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Vimioso aqui vamos nós. Rocha, Pedro Faria, PedroS e Miguel Martins partiram para a terra quente com o pretexto de ver pontes e castelos medievais e ou romanas, e já que lá estávamos… comer bem tb.
Arraiamos espias na Albergaria Vileira. Chegamos cedo e ainda
não havia ninguém na albergaria para nos receber.
Deixamos os carros no parque, saltamos para cima da bike e
começamos a desidratar. Ainda não eram 9:00h já estava muito calor. Julho em
Trás-os-Montes… o bem precioso eram as sombras (raras) e líquidos, bastante,
água muita, qualquer liquido que escorresse, um poste ao alto tb fazia sombra.
Saímos de Algoso, lá no topo do topo víamos o seu castelo, a
convidar-nos a entrar, a escalar, a usar o teleférico, ou o garibaldo, etc
& tal… tentaríamos a sua conquista aquando da volta a Vimioso, ia ser
bonito só pelo aspeto.
Lá em baixo sobre o rio víamos uma ponte que nos levaria
para o outro lado, um lado mais triste, mais serpenteado, mais inclinado, mais
duro e mais uma grande desidratação.
Descemos por uma calçada medieval em direção à ponte medieval de Algoso sobre o rio Angueira. Paramos para arquivar memórias futuras e tentar sentir a frescura da água lá em baixo. O Rocha estava com a vontade toda de encontrar uma corda para poder ir lá baixo refrescar, mas só tínhamos feito 20km ainda faltavam muitos trilhos e não podíamos para já estar a perder tempo. Ficou prometido que ao passar por lá na vinda, ele podia molhar os pés.
Mal largamos a ponte começou a subida até à aldeia de
Valcerto, em 2,1km subimos 230m, simples, as pernas, o coração e os pulmões que
façam o trabalho deles, os olhos… esses… nem conseguiam deitar uma lágrima, não
havia stock.
Os trilhos eram em grande parte feitos por estradões,
estávamos a fazer turismo em btt. Havia zonas que as paisagens nos faziam
lembrar o Alentejo.
Sobreiros e azinheiras escoltavam-nos até à aldeia de S.
Martinho do Peso.
A próxima aldeia, Penas Roias, tinha castelo e barragem daí uma visita mais demorada. Nesta já se via alguém às janelas a espreitar, quem de seu perfeito juízo andava na rua com o calor que estava.
O castelo medieval que pertencia à ordem dos templários,
fornecia uma vista circundante e desafogada, com o impacto de se ver a pequena
barragem e o planalto de telhas da aldeia.
Deste ponto (Penas Roias) ficávamos a 2/3km de um trilho que
fizemos em 11-2021, onde fomos visitar um monumento, Monóptero de São Gonçalo
Abandonávamos o alto do castelo para seguir viagem pelas
aldeias de Vilariça e Castanheira, por prados vestidos de flores e voltávamos à
Aldeia de Valcerto. Agora seria a descer… yuipiiiii
Pronto para começar a subida para o castelo de Algoso e
esperar que o Rocha tivesse Alzheimer e não se lembrasse de ir ao rio molhar os
pés que ainda ficava mais lá em baixo.
A campainha tocou no cérebro do Rocha e lá tivemos de ir
molhar os pés, as, canelas, as coxas, o c#$%&, a barriga, os ombros e já
que está, a cabeça tb. O Faria levou a água até às canelas e está bom. A água
esverdeada e fresca escondia alguns lagostins e o relaxamento não era total,
pois tb se via o castelo lá em cima, muito lá em cima e a subida era em
calçada.
Para ajudar, o Miguel diz que está a ver uma cobra a nadar e
a subir para uma pequena “ilha”, lá fomos nós ver se era verdade ou se era
altura de nos vestir e começar a trepar. Era verdade e lá estava a pequena
cobra a tentar estar sossegada e que ninguém a chateasse, pois tb ela foi para
Trás-os-Montes para estar descansada.
E era altura de ver se o refrescamento do corpo iria trazer
benefícios físicos para fazer a pequena subida. 2km e 250m+ com inclinação a
atingir os 32%. A subida da calçada os analógicos ainda fizeram em cima da
bike, depois quando apanhamos as pendentes mais inclinadas e o piso forrado a
pedras soltas do tamanho de bolas de golfe e ténis, nem pulmões, nem pernas
conseguiam manter-me em cima da bike. Mas foi em cima das sapatilhas que
conquistamos o castelo, deu luta, mas lá conseguimos colocar a nossa bandeira.
Deixamos as bikes, e lá fomos treinar pernas escadas acima até ao topo do castelo, ficamos sem ar ao ver a imponência paisagística do local.
Voltávamos à aldeia de Algoso, agora já com movimentação de pessoas, (o percurso passava duas vezes pelo mesmo sítio, 5km para cada lado) e direcionávamos as bikes para mais um monumento, a ponte Matela, uma ponte de estilo românico por cima do Rio Maçãs.
Na aldeia de Matela, pedimos água a um Sr. que chegava a
casa, foi muito prestável e deu-nos água fresca. Passamos na aldeia Avinhó, e
Santulhão, nesta paramos num café e emborcamos umas cervejas e uns aperitivos,
75km já tínhamos direito a beber água com cereal, a alma e a boca agradecem,
mas as pernas… essas não, mas temos de agradar ao corpo todo.
A Aldeia de Carção ficava perto de Vimioso, o ânimo volta
para cima e já pensava na degustação do jantar, só nos separava uma ponte… as
pontes… estas são sobre os rios, os rios correm pelos vales, os vales são a
subir ou a descer, dependente de como apontas a roda da frente da bike. Já
sentia o costeletão mais longe.
2.5km a descer para o buraco, a meio paramos para ver o arco da ponte de um miradouro, continuamos para o tabuleiro até o Faria dar um saltinho e rebentar o pneu da E-bike, com pneus plus, a camara de ar precisava de reforço que já se via a borracha a sair pelo rasgo do pneu.
Como não levávamos nada para colocar no pneu, inventamos com
um plástico grosso que estava por ali perto, a reparação demorou bastante, a
subida até Vimioso tb.
3km e 230m+, o Rocha já vomitava btt, estava cheio, queria
pousar a burra, tomar banho e sentar-se à mesa. Aquela ideia sempre a bater-me
a cada pedalada da subida e com o sol já no litoral, cortamos os 2 km por
estrada, já que de manhã voltávamos a passar por lá para fazer o 2º dia. O
Faria e o Miguel foram pelo trilho e ainda chegaram primeiro que nós nos mesmos
2km
87km com 2330m+ e as maiores subidas eram os 250m+ foi um belo
rompe pernas com temperatura media de 36º
Fizemos o Check-in, tomamos um banhinho na piscina, voltamos
ao quarto para nos preparar com o fato de gala (todos rotos do enorme dia que
tivemos), descansamos 5 minutos e descemos para reforçar bem as paredes do
estômago. Muito bem atendidos pelo pessoal e patrão… grande manjar na
albergaria Vileira
Top!
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