Desde os primeiros GO que andava à espera de furar esta área
protegida do Corno do Bico, e passados uns valentes anos consegui riscar estes
montes dos que ainda estavam em falta.
Nagy, Pedro Faria, Rocha, PedroS e Ângelo, este último amigo
do Rocha, sendo a sua estreia nestas andanças.
Chegamos como sempre pelas 7.30h ao secretariado, e pelo
caminho já encontramos o Mário de Braga que tinha feito o último NGPS na nossa
companhia.
Com o Pedro Faria e Nagy, os atrasos de arranque são sempre
mais de meia hora, e por isso não fomos dos primeiros a levantar voo.
Ao vermos que o Faria deixou a 29” em casa e trouxe a 26”
com relação mais leve na transmissão, as subidas para ele deviam ser bem
durinhas…
Na preparação da subida ao primeiro pico 750m de altitude
com 600+, todos estavam a rolar bem com o Ângelo na dianteira a marcar o ritmo,
e logo ali trava amizade para a vida com outro colega que mais tarde lhe salva
a vida.
As paisagens estavam fantásticas e os raios de luz a
atravessar o bosque das faias dava vontade de estender a toalha e fazer um
piquenique, o calor estava a apertar e as sombras sabiam que nem ginjas.
Chegamos ao miradouro e encontramos o Mário de Braga, e a partir desse ponto,
com ele e outro colega, o Domingos que conhecemos, fizemos o percurso até ao
fim.
A descida foi rápida e logo estávamos em cima da zona
apresentada no gráfico como a mais difícil, subir dos 300m aos 900m. O inicio
de subida para a torre de vigia era a derreter os músculos, e o calor estava a
fazer das suas. PedroS, começa a sentir a cabeça como uma panela de pressão e a
perder “o sinal de satélite”, alarga o capacete para entrar mais ar e já sente
o sinal a voltar.
Ângelo começa a abrir
o capôt, lança o pára-quedas e larga ancora. Rocha vê uma bica de 3” e vai
refrescar-se. Pedro Faria não está na melhor das formas e os pólens ajudam a
dar a marretada.
É muito bonito ver as cores predominantes neste passeio,
amarelo e verde, mas o Faria não está para ai virado e continuou a ver os
campos às cores. Encontramos muitas vacas pelo caminho com cornos de diversos
feitios em forma de arte, mas nenhum como a organização queria, e cavalos à
fartura. Fantástico.
Reagrupamos todos no miradouro e o Ângelo fica
satisfeito pela dificuldade ter
desaparecido, preparamo-nos para a parte do trajecto que mais gostamos, a
descida para o “infinito e mais além”. Era descer a olhar para o GPS e para as
marcas no chão de outros bttistas que já passaram. Como era a descer e com a densa vegetação o sinal de GPS não
era o melhor, e descer por um riacho onde não havia marcas, também não era do
melhor e acabamos por sair um pouco mais à frente no track.
Sem dúvida uma bela descida tanto de bonita como de
escorregadia, com as raízes a dificultar, e ainda deu para fazer alguns
driftings sem intenção.
Voltamos a perder o Ângelo, mais algum tempo à espera e
aconselhamo-lo a ir para os 47km, mas ele diz que tem tempo e que está melhor,
arrancamos assim.
O pára-quedas dele volta a abrir ficando para trás. O amigo
da primeira subida pára para lanchar e ao ver o Ângelo de capôt aberto dá-lhe
uma sandes milagrosa e ele renasce tal qual uma fénix.
F r e s q u i n h a.
No restaurante Casa de Xisto paramos para abastecer e D.
Rocha bebe a cerveja do empeno. Quando voltamos ao track apanhamos o Ângelo
como novo.
Estávamos a chegar ao parque eólico e a 27.5” começa outra
vez a ter picadas nos músculos, agora é a vez do Rocha fazer de Ângelo na parte
de trás.
Como prémio, quem conseguir fazer o parque eólico todo e
subir a ultima cascalheira até à igreja de São Silvestre, tinha o prazer de
lamber duas eólicas.
Depois foi descer em alcatrão (não foi grande coisa depois
de tanto trabalho a subir) não gostei, mas para o Rocha foi uma lufada para as
pernas da 27.5”. Acaba o alcatrão e o Rocha vê uma placa informativa (Paredes
de Coura 4km). Enche os pulmões cheios de ar e… “vou por estrada até Paredes de
Coura”, faltavam cerca de 5km mas ele não pode ver placas e estrada, fica logo
em pulgas para acabar o sofrimento.
Com menos um no grupo, agora 6 e após 300m perdemos o
Ângelo, uns diziam que estava para frente, outros afirmavam que não estava para
trás, liga-se para ver onde andava a fénix renascida. Já tinha feito um ou dois
km enquanto esperávamos que ele aparecesse. Arrancamos os 5 restantes, e o
Rocha perdeu umas belas descidas até ao fim não havia grande dificuldade.
Chegamos à meta, já lá estava o Rocha e nada de Ângelo… mais
uns minutos largos e chega ele, nem ele sabe por onde andou, o track
desapareceu do GPS…
O Rocha continua a fazer entre 87,4% a 94,8% de percurso
tenha ele 140km, 90km ou 50km. Temos que começar a aldrabar nos km…
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