sábado, 22 de abril de 2017

22 de Abril 2017 NGPS Vila Real


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A excursão NGPS dirigiu-se para Trás-os-Montes nomeadamente para Vila Real e uma passagem por Jales já trilhada pelos KEDASbike.
Nagy, Faria e PedroS no dia anterior engavetavam as bikes dentro do carro para ver se uma viatura era suficiente para as levar. Com algum contorcionismo de bikes desmontadas às peças grandes, lá se conseguiu fazer o milagre de as fechar dentro sem ir nada de fora.
Arranque marcado para as 6.30h com mais mochilas e restantes indumentárias necessárias para a viagem de btt (carro mais que lotado).
O gps do carro ainda não conhece o túnel do Marão e lá fomos conhecer (outra vês) o alto do Marão pelo IP4. É a vida…
Chegamos e a montagem das bikes foi rápida para o nosso costume. As voltas ao café e aos fetos foram atrasando a preparação do corpo para a bike. Ao 5km já se ouvia uma Keda.


PedroS avisa que é viragem à esquerda e vai abrandando a marcha, (não vá o Rocha vir a rasgar e traçar a meio quem virou) vai saindo do alcatrão para entrar no trilho, e vai ouvindo atrás o som de “chapa” a retorcer junto com gritos de dor e surpresa, acompanhando com o som característico de alguém que vai largando o corpo alcatrão a baixo. A audição leva a visão a percorrer o som e o aspeto é surreal…! duas bikes presas, uma pela roda de trás e a outra pela roda da frente. As duas em pé e um Keda em cima da bike da frente com a outra junta como se tratasse de uma bike Tandem a travar. Outro Keda aos rebolões atrás. Calhou a sorte ao Faria porque o Nagy estava em cima da bike. Os joelhos já se viam que levaram coça, e os cromados das ancas, pernas, braços e etc… & tal tb. De mecânica, só a relevar o arranque do aperto rápido da roda traseira do Nagy.
Depois de estudar bem o corpo e contar os ossos para ver se havia algum partido, o Faria decide prosseguir mais alguns km para ver como o corpo vai reagir.
Uns metros mais a frente o Sidónio dos Floresta Btt junta-se ao grupo. Em poucos minutos já estávamos a visitar o Santuário de Panoias onde nos primeiros séculos d.c. se faziam sacrifícios de sangue aos deuses. O Faria já tinha feito o dele uns km antes.
Ao sair do Santuário encontro o Paulo e o Luís Martins, mais uns amigos do Btt que vou encontrando nestas duas rodas. O Paulo engrossa o nosso grupo. Vamos colocando a conversa em dia e relembrar outras cursadas de bike.


O Faria vai avisando que vai cortar para os 50km, o Paulo já vinha com essa fisgada. Ainda os tentamos demover dessa ideia e continuar no grande até aos 50km que depois era só a descer :) . Com duvidas se estava a massacrar o corpo e arranjar lesões, o Faria não arrisca e vão os dois para a volta mais pequena.


A morfologia do terreno continuou a ser interessante com vários tipos de trilhos equilibrados: com subidas, algumas técnicas com pedra, descidas rápidas alternando com outras recheadas de pedras a ter mais precaução com zonas rápidas a rolar onde se sentia os km a passar e a média aumentar. 
Ao chegar à Capela de Nosso Senhor dos Aflitos, em Monte dos Carrujos, Torre do Pinhão vamos apreciando as vistas e carregando o estômago com barras. O Sidónio vai avisando que trás uma lata de atum para quando quisermos parar mais tempo e degustar. Do miradouro vê-se a barragem do Rio Pinhão e alguns BTTistas a passar por cima, dá vontade de pedalar e a lata de atum fica para mais tarde.
A aproximação à barragem foi rápida bem como o pedalar no seu espelho de água.
Estavamos agora em Zona Jales, as pernas já se faziam sentir e os trilhos por onde passávamos alguns eram conhecidos. Em Quintã Jales paramos para beber uma cola e comer o atum. O café não tinha pão, mas um nativo fez questão de ir buscar a casa para nós fazermos as sandes. E que delicia :).


Mais 4km e atingiríamos o ponto mais alto do percurso e o ponto mais a norte da A24 desta rota. A partir daí era em grande parte a descer até ao fim. Para mim foi a zona mais dura, com boas pendentes e excesso de vitamina D a entrar diretamente no corpo, deixando-o marcado a branco e vermelho.

Mais um miradouro, São Bento (de Aguas Santas), este era bem inclinado e para ver a paisagem era preciso trepar, e TREPAR com a barriga a tocar no quadro. O atum do Sidónio não lhe deu força. Ficou a encher água e a descansar com os colegas que fizemos a descida. A vista como era fantástica tínhamos de a contemplar e flachar demorando algum tempo. Na descida fomos avisados que ele tinha ido devagar junto com os colegas.

Nagy e PedroS colocaram o ritmo que era possível na altura e continuaram a romper as pernas. Uns 7km à frente encontramos o Sidónio e os outros dois colegas parados a comentar que tiveram de descer muito rápido pois estavam a ser perseguidos por um cavalo disfarçado de cão. Num drop, tal era aflição, um colega empena a roda da frente ao descer.
 Continuando pra bingo apanhamos o comboio ciclável até Vila Real.

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