sábado, 8 de fevereiro de 2020

8 de Fevereiro 2020 NGPS Mondim de Basto

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No NGPS de Mondim de Basto estava à espera de trilhos maioritariamente em montanha, com pouca civilização.
Os Kedistas que participaram foram o Rocha, PedroS e Joel.
O Rocha e Joel iam na versão elétrica, com o Joel a fazer o seu primeiro test drive numa elétrica. O PedroS ia na sua analógica de 120mm de curso.
Nos primeiros km, o Joel era só sorrisos, parecia o rei sol. “Olha como sobe bem, e a descer não se porta nada mal, só o tamanho é que deveria ser maior”. Eu, lá ia tentando não os pôr a secar durante muito tempo nas subidas.


Nos primeiros km, o entusiasmo dos elétricos era absolutamente uma falta de ar para mim, tinha que manter o meu ritmo e não deixar que as baterias me eludissem.
O Rocha logo nos km iniciais começava a ter problemas no drop out e desviador, uns apertos para lá uns para cá, um alavancamento de desviador, uns pontapés e um praguejar deixavam a bike dele mais ou menos para continuar a rolar.
As levadas, foram uma bela surpresa.  Fala-se muito das levadas da Ilha da Madeira e Açores, mas estas não ficavam atrás em nada.
Era uma levada que ladeava o rio Cabril, que se encontrava no nosso lado direito. O trilho da levada em algumas zonas tinha desparecido obrigando-nos a mudar de margam da levada para podermos continuar. A paisagem estava deslumbrante, com um misto de outono passado com um inicio de primavera precoce. Os km não estavam a fluir, mas estavam do nosso agrado.
Um trilho/estradão a recortar a montanha, fazia os km passar mais depressa e já estávamos com vista sobre as Fisgas do Ermelo.


A subida ranhosa do dia ficava no acesso às Fisgas, com um início em pedra solta e alcatrão desgastado, isto claro sempre a subir, tb já o fiz a descer e não me queixei 😁😁. No topo um planalto de cores com previsões e ameaças de chuva numa paleta de pincéis aturdidos de tela. Os torrados do sol com as nuvens da mesma tonalidade, deixavam-nos uma opiácea visual.
Passávamos o meeiro do percurso, as e-bikes mantinham-se com perspetivas de terem bateria até ao termo da meta.
As pernas sofriam mais um pouco antes do café/reforço estabelecido pela organização, uma “subidinha” técnica onde a respiração quase que desaparecia tal as vezes por segundo que tentava inalar o máximo de oxigénio possível.
No café/reforço deixei as baterias a carregar com sandes de carne e cerveja e continuei o meu percurso. Para trás ficava um trilho entre campos e muita lama com muita pilotagem de bike.


Os percursos grande, e pequeno, cruzavam-se muitas vezes. À saída do café/reforço em descida com a quantidade de bikes no trilho, deixavam o terreno praticamente numa papa, com pedras/penedos escorregadios cobertos de lama. Não foram poucas as vezes que tive de usar todo o conhecimento com uma pitada de sorte para me manter em cima da bike.
Mais uma separação, este para encher chouriços, calcar alcatrão só porque sim… não entendo.
Deixávamos o percurso pequeno para fazer uns km em alcatrão, com poucos trilhos de assinalável preponderância, a não ser um que há uns anos atrás o fazia a subir, o calvário, (agora a descer) me levava a um dos sofrimentos bttistas de superação, até os meus ossos suavam.
A elétrica do Joel parecia um dos brinquedos baratos que se compra nos chineses, fazia um chinfrim… com avisadores eletrónicos sonoros a resmungarem com ele sobre o aproximar do fim da mama da bateria. O GPS para não ficar o único calado tb começa a fazer chinfrim.
Em 10km derreteu a outra metade da bateria, claro… nas subidas parecia que ia de mota. Pensava ele na forma, formidável, frenética, que pedalava, os outros a ficarem para trás. A do Rocha para o Joel não ficar mal tb começa a ter mais problemas no desviador. Não conseguimos resolver e com mais de 50km os dois apontavam para o alcatrão até chegar a Mondim.
Continuava eu a carregar nos cranques da analógica para chegar ao fim. Como companhia ia tendo o grupo do António (assíduo do NGPS), e o Zé dos ACDAR btt. Saltando de uns grupos para outros.
Uns km rápidos com a ajuda da gravidade faziam o conta km andar mais rápido.
Tivemos direito a atravessar o rio em cima de poldras, para fazermos mais umas belas levadas ou a continuação das mesmas, mas agora em sentido inverso.
Já com os percursos em comum e perto do final, encontro o Carlos, outro companheiro de bike que não via há muito.
Já se via bttistas como os outros kedistas a fazer alcatrão e a cortar na dureza. Para trás sem a companhia inicial ainda se fizeram muitos bons trilhos, com tudo que gostamos.
Podia ter sido melhor na minha opinião, mas as espectativas não foram dececionadas.