era o copiloto dele mais o Rocha e PedroS noutro carro à espera. IDEIAS do C”#$%&#. O Rocha para não ficar atrás não sai para a A25 em Aveiro, lá vamos fazer mais uns km só para castigar o Joel que assim não tinha os nossos faróis traseiros como guia.

  

 Mas mesmo assim chegamos à hora prevista para tentar sair às 7.30h, foi por pouco.
Os primeiros km foram de aquecimento a um ritmo lento, andar rápido aumentava a sensação térmica, ainda estavam temperaturas muito baixas.
Alguns trilhos iniciais para desaguar nos estradões intermináveis. De salientar as paisagens que começavam a encher os pulmões e olhos.


No GPS, a informação de trilho em mau estado, a descer, deixava alguma felicidade de adrenalina, o que não veio acontecer. Ficamos com ideia que se viéssemos de Lamborghini Diablo ou semelhante tb conseguíamos fazer o percurso quase todo.O melhor era esquecer os trilhos e apreciar a paisagem.
O Joel, quando o trilho separa dos 80km para os 50km decide a pés juntos que vai para os 50km, com o Faria a tentar demovê-lo da ideia e fazer mais km. Enquanto isso PedroS reparou que tinha um furo no pneu da frente, dasse, enquanto os dois iam analisando o track o PedroS tratava do furo só, sem ajuda. O Rocha tinha ido monte abaixo, e chegava agora monte acima com menos ar.
Depois da reparação do furo, o Rocha decide ir com o Joel com promessas de ver o filho do Bruce Lee e o Yoda em combate numa cervejaria qualquer.
PedroS vê o pneu de trás como um figo murcho, ainda bem que levou três câmaras de ar
suplentes. O Joel já tinha desaparecido e o Rocha e Faria ficaram a ajudar na troca de câmara
de ar. Dois furos ao mesmo tempo é obra.
Como demoramos um pouco na troca, o Joel esqueceu-se do Rocha e não esperou por este.
Estava com um ritmo frenético


Faria e PedroS pedalavam para o ponto mais alto do percurso (Cabeço da Azinha) acompanhados por Bettistas da Guarda, que nos confidenciavam que havia muitos trilhos por aquelas bandas, mas que só íamos comer estradões ☹️.
Chegando ao topo, apreciar as vistinhas e tentar ver onde parava Manteigas, tb não a íamos ver, só se levássemos uma sandes da dita.
Começava a descida, concentrar na paisagem de montanha porque estava lá, e era sim, montanha sem fim.
Entravamos na zona mais bonita do percurso, um vale colorido com as primeiras cores da primavera, e penetrando numa vegetação mais primitiva e autóctone.
Mais uns km de estradões até à aldeia de Fernão Joanes, uma praça com murais pintados como de uma galeria de arte se tratasse. 
Descida até à Ribeira do caldeirão e navegamos até à sua albufeira, o Faria parecia que estava mais oxigenado e estava com uma pedalada mais forte.
Subida à torre de menagem e visita para depois entre num tipo de downtown light até à meta.
Em 2011  já tinha estado na Serra da Estrela de bike, há muito que pretendia voltar, não foi fantástico pq faltaram os trilhos mas as paisagens estavam lá. Tb pedalo para ver e não só sentir.