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Maratona de Tábua, desta vez em modo passeio, sem controlo
de tempos e com partida livre ao estilo NGPS. Inicialmente limitado a 700
inscrições, rapidamente se alargou a 1300 o que obrigou a alteração no
regulamento com partidas faseadas de 6 boxes, alternadas em períodos de 10
minutos.
compacto
Durante a semana Pedro S. propôs três hipóteses de modo a
desfrutarmos dos famosos ST em movimento. A hipótese escolhida foi a terceira,
que tinha um ambicioso plano “estar sempre na frente com os primeiros” na fuga
ao pelotão nos km iniciais, mas já lá vamos.
De Famalicão inscritos 4 kedas Pedro S. Carlos Pereira,
Rocha e Nagy mais o Mário de Braga. À hora marcada (05h15) reuniu-se o grupo
que partiu em direção a Tábua para garantir o melhor lugar para a partida.
Chegada a Tábua pelas 07h15m e rapidamente preparamos as bikes e nos preparamos
para um dia de calor tentando partir o mais leves possível deixando para trás
(inclusive nas obras) todo o peso desnecessário.
ST Moinhos
O arranque deu-se como planeamos e rapidamente nos colocamos
em fuga aproveitando para aquecer antes do primeiro ST. Quem não gostou da
ousadia foram dois indivíduos do sexo canino que tentaram comer o membro extra
que o Rocha tinha descoberto na semana antes em Valença. Chegados ao km 6
tínhamos o(s) primeiro(s) ST - trilho dos moinhos, só para nós, a dúvida era
qual o melhor esquerda ou direita? Pedro S. e Carlos Pereira optaram pela
direita e os restantes embarcaram no carrocel da esquerda numa sequência de
curvas apertadas entre troncos culminando na travessia de uma das famosas
pontes. Tão depressa começou como acabou. Chegados ao fim reunião de grupo para
decidir quem fez a melhor opção, a decisão foi unânime “O meu trilho era melhor
que o teu”.
ST Brian + ST Vale Perdido
Depois de aberto o apetite era tempo de acalmar o ritmo e
desfrutar da festa tentando não perder a oportunidade de “estrear” os restantes
ST, em catadupa o ST Brian e ST Vale Perdido. A festa parecia ainda estar a
acordar, julgando pelo espanto dos “batedores” ou do fotógrafo sonolento
acordado pela poeira que íamos deixando no chão. Depois de mais um ST lá
chegamos ao reforço animado por um rancho folclórico equipado com um sulfatador
de atletas. Repostas as energias lá rumamos em busca dos próximos trilhos com o
Nagy a combater a sonolência carregando violentamente no cranques e a fugir aos
fugitivos.
ST Caparos
Banda Musica
Antes do famoso trilho dos Gaios, finalmente a festa
começava a ser uma realidade. Primeiro fomos brindados pela atuação em plena
mata de uma orquestra com uma versão da criatura da noite. Tocavam muito,
talvez empolgados pelo que consideram ser o melhor público que tinham tido até
então.
Uma hora e meia depois a fuga terminava e eramos alcançados
pelos primeiros atletas que (não se sabe porquê mas desconfia-se) fugiram do
controlo anti doping. Para que não restassem dúvidas que o andamento que
vínhamos mantendo até ali se devia única e exclusivamente aos mais naturais dos
alimentos
(alguns cedidos pelo Jô na sua banca de produtos naturais á base de…
açúcar), paramos voluntariamente no posto de controlo, abdicando de lutar pela
inexistente classificação geral e, quem sabe, por um lugar no pódio dos que
passam ao lado da verdadeira festa que é a maratona de Tábua. Neste posto
estavam destacadas um conjunto de técnicas do centro antidopagem devidamente
credenciadas pela organização. Todos passaram nos exames com distinção com
exceção de um elemento que face ao desempenho que vinha demostrando, sobretudo
nas descidas, teve que realizar uma contra análise que confirmou (mais que uma
vez) que estava limpo.
Depois de tantos elogios a Tábua que fui ouvindo durante as
etapas do NGPS, as altas espectativas estavam confirmadas, mas faltava o trilho
dos gaios, o mais conhecido, o mais… bem, só descendo se percebe a magia deste
ST. Pedro S. foi o primeiro a entrar no trilho (com o excesso de confiança
característico de quem tem uma suspensão “nova” de “última” geração com uns
estonteantes 15mm de curso) e voou baixinho, arrastando atrás de si o Rocha e o
Carlos Pereira que foram passando as pontes, túneis naturais e rios que compõem
o trilho debaixo de aplausos e muitas mãos na cabeça de quem assistia à
passagem dos bttistas. O resultado desta insanidade temporária foi confirmada
no dia seguinte, um dos mais rápidos no trilho.
Depois da extenuante (literalmente) descida dos Gaios
chegamos à separação dos trilhos. Era tempo de fazer um check up à condição de
cada um e decidir ficar por ali ou continuar para os 78km. Todos decidiram
procurar um empeno como deve ser nos km seguintes.
ST Pedra da Sé
O percurso levava-nos agora para um ST com vista para o
Mondego, onde alguém já teria visto canoístas nudistas com os “cabelos” ao
vento. O trânsito nos ST começava a fazer-se sentir à medida que íamos sendo
alcançados por atletas mais apressados. Passado este ST era altura de subir e o
Nagy volta a evidenciar a boa forma em que se encontra e acelera rumo aos 14 de
média.
ST "Mondego"
Depois da subida mais um ST que começava com uma sequência
tipo iô-iô e que rapidamente nos levou de volta à margem do Mondego onde o pneu
da frente do Carlos Pereira opta pelo suicídio, talvez antevendo a recusa de
alguns músculos em continuar a desfrutar da festa. O Rocha logo se prontificou
a ajudar e depois de ceder as desmontas fez o sacrifício de tirar a roupa e ir
procurar remendos no fundo do rio, sem sucesso, apenas peixe e nada de camaras
de ar. Avaria resolvida era altura de continuar o caminho onde 1km acima nos
aguardavam Nagy e Pedro S. Nesta altura os músculos do Carlos começaram a
salivar pelo naco do Tone Moleiro e recusavam pedalar. Decidiu então rumar a
Tábua pela estrada levando com ele o Rocha (Ooooh!!!) que, já de banho tomado
(no Mondego) foi reservar uma mesa para 12.
ST Selva
Faltavam agora 13 km para o trio Nagy, PedroS e Mário. Este
último, depois de ouvir a balada dos empenados no ST da selva, avisa que está
justo de forças. Quem estava com a corda toda eram Nagy e Pedro S. que
encetaram uma saudável competição na procura de mais uns pozinhos na média.
Inicialmente o Mário tentou seguir com o duo, mas a oito km do fim, num súbito
ataque de saudades dos companheiros que tinham seguido por estrada decide abrir
o capô, ligar os 4 piscas e desembraiar até à meta acompanhado pelos dois
fugitivos.
Depois do banho o balanço foi feito à mesa do Toino Moleiro.
Muito bom! Parabéns pelo rescaldo.
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