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Eu e o Carlos Pereira já nos tínhamos inscrito há bastante
tempo, pretendíamos participar depois de o ano passado termos adorado. O Mendes
para não se sentir só, mentiu ao seu vizinho (Tó) e disse-lhe que ele fazia
aquilo na boa que eram só 1,5km a correr, de bike estava bem e depois era só
controlar a última corrida de 1km.
O Tó lá se inscreveu sem saber que ia para o matadouro, já
estávamos quatro Kedasbike no duatlo.
Marcamos no sítio do costume às 9.00h e… claro os vizinhos
chegam tarde para variar. Chegamos para levantar os dorsais e tínhamos uma bela
fila pela frente. Enquanto estávamos na fila ouvíamos o brefring, a organização
fala nos quilómetros da corrida e vemos um senhor de olhos arregalados, a botar
fumo pelos olhos e ouvidos e a praguejar mais que uma pega fazendo ameaças pelo
meio. Simmmmmmmmm era o Tó a querer ferrar no seu vizinho Mendes.
Eu disse logo que não tinha nada a ver com a mentira. – Sou
inocente.
Depois de no dia anterior ter participado nos Trilhos da
Maria da Fonte e andar a fazer fisioterapia ao joelho sem treinar nada, na
corrida íamos ver como me ia
aguentar. O Carlos Pereira andava à
rasca de um gémeo, também andava na fisioterapia e treinar népias. Por isso os
Kedas confiavam num bom desempenho do Mendes e Tó, que também não treinaram, ia
ser lindo.
Tiro da partida, (claro que estávamos em último para não
sermos ultrapassados) o Carlos Pereira era a nossa lebre e desapareceu logo nos
50m, o Mendes e o Tó foram atrás (tentaram ir no ritmo da lebre). Pensei eu…
vão num ritmo muito bom daqui a pouco não os vejo. Afinal andaram a treinar às
escondidas. Mas, como ia atrás deles, conseguia ver as línguas dos dois de
lado, pousadas no ombro. Afinal estavam como eu, iam no enxurro.
A 1º volta ainda andamos os três juntos, na 2º apertei mais
um pouco, cheguei à zona de transição e passei pela minha bike sem a ver, volta
para trás até a encontrar.
Calcei-me muito rápido em relação ao ano passado. O Mendes e
o Tó já estão na preparação para montar a bike, mas antes o Tó respirou o
oxigénio todo e eu tive de bazar.
Agora estávamos no desporto para que fomos feitos, o BTT.
Como tinha chovido, as curvas iam ser bem puxadinhas. Coloco posição de contra
relógio e pedalar sempre no máximo.
Numa das curvas na
primeira descida fiquei a saber que o piso não estava muito famoso. Fui ao
tapete depois de passar com a roda da frente numa raiz. A roda escorregou e…
mas sem grandes consequências.
A meio da 2º volta os gémeos zangam-se um com o outro e
querem dar uma volta. Abrando um pouco e faço uma subida com a bike a correr,
volto a montar, os gémeos fizeram as pazes voltei à corrida a rasgar.
Cheguei ao local de transição e outra vez despachei-me
rápido. Agora vinha a parte mais bonita… tentar correr… ai… ui… os gémeos
voltaram a zangar-se e estavam furiosos, a berrar para o pai que os criou com
tanto carinho ai… ai… já tinha passado
pela zona da água e tive de voltar para trás para colocar água fria nos gémeos
para ver se eles se acalmavam.
Meti o meu ritmo e cheguei à meta satisfeito. Encontrei o
Carlos Pereira e fomos ver a chegada dos outros Kedas. Primeiro aparece o
Mendes com um sorriso na cara e depois uma espécie estranha com a cabeça do Tó.
Vinha todo rotinho…
Depois os vizinhos desapareceram sem tirar uma foto e sem se
despedirem, a falta de oxigenação no cérebro faz destas coisas.
Pró ano lá estaremos…
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