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Serra da Cabreira, é uma beleza para os olhos e para as
pernas.
No passado dia 23 de Março Rocha, PedroS e Rui foram ver os
trilhos e ST com selo de garantia de qualidade, patrocinados pelos
Pedalarvieira ao longo dos anos, organizadores da Rota do Fumeiro.
Fomos só três do grupo, mas curtimos como um grupo grande ou
um grande grupo, alguns dos kedas ficaram tristes por não poder participar,
mas… foi quem pôde 😁 com a promessa de este ano voltar a percorrer estes
trilhos fantásticos.
Passados uns meses, voltávamos à Cabreira, agora com um
contingente maior. Os três repetentes mais o Faria e o Rui (vizinho do Rui),
alguns kedas ficaram em casa com pena (outra vez…)
A subida inicial é de respeito, o aquecimento é duro, o
calor já se vai sentindo e algumas curtas descidas vão refrescando a ansia de
entrar em trilhos e deixar a subida em estradão para trás.
O 1º ST, entre penedos a recortar uma encosta com zonas de
declive acentuado, deixavam o Rui com vertigens. A vista sobre o Rio Cávado não
dava para apreciar em andamento, o ST era muito estreito e com pouca
visibilidade, os fetos já estava a tomar conta do trilho.
Alguma da altitude que conquistamos no estradão estávamos
agora a subtrair, e a aumentar em adrenalina, para voltar a subir à mesma cota.
Uns km a rolar na crista do monte para voltar a entrar noutro ST rápido a
partir a pedra dos rins dos bttistas. Este ST foi conquistado pelas silvas,
eram tão fortes que até arrancaram a GoPro do capacete, e demoramos um pouco
para voltar a encontrá-la.
(Mais uma linda história dos KEDASbike…
… num ST ocupado por uma manada de vacas, íamos ao ritmo
delas. Era a descer e nós só queríamos que elas desamparassem a loja do ST para
darmos azo ao que mais gostávamos.
O ST atravessava um estradão e continuava. A manada ao
chegar ao estradão dividiu-se. Algumas sobem o estradão, outras ficam a
observar a parafernália de acontecimentos, duas ou três vacas entram no ST
seguidas pelo Rocha, PedroS, Rui Carvalho, Rui (vizinho do RC) e logo de seguida
um boi a correr monte abaixo entrando no ST atrás.
Era a vez dele pensou o boi, o Faria não entrou e ficou a
ver no que ia dar. As vacas da frente com o badalo a fazer barulho, mas num
ritmo lento, não davam espaço para ultrapassar. Nós íamos berrando para o que
ia à frente se despachar, mas não dava… não havia espaço, e o boi ia eliminado
os Kedas por aproximação. Iam-se atirando para os lados até o animal cortar
caminho pela densa vegetação… dasssse que nervoso.)
Continuávamos a torcer as escoras das bikes e os rins, todos
já bem marcados das silvas com a pele ensanguentada, mas com o um riso largo de
orelha a orelha.
Passadiços em madeira, sobe e desce constante, descidas e
mais descidas de todo o tipo. Acabava esta parte todo roto, ainda dizem que
descer não cansa… ufa!!! ufa!!! e ainda havia mais ST… que felicidade. A Vista
e a paisagem ao longe tb ajudavam. A última subida com um S grande ainda fez um
pouco de mossa nas pernas, mas não afastou a satisfação de trilhos excelentes,
e ainda havia mais…
Os ST, rápidos, técnicos, com pedras soltas, raízes, curvas
para todos os gostos continuavam a aparecer para nosso gáudio, a roda traseira
saltava como a cauda de um escorpião quando ataca. A adrenalina vai puxando
pelos cranques não chegando a gravidade nas descidas, zonas tão densas de
vegetação que até dificulta a luz a entrar no trilho. O Rocha com dificuldade
de descortinar o trilho optou pelo lado errado da árvore, vai descendo em Keda
como lhe dá jeito, enroscado na bikeE de 25kg pelo talude abaixo, sem
consequências para ambos.
A loucura continuava, travada em algumas zonas por quedas de
árvores, fomos desaguar ao parque de campismo de Vieira do Minho saindo pelo parque
da vila em direção ao centro.
Foi um grande passeio cheio de adrenalina, com tudo o que o
melhor do btt tem para oferecer.
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