sábado, 15 de janeiro de 2022

15 de Janeiro 2022 Mezio-Sistelo-Mezio

 


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Começamos por um track idealizado pelo Joel Braga que saía de Arcos de Valdevez, colocamos a GR50 partir do Mezio ao nosso serviço, mais uns apêndices para voltarmos ao trilho inicial. Juntamos mais dois tracks do Miguel Martins e nasceu o nosso tack para o dia.

Os dias ainda estavam pequenos e dada a tipologia do terreno, e em conversa com o Miguel para saber se a GR50 do Mezio até perto da Srª da Peneda Gerês era minimamente ciclável. O trilho por nós idealizado nesta altura era mais ou menos impraticável e seria um empeno descomunal com chegada só no dia seguinte ao carro. Mais uns ajustes ao track, usamos a tesoura.


Chegamos de carro às Portas do Mezio e fomos logo cumprimentados por uns latidos de boas vindas, uma cadela com crias queria mimos, mas sobretudo comida que pudesse alimentar os filhotes que deviam estar no ninho quentinhos. Demos-lhe alguma comida e mimos e se ela olhasse bem pelos carros seria compensada 😎

Cem metros de percurso, as dificuldades da GR50 já assustavam, um trilho a descer com muita madeira cortada há algum tempo, com o verde escorregadio em pedras e paus a juntar à dificuldade técnica, o som de queda ecoou aos ouvidos. O Rocha “kedava”, não se aleijou, mas as campainhas ficavam ainda mais despertas com o imprevisto.

Subidinhas curtas e bastante inclinadas que as fazia à mão, nem sequer tínhamos feito quatrocentos metros e as dificuldades da GR50 não abrandavam.

15km de GR50 até à Aldeia de Tibo, foram muito duros, com muita pedra a subir, a rolar e a descer, zonas escorregadias, mas tb muito bonitas. Há partes deste percurso que nem me lembro de nada tal a concentração que tinha que estar para me manter em cima da bike.

Saímos da GR50, até o alcatrão a subir pelas aldeias de Rouças, Gavieira parecia manteiguinha. amos 


A subida em paralelo levava-nos agora até à branda da Junqueira que nos proporcionava umas vistas magnificas sobre o vale e o maciço granítico da Peneda. Quanto mais subíamos mais perto estávamos de voltar ao trilho inicial e mais frio ficava. Os charcos estavam congelados, o vento vinha em forma de facas afiadas provocando um elevado desconforto. Bastava parar para dar uma trinca comestível ou tirar uma foto que o arrefecimento era instantâneo.

Apanhávamos o track inicial e tínhamos mais uns apêndices para fazer Branda de Bosgalinhas e S. Bento do Cando, mas com frio e a quantidade de tracks no GPS, o Rocha já dizia que as baterias o iam deixar mal. Estávamos com 28km, falhamos essas brandas ficando para uma próxima volta nesta zona.

Estávamos a contar que a descida para o Sistelo ia ser interessante, mas essa passou muito ao lado, era um estradão sem grande assunto.

Já com vista para o Sistelo, o Faria quer fazer uma calçada que viu em sonhos, que podia ser uma mais valia para esquecer a descida pelo estradão.

Da Aldeia de Estrica lá apanhamos o comboio da calçada e afundamos descida abaixo a tentar descolar o cérebro do crânio tal a trepidação que sentia.


Pela calçada abaixo ainda acordamos umas vacas que dormiam numa cama de folhas aquecidas pelo sol

Continuamos até ao Rio Vez, e as pedras colocadas umas atrás das outras entregavam-nos na Aldeia do Sistelo.

Uma visita curta à aldeia e voltávamos ao trilho, calçada… outra vez… até aos Passadiços do Vez. Esta zona muito interessante com o percurso a ser feito nos passadiços em madeira com algumas zonas escorregadias e trilhos em ST num sobe e desce constante, mas com uma envolvência na natureza muito bem inserida. Gostei bastante desta zona (a voltar). A companhia do límpido Rio Vez e outono com sol.

Da Aldeia de Cabreiro, km 53, subir até aos 61km em alcatrão, juntar mais 6km em trilho carregando 800+ de acumulado, com as pernas a latejar ao tempo.

A paisagem pintada com o sol morno, ia acariciando a vegetação, com outras a serem só refletidas em sombra. Duas horas a mexer as pernas e os olhos nesta subida.

A bike do Rocha nas zonas mais inclinadas já não dava apoio elétrico, e fez algumas centenas de metros ao lado.

Acabamos a descer, o que sabe realmente bem, descemos em direção às Lagoas da Travanca com uma quantidade de caminheiros no trilho. Aproveitamos para fazer um Slalom gigante entre caminheiros.

As árvores nesta zona estavam vestidas de Natal com luzes em volta do tronco.

Chegamos ao carro e lá estava a cadela com os seus filhotes, comeram um belo lanche.

Foi um passeio demasiado duro, não me lembro de muita coisa, quando o empeno é grande só conseguimos ver a roda da frente e o chão. A ver vamos quando voltarmos, mas espero, com melhor forma. Foram 72km com 2500+ e muita pedra.


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