terça-feira, 27 de dezembro de 2022

27 de Dezembro 2022 Miranda do Corvo

 

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Já tínhamos este track para fazer há um ano, com a desculpa de ir tascar ao repasto do Evaristo que ficava lá perto, o que não aconteceu… baaaa.

Rocha, Faria, PedroS e Miguel Martins não havendo o repasto, as Buracas do Casmilo eram o ponto de interesse do dia. Claro que os trilhos e as paisagens inverneiras tb.


O primeiro ponto de interesse foi em Penela, com o seu castelo envolto em nevoeiro protegido das investidas de quem o tentasse conquistar. Dentro das muralhas demos umas voltas para conhecer e retroceder uns séculos, e tentar perceber como se vivia nessa época.

Deixávamos o castelo de Penela e 6km depois… mais um castelo, ou melhor, os restos do castelo de Germanelo. Aqui sem o nevoeiro conseguia-se ver ao longe a paisagem.

Os trilhos em muitas zonas enlameados e escorregadios, onde mesmo os elétricos tinham dificuldade em manter-se em cima da bike. Zonas do percurso sempre encharcadas dificultavam a progressão e os km ficavam lentos. Mas tínhamos mais tempo para apreciar a envolvência por onde trilhávamos.

A “subidinha” do dia apareceu ao km 23 e acabou no km 30. Começou logo a empinar com percentagens de inclinação a atingir os 19%. O piso estava compacto e com boa aderência. As pernas rodavam os cranques freneticamente para manter a bike no trilho certo nas zonas mais inclinadas. A meio da subida a inclinação foi amaciando e a dor de pernas tb, para nos últimos km voltar aos 19%. Agora o trilho estava carregado de pedras soltas e era grande a dificuldade de manter a bike na linha traçada pelo nosso cérebro sedento de oxigénio. Chegando ao topo só via estrelinhas, e só de ouvir a minha respiração ofegante ainda ficava mais cansado…

Depois do baloiço de Soure, entravamos balanceando numa descida onde eu e Rocha nos divertimos bastante monte abaixo, serpenteando o trilho com curvas de 180º num bailado num piso carregado de pedras soltas. Muito fixe a descida.

Chegávamos às Buracas do Casmilo onde o primeiro olhar sobre as buracas provocaram os espasmos nas mãos e estacavam os travões. Do topo do monte víamos aqueles gigantes buracos como um queijo. Fizemos a aproximação devagar com o pescoço a fazer 360º de um lado para outro. O Faria ainda fez uma umas visitas aos buracos, era o mais fresco e com mais bateria. Os outros ficavam a olhar debaixo a poupar energia para o que ainda faltava. 

O percurso continuava a surpreender, muito diversificado em paisagens e tipo de trilhos. Havia ST onde o sol não chegava e parecia que estávamos a pedalar em cima de gelo, com a bike sempre a escorregar e nós a tentar mantermo-nos em cima do touro mecânico. Não estava fácil.

Nos trilhos que não estavam escorregadios, a diversão era total curvas contra curavas, travagens acentuadas nas descidas vertiginosas.

O percurso estava na sua faze final, o Rio Alheda acompanhava-nos atá ao centro de Miranda do Corvo nuns bonitos passadiços a embelezar o excelente percurso 68km com 2000+



sábado, 10 de dezembro de 2022

10 de Dezembro 2022 Passeio Natal/Jantar Kedasbike

 

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No nosso passeio de Natal, levamos as bikes a passear para Póvoa de Lanhoso, Porto de Ave foi o local para a partida.

Carlos Pereira, Joel (ainda sabem o que é uma bike) apareceram para desenferrujar os joelhos e a bike. Rocha, Faria, PedroS e Rui engrossavam a comitiva carral para parecer que somos um grande grupo e não um grupo grande.

A ementa para o dia eram 40km com 1100+ de acumulado. O ritmo era o ritmo de passeio de Natal, até o amortecedor da bike do Carlos Pereira entrar em modo de presente, e dizer que está na altura de trocar de amortecedor. O ar desapareceu na primeira descida ficando a bike em formato shouper o que ia dificultando a pedalada.

O Joel parecia que estava a pedalar em pleno verão, mas com excesso de roupa, parecia uma panela de pressão prestes a explodir de tão vermelho que estava. Os dois com 17km cortaram para a estrada para se prepararem para o nosso jantar de Natal KEDASbikel.

O Rui ficou triste com a desistência do Carlos Pereira e Joel, era ele agora quem vinha na cauda do passeio de Natal a resmungar que não estava em nenhuma prova de xcm.

O track era o da Rota dos Bifes, tem sempre alguma exigência como tb espetacularidade de diversidade de trilhos.

Passamos pelo recinto da capela Nª Sª da Lapa, com um ST logo a seguir a abençoar o resto do percurso.

As horas estavam a andar muito rápido e era dia de Portugal-Marrocos no mundial e queríamos estar presentes para ver o jogo às 15:00h, por isso os cranques tinham de ser fustigados para chegar a tempo.

 O Jantar de Natal foi degustado pelos Kedistas Nagy, Carlos Pereira, Tó, Mendes, Rocha, Faria, PedroS e Joel no restaurante João da Margarida

 


sábado, 12 de novembro de 2022

12 de Novembro 2022 GPS EPIC Monção

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Um carro com três bikes e três riders em direção a Monção para participar no GPS Epic. Rocha, PedroS e Miguel Martins prontos para desfrutar do BTT.
Quando chegamos as caras conhecidas iam aparecendo em catadupa, colocamos os dorsais e arrancamos. 

As primeiras pedaladas levaram-nos para os jardins/passadiços da Fortaleza de Monção, para apreciarmos a beleza circundante com vista para o Rio Minho, passando pelo centro da vila.

Em termos de gráfico de altimetria era subir praticamente até aos 36km e depois descer até aos 70km.

Com zonas já enlameadas as calçadas tornavam-se difíceis de transpor.

A subida do Sistelo para a Branda de Santo António, (já a fizemos a descer) foi acompanhada pelo Cocas outro Kedista que desde o inicio do percurso nos íamos cruzando constantemente.

A e-Bike do Rocha chegava à Branda de Santo António com problemas na centraline, não ligava. O Rocha ficava com um peso nas mãos, ou melhor… nas pernas.

Ainda tentamos que continuasse já que era praticamente a “descer” até ao fim, mas optou por ir por estrada. Fez bem 😅 ainda havia umas pequenas paredes para escalar.

o Miguel estava entusiasmado com a prestação da Specialized Epic em subida, estava a testar/experimentar, faltava ver como se portava em descida.

Deixamos o parque eólico e começamos a descida em alcatrão, já deitava fumo 3,5km de “espiche” dasseeee P#$%” que P€£§@, tanto esforço na subida para descer numa bike de estrada?!!!

Mas a coisa compôs-se, trilhos rápidos, muita pedra, água a correr, lama, e pedras forradas a musgo deram a adrenalina que procuramos no btt, com a bela natureza a mostrar a sua camaleónica diversidade de cores e feitios.

A trepidação era tal que o guiador da epic desapertou, pregando um grande susto ao Miguel que quase se esbandalhava no trilho de pedras forradas a musgo.

Os trilhos continuavam, bastante divertidos que me satisfizeram a mim e à minha bike, vínhamos os dois com um sorriso monte abaixo.

Um Pit STOP para tomar um café de pote, e reforçar o combustível para continuar a ter energia para curtir o que os trilhos estavam a dar.

O Xoio e os amigos de Barcelos no reforço, falavam da dificuldade da descida esverdeada, não gostaram, mas de resto estavam a adorar, como nós.

Nas descidas pensava no Rocha e no que estava a perder, nas subidas pensava no Rocha que se ia F#$%&b tanto que nem era bom…

Acabamos na margem do Rio Minho num bela e agradável ciclovia.

71km com 1800+ de acumulado.

sábado, 1 de outubro de 2022

1 de Outubro 2022 Rota do Beça e Tâmega

 


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Desde o meio de abril que não saía para as grandes voltas de btt fora do meu jardim. As costas tem obrigado a deixar a bike de lado😞.

Falei com o Faria para arranjar um track escape para matar o vicio, para a mesa lancei os 80km com os 2000+ para sentir como as costas se iam aguentar.

Saiu na rifa Ribeira de Pena, como ponto de partida. O Track chamava-se Beça e Tâmega… sugestivo. Água havia de certeza.

Perguntei quantos anos devia ter o track, ele respondeu uns 5 anos. A ver vamos se não vamos ter surpresas.


 Uma manhã bem fresca quando começamos a pedalar, fizemos a descida em direção ao rio Tâmega a usar os travões tal era o frio e a sensação térmica provocado pelo vento.

O track levava-nos em direção ao rio, tipo travessia sem água ou pouca água, ou uma pequena ponte a seguir a um braço de terra. Não, não havia ponte nem barco, havia uma barragem, havia pontes novas, estradas com alcatrão a espelhar de novo. Começava a desconfiar que o track era muito mais antigo.

A travessia foi feita pela ponte mais perto, a opção a nado foi descartada. Apanhamos o track do outro lado do rio e seguimos com algumas subidas interessantes. Os medronheiros com pintas vermelhas chamavam por nós, escolhíamos os mais escurinhos que estavam mais saborosos.

20km feitos mais um problema a resolver, pedalávamos num estradão e o track ia virando à esquerda, não encontrávamos o trilho numa vegetação já densa. A vegetação já tinha comido o trilho. Fizemos uma procura de alternativa no GPS e não havia aparentemente uma solução mais fácil, optámos por fazer parte da vegetação e trilhar um trilho a descer muito apertadinho entre vegetação que já nos cobria.

Quando ficou mais fácil a locomoção entre a vegetação o rio Beça precisava de ser transporto, uma ponte suspensa por cabos de aço com os tabuleiros da ponte em madeira, tinha sido atacado por um incêndio há anos, tudo o que era de metal estava muito enferrujado/podre, uma tentativa de passar por cima estava fora de questão.

Um dos três tinha de descer e ver se se conseguia atravessar o rio em algum lado. A sorte saiu ao Faria. Desceu por uma ravina abaixo e foi desaparecendo.

Como não sabíamos a profundidade do rio e se este tinha corrente e o Faria não sabia nadar YOU, os nossos ouvidos é que iam saber se o rio era atravessável ou não.

Se ouvíssemos um splash sem berros era sinal que o rio era fundo, se ouvíssemos um splash e berros a desaparecer a ficarem cada vez mais baixos, era sinal que o rio tinha corrente forte. Se ouvíssemos o Faria a dizer que friaaaa, era possível a travessia. Aiiii que friaaaaa…

Tiramos as botas e pés a caminho água adentro. Água até ao joelho, escolhemos a travessia por cima de umas pedras que estavam mais à superfície.

Aquecemos logo ao sair do buraco que nos tínhamos metido. Onde há rios há sempre subidas e descidas a pique.

O Castro do Outeiro do Lesenho ficava a meio do percurso e o ponto mais alto tb. Em 2017 já tínhamos estado cá em cima, mas com um tempo merdoso que não dava para ver nada.

Desta vez podemos apreciar a paisagem à vontade.

O percurso e tipo de trilho era dos que rende, não dava para ganhar grande velocidade, nos estradões de pinheiral já dava para subir um pouco a média, mas logo entravamos em curvas e ganchos apertados.

Aos 50km já tínhamos mais de 2/3 do acumulado feito, era praticamente a descer, mas a descer lentamente, a render…

Quando chegamos ao Tâmega atravessamos a mesma ponte da manhã e foi sempre a subir até ao carro. 4km nojentos de alcatrão que até tiraram a fome ao Faria, que só comeu um pires de moelas que deu até ao dia seguinte.

Foram 82km com 2200+

sábado, 15 de janeiro de 2022

15 de Janeiro 2022 Mezio-Sistelo-Mezio

 


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Começamos por um track idealizado pelo Joel Braga que saía de Arcos de Valdevez, colocamos a GR50 partir do Mezio ao nosso serviço, mais uns apêndices para voltarmos ao trilho inicial. Juntamos mais dois tracks do Miguel Martins e nasceu o nosso tack para o dia.

Os dias ainda estavam pequenos e dada a tipologia do terreno, e em conversa com o Miguel para saber se a GR50 do Mezio até perto da Srª da Peneda Gerês era minimamente ciclável. O trilho por nós idealizado nesta altura era mais ou menos impraticável e seria um empeno descomunal com chegada só no dia seguinte ao carro. Mais uns ajustes ao track, usamos a tesoura.


Chegamos de carro às Portas do Mezio e fomos logo cumprimentados por uns latidos de boas vindas, uma cadela com crias queria mimos, mas sobretudo comida que pudesse alimentar os filhotes que deviam estar no ninho quentinhos. Demos-lhe alguma comida e mimos e se ela olhasse bem pelos carros seria compensada 😎

Cem metros de percurso, as dificuldades da GR50 já assustavam, um trilho a descer com muita madeira cortada há algum tempo, com o verde escorregadio em pedras e paus a juntar à dificuldade técnica, o som de queda ecoou aos ouvidos. O Rocha “kedava”, não se aleijou, mas as campainhas ficavam ainda mais despertas com o imprevisto.

Subidinhas curtas e bastante inclinadas que as fazia à mão, nem sequer tínhamos feito quatrocentos metros e as dificuldades da GR50 não abrandavam.

15km de GR50 até à Aldeia de Tibo, foram muito duros, com muita pedra a subir, a rolar e a descer, zonas escorregadias, mas tb muito bonitas. Há partes deste percurso que nem me lembro de nada tal a concentração que tinha que estar para me manter em cima da bike.

Saímos da GR50, até o alcatrão a subir pelas aldeias de Rouças, Gavieira parecia manteiguinha. amos 


A subida em paralelo levava-nos agora até à branda da Junqueira que nos proporcionava umas vistas magnificas sobre o vale e o maciço granítico da Peneda. Quanto mais subíamos mais perto estávamos de voltar ao trilho inicial e mais frio ficava. Os charcos estavam congelados, o vento vinha em forma de facas afiadas provocando um elevado desconforto. Bastava parar para dar uma trinca comestível ou tirar uma foto que o arrefecimento era instantâneo.

Apanhávamos o track inicial e tínhamos mais uns apêndices para fazer Branda de Bosgalinhas e S. Bento do Cando, mas com frio e a quantidade de tracks no GPS, o Rocha já dizia que as baterias o iam deixar mal. Estávamos com 28km, falhamos essas brandas ficando para uma próxima volta nesta zona.

Estávamos a contar que a descida para o Sistelo ia ser interessante, mas essa passou muito ao lado, era um estradão sem grande assunto.

Já com vista para o Sistelo, o Faria quer fazer uma calçada que viu em sonhos, que podia ser uma mais valia para esquecer a descida pelo estradão.

Da Aldeia de Estrica lá apanhamos o comboio da calçada e afundamos descida abaixo a tentar descolar o cérebro do crânio tal a trepidação que sentia.


Pela calçada abaixo ainda acordamos umas vacas que dormiam numa cama de folhas aquecidas pelo sol

Continuamos até ao Rio Vez, e as pedras colocadas umas atrás das outras entregavam-nos na Aldeia do Sistelo.

Uma visita curta à aldeia e voltávamos ao trilho, calçada… outra vez… até aos Passadiços do Vez. Esta zona muito interessante com o percurso a ser feito nos passadiços em madeira com algumas zonas escorregadias e trilhos em ST num sobe e desce constante, mas com uma envolvência na natureza muito bem inserida. Gostei bastante desta zona (a voltar). A companhia do límpido Rio Vez e outono com sol.

Da Aldeia de Cabreiro, km 53, subir até aos 61km em alcatrão, juntar mais 6km em trilho carregando 800+ de acumulado, com as pernas a latejar ao tempo.

A paisagem pintada com o sol morno, ia acariciando a vegetação, com outras a serem só refletidas em sombra. Duas horas a mexer as pernas e os olhos nesta subida.

A bike do Rocha nas zonas mais inclinadas já não dava apoio elétrico, e fez algumas centenas de metros ao lado.

Acabamos a descer, o que sabe realmente bem, descemos em direção às Lagoas da Travanca com uma quantidade de caminheiros no trilho. Aproveitamos para fazer um Slalom gigante entre caminheiros.

As árvores nesta zona estavam vestidas de Natal com luzes em volta do tronco.

Chegamos ao carro e lá estava a cadela com os seus filhotes, comeram um belo lanche.

Foi um passeio demasiado duro, não me lembro de muita coisa, quando o empeno é grande só conseguimos ver a roda da frente e o chão. A ver vamos quando voltarmos, mas espero, com melhor forma. Foram 72km com 2500+ e muita pedra.


domingo, 9 de janeiro de 2022

9 de Janeiro 2022 Passeio de Reis KEDASbike

 

O nosso passeio de Reis realiza-se no primeiro domingo a seguir ao dia de Reis

Este passeio foi assim um pouco como uma família muito pequena, tão pequena, que uma fatia de Bolo Rei e um cálice de Vinho do Porto chegava. Mas não… nós somos os KEDASbike e mesmo sendo poucos as doses têm que ser de festa.

Com as idades a avançar, o reumatismo, a miopia, o covid, a falta de vontade, as bikes avariadas, a chuva, etc & tal, só quatro Kedas é que apareceram.

O Nosso patrocinador Pastelaria Xilas forneceu bolo Rei. O Rocha e o Rui patrocinavam o Vinho do Porto. Pedro Faria e PedroS carregavam o Bolo Rei. 😋

Pelas 8.30h estávamos os quatro na pastelaria Xilas, embrulhamos bem o Bolo Rei para não apanhar chuva e zarpamos para o monte à procura de uma trégua da chuva ou encontrar uma gruta ou um pontão para não molhar o lanche.

Aterramos no Penedo das Letras e enfaixamo-nos na “gruta”, descarregamos o Bolo Rei e o Vinho do Porto… ½… litro… F”#$%&… o que é isto tanta chuva e só há ½ litro de Porto, a troica apareceu aos KEDASbike, já faltam bttistas agora tb falta Vinho do Porto. O Bolo Rei o Faria ainda levou para casa, agora um gajo habituado a beber ½ litro por cabeça… este mundo está perdido, todos a cortar nas despesas como há de um grupo de bikes sobreviver e andar prá frente se cortam no Vinho do Porto? Hummmm?😡😡😡

Depois de uma grande manifestação em cima do Penedo das Letras, fomos beber o que nos era prometido, passamos na casa do Rui e Rocha para beber o que faltava até ao ½ litro por pessoa...