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A excursão NGPS dirigiu-se para Trás-os-Montes nomeadamente
para Vila Real e uma passagem por Jales já trilhada pelos KEDASbike.
Nagy, Faria e PedroS no dia anterior engavetavam as bikes
dentro do carro para ver se uma viatura era suficiente para as levar. Com algum
contorcionismo de bikes desmontadas às peças grandes, lá se conseguiu fazer o
milagre de as fechar dentro sem ir nada de fora.
Arranque marcado para as 6.30h com mais mochilas e restantes
indumentárias necessárias para a viagem de btt (carro mais que lotado).
O gps do carro ainda não conhece o túnel do Marão e lá fomos
conhecer (outra vês) o alto do Marão pelo IP4. É a vida…
Chegamos e a montagem das bikes foi rápida para o nosso
costume. As voltas ao café e aos fetos foram atrasando a preparação do corpo
para a bike. Ao 5km já se ouvia uma Keda.
PedroS avisa que é viragem à esquerda e vai abrandando a
marcha, (não vá o Rocha vir a rasgar e traçar a meio quem virou) vai saindo do
alcatrão para entrar no trilho, e vai ouvindo atrás o som de “chapa” a retorcer
junto com gritos de dor e surpresa, acompanhando com o som característico de alguém
que vai largando o corpo alcatrão a baixo. A audição leva a visão a percorrer o
som e o aspeto é surreal…! duas bikes presas, uma pela roda de trás e a outra
pela roda da frente. As duas em pé e um Keda em cima da bike da frente com a
outra junta como se tratasse de uma bike Tandem a travar. Outro Keda aos
rebolões atrás. Calhou a sorte ao Faria porque o Nagy estava em cima da bike.
Os joelhos já se viam que levaram coça, e os cromados das ancas, pernas, braços
e etc… & tal tb. De mecânica, só a relevar o arranque do aperto rápido da
roda traseira do Nagy.
Depois de estudar bem o corpo e contar os ossos para ver se
havia algum partido, o Faria decide prosseguir mais alguns km para ver como o
corpo vai reagir.
Uns metros mais a frente o Sidónio dos Floresta Btt junta-se
ao grupo. Em poucos minutos já estávamos a visitar o Santuário de Panoias onde
nos primeiros séculos d.c. se faziam sacrifícios de sangue aos deuses. O Faria
já tinha feito o dele uns km antes.
Ao sair do Santuário encontro o Paulo e o Luís Martins, mais
uns amigos do Btt que vou encontrando nestas duas rodas. O Paulo engrossa o
nosso grupo. Vamos colocando a conversa em dia e relembrar outras cursadas de
bike.
O Faria vai avisando que vai cortar para os 50km, o Paulo já
vinha com essa fisgada. Ainda os tentamos demover dessa ideia e continuar no
grande até aos 50km que depois era só a descer :) . Com duvidas se estava a
massacrar o corpo e arranjar lesões, o Faria não arrisca e vão os dois para a
volta mais pequena.
A morfologia do terreno continuou a ser interessante com
vários tipos de trilhos equilibrados: com subidas, algumas técnicas com pedra,
descidas rápidas alternando com outras recheadas de pedras a ter mais precaução
com zonas rápidas a rolar onde se sentia os km a passar e a média
aumentar.
Ao chegar à Capela de Nosso Senhor dos Aflitos, em Monte dos
Carrujos, Torre do Pinhão vamos apreciando as vistas e carregando o estômago
com barras. O Sidónio vai avisando que trás uma lata de atum para quando
quisermos parar mais tempo e degustar. Do miradouro vê-se a barragem do Rio
Pinhão e alguns BTTistas a passar por cima, dá vontade de pedalar e a lata de
atum fica para mais tarde.
A aproximação à barragem foi rápida bem como o pedalar no
seu espelho de água.
Estavamos agora em Zona Jales, as pernas já se faziam sentir
e os trilhos por onde passávamos alguns eram conhecidos. Em Quintã Jales
paramos para beber uma cola e comer o atum. O café não tinha pão, mas um nativo
fez questão de ir buscar a casa para nós fazermos as sandes. E que delicia :).
Mais 4km e atingiríamos o ponto mais alto do percurso e o
ponto mais a norte da A24 desta rota. A partir daí era em grande parte a descer
até ao fim. Para mim foi a zona mais dura, com boas pendentes e excesso de
vitamina D a entrar diretamente no corpo, deixando-o marcado a branco e
vermelho.
Mais um miradouro, São Bento (de Aguas Santas), este era bem
inclinado e para ver a paisagem era preciso trepar, e TREPAR com a barriga a
tocar no quadro. O atum do Sidónio não lhe deu força. Ficou a encher água e a
descansar com os colegas que fizemos a descida. A vista como era fantástica
tínhamos de a contemplar e flachar demorando algum tempo. Na descida fomos
avisados que ele tinha ido devagar junto com os colegas.
Nagy e PedroS colocaram o ritmo que era possível na altura e
continuaram a romper as pernas. Uns 7km à frente encontramos o Sidónio e os
outros dois colegas parados a comentar que tiveram de descer muito rápido pois
estavam a ser perseguidos por um cavalo disfarçado de cão. Num drop, tal era
aflição, um colega empena a roda da frente ao descer.
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