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Já tínhamos este track para fazer há um ano, com a desculpa
de ir tascar ao repasto do Evaristo que ficava lá perto, o que não aconteceu…
baaaa.
Rocha, Faria, PedroS e Miguel Martins não havendo o repasto,
as Buracas do Casmilo eram o ponto de interesse do dia. Claro que os trilhos e
as paisagens inverneiras tb.
Deixávamos o castelo de Penela e 6km depois… mais um
castelo, ou melhor, os restos do castelo de Germanelo. Aqui sem o nevoeiro
conseguia-se ver ao longe a paisagem.
Os trilhos em muitas zonas enlameados e escorregadios, onde
mesmo os elétricos tinham dificuldade em manter-se em cima da bike. Zonas do
percurso sempre encharcadas dificultavam a progressão e os km ficavam lentos.
Mas tínhamos mais tempo para apreciar a envolvência por onde trilhávamos.
A “subidinha” do dia apareceu ao km 23 e acabou no km 30. Começou logo a empinar com percentagens de inclinação a atingir os 19%. O piso estava compacto e com boa aderência. As pernas rodavam os cranques freneticamente para manter a bike no trilho certo nas zonas mais inclinadas. A meio da subida a inclinação foi amaciando e a dor de pernas tb, para nos últimos km voltar aos 19%. Agora o trilho estava carregado de pedras soltas e era grande a dificuldade de manter a bike na linha traçada pelo nosso cérebro sedento de oxigénio. Chegando ao topo só via estrelinhas, e só de ouvir a minha respiração ofegante ainda ficava mais cansado…
Depois do baloiço de Soure, entravamos balanceando numa
descida onde eu e Rocha nos divertimos bastante monte abaixo, serpenteando o
trilho com curvas de 180º num bailado num piso carregado de pedras soltas.
Muito fixe a descida.
Chegávamos às Buracas do Casmilo onde o primeiro olhar sobre as buracas provocaram os espasmos nas mãos e estacavam os travões. Do topo do monte víamos aqueles gigantes buracos como um queijo. Fizemos a aproximação devagar com o pescoço a fazer 360º de um lado para outro. O Faria ainda fez uma umas visitas aos buracos, era o mais fresco e com mais bateria. Os outros ficavam a olhar debaixo a poupar energia para o que ainda faltava.
O percurso continuava a surpreender, muito diversificado em
paisagens e tipo de trilhos. Havia ST onde o sol não chegava e parecia que
estávamos a pedalar em cima de gelo, com a bike sempre a escorregar e nós a
tentar mantermo-nos em cima do touro mecânico. Não estava fácil.
Nos trilhos que não estavam escorregadios, a diversão era
total curvas contra curavas, travagens acentuadas nas descidas vertiginosas.
O percurso estava na sua faze final, o Rio Alheda
acompanhava-nos atá ao centro de Miranda do Corvo nuns bonitos passadiços a
embelezar o excelente percurso 68km com 2000+
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