sábado, 16 de abril de 2016

16-04-2016 GPS EPIC MACEDO DE CAVALEIROS



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Por dificuldade de agenda não participei na etapa do ano passada, mas fiquei à espera da de 2016, e nem que houvesse um dilúvio não ia deixar de participar. Ah! Ah! Ah!
Os Kedas Rocha, PedroS e Nelson mais o amigo Miguel dormiram rápido ou acordaram cedo para se fazer à estrada em direcção a Macedo de Cavaleiros. O relógio marcava 7.20h quando chegamos ao secretariado para levantamento dos dorsais.
Fazer os preparativos para o arranque com a meia hora da praxe de atraso. Como os treinos para o meu lado estão parados e estagnados… decidimos previamente que só íamos fazer os 70km e o Miguel ia para os 95km. Ficávamos à espera que ele nos ultrapassa-se nos últimos kms.
A chuva já tinha feito das suas, levou uma ponte de madeira feita propositadamente para o dia, cortou o percurso em 16km, e assim tivemos que utilizar uma das fugas cedidas pela organização e calcar mais alcatrão.
Tiramos a foto da praxe e arrancamos, o Miguel desviou logo para os 95km e os restantes para 70km.
Nos primeiros km já dava para sentir como seria duro o percurso. Os trilhos estavam carregados de água e lama.

 

O ponto turístico da zona era Albufeira do Azibo, albufeira = a água, muita água e a nossa aproximação à mesma a descer, e ao ver o espelho de água a aproximar-se, encontramos cinco colegas com um problema que passou a ser nosso tb.
Como atravessar uma enxurrada com cerca de 30m? A solução chegou por outro colega que chegou a seguir, com pernas até ao cu (1,85m) lá atravessou. Nós tínhamos duas opções, voltar atrás ou usar as nossas pernas, que tb vão até ao cu e atravessar. Assim fizemos, atravessamos. Já não estávamos secos e,  agora tb não.
A volta à Albufeira do Azibo (não conhecia) foi bem bonita. O tempo como estava tb tinha a sua beleza, uma beleza húmida e o reflexo das nuvens mostravam a sua silhueta no espelho da albufeira, algumas luzernas de luz focavam a vegetação e os charcos.


Chegava ao fim a visita à Albufeira do Azibo e fomos brindados por uma mesada que tinha de tudo, só faltava a noiva, não a deixaram entrar, estava toda suja e deitada no chão à espera que degustássemos aquelas iguarias todas, mas que banquete… só de pensar até fico com água na boca.
A chuva continuava forte, e nós num sobrado em montanha russa de sobe e desce com alguns avistamentos da Albufeira do Azibo, o passeio estava bem distribuído, e a paisagem estava deslumbrante, faltava o sol para ela poder brilhar.


Pelo km 30 depois de fazer uma subida chata e mais que chata com o piso em aglomerado de barro molhado, encharcado, com regos, e mais regos durante uns 6km, sempre a carregar na avozinha e olhar para trás para ter a certeza que não vinha a rebocar ninguém deixava-me a decência pensar que no fim era a descer, mas para descer tb tens de pedalar!??? D”#$% só mais à frente é que a bike começou a ganhar velocidade e largou aquela terra barrenta, uma descida bem interessante na condução da bike monte abaixo.


Continuávamos a pedalar uma grande parte em cima de água, e numa curva não se contava com a profundidade e enfaixamo-nos os três, mas só o Nelson saiu pelo para-brisas da frente da bike, caindo com as mãos no chão, fazendo logo flexões, como num filme serie B dos anos 80, onde o artista treina à chuva numa poça de “transpiração”.
O granizo tb deu a sua graça e descarga, mas voltávamos a estar focados na próxima tenda gastronómica que devia estar próxima, e o Miguel tb.
No ar já se ouvia o cheiro do reforço, e quando chegamos fomos informados que o passeio terminava ali, não havia mais terra a ser calcada. Mais uma vez a chuva obrigou a outro corte, agora era pedalar por estrada até Macedo.
Agora com mais tempo, comer praticamente de faca e garfo e corpo com direito a vinho. O relógio ainda à espera do Miguel e por isso mesmo restava-nos petiscar e saborear cada iguaria.
Na retina do palato ficaram as azeitonas, símbolo máximo de Trás-os- Montes, tão cedo não me vou esquecer desse sabor. Os trilhos foram bons, pena foram os meses de chuva ou anos, já não consigo precisar.

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