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No NGPS de Mondim de Basto estava à
espera de trilhos maioritariamente em montanha, com pouca civilização.
Os Kedistas que participaram foram
o Rocha, PedroS e Joel.
O Rocha e Joel iam na versão
elétrica, com o Joel a fazer o seu primeiro test drive numa elétrica. O PedroS
ia na sua analógica de 120mm de curso.
Nos primeiros km, o Joel era só
sorrisos, parecia o rei sol. “Olha como sobe bem, e a descer não se porta nada
mal, só o tamanho é que deveria ser maior”. Eu, lá ia tentando não os pôr a
secar durante muito tempo nas subidas.
Nos primeiros km, o entusiasmo dos
elétricos era absolutamente uma falta de ar para mim, tinha que manter o meu
ritmo e não deixar que as baterias me eludissem.
O Rocha logo nos km iniciais
começava a ter problemas no drop out e desviador, uns apertos para lá uns para
cá, um alavancamento de desviador, uns pontapés e um praguejar deixavam a bike
dele mais ou menos para continuar a rolar.
As levadas, foram uma bela
surpresa. Fala-se muito das levadas da
Ilha da Madeira e Açores, mas estas não ficavam atrás em nada.
Era uma levada que ladeava o rio
Cabril, que se encontrava no nosso lado direito. O trilho da levada em algumas
zonas tinha desparecido obrigando-nos a mudar de margam da levada para podermos
continuar. A paisagem estava deslumbrante, com um misto de outono passado com
um inicio de primavera precoce. Os km não estavam a fluir, mas estavam do nosso
agrado.
Um trilho/estradão a recortar a
montanha, fazia os km passar mais depressa e já estávamos com vista sobre as Fisgas
do Ermelo.
A subida ranhosa do dia ficava no
acesso às Fisgas, com um início em pedra solta e alcatrão desgastado, isto
claro sempre a subir, tb já o fiz a descer e não me queixei 😁😁. No topo um
planalto de cores com previsões e ameaças de chuva numa paleta de pincéis
aturdidos de tela. Os torrados do sol com as nuvens da mesma tonalidade,
deixavam-nos uma opiácea visual.
Passávamos o meeiro do percurso, as
e-bikes mantinham-se com perspetivas de terem bateria até ao termo da meta.
As pernas sofriam mais um pouco
antes do café/reforço estabelecido pela organização, uma “subidinha” técnica
onde a respiração quase que desaparecia tal as vezes por segundo que tentava
inalar o máximo de oxigénio possível.
No café/reforço deixei as baterias
a carregar com sandes de carne e cerveja e continuei o meu percurso. Para trás
ficava um trilho entre campos e muita lama com muita pilotagem de bike.
Os percursos grande, e pequeno,
cruzavam-se muitas vezes. À saída do café/reforço em descida com a quantidade
de bikes no trilho, deixavam o terreno praticamente numa papa, com
pedras/penedos escorregadios cobertos de lama. Não foram poucas as vezes que
tive de usar todo o conhecimento com uma pitada de sorte para me manter em cima
da bike.
Mais uma separação, este para
encher chouriços, calcar alcatrão só porque sim… não entendo.
Deixávamos o percurso pequeno para
fazer uns km em alcatrão, com poucos trilhos de assinalável preponderância, a
não ser um que há uns anos atrás o fazia a subir, o calvário, (agora a descer)
me levava a um dos sofrimentos bttistas de superação, até os meus ossos suavam.
A elétrica do Joel parecia um dos
brinquedos baratos que se compra nos chineses, fazia um chinfrim… com
avisadores eletrónicos sonoros a resmungarem com ele sobre o aproximar do fim
da mama da bateria. O GPS para não ficar o único calado tb começa a fazer
chinfrim.
Em 10km derreteu a outra metade da
bateria, claro… nas subidas parecia que ia de mota. Pensava ele na forma,
formidável, frenética, que pedalava, os outros a ficarem para trás. A do Rocha
para o Joel não ficar mal tb começa a ter mais problemas no desviador. Não
conseguimos resolver e com mais de 50km os dois apontavam para o alcatrão até
chegar a Mondim.
Continuava eu a carregar nos
cranques da analógica para chegar ao fim. Como companhia ia tendo o grupo do
António (assíduo do NGPS), e o Zé dos ACDAR btt. Saltando de uns grupos para
outros.
Uns km rápidos com a ajuda da
gravidade faziam o conta km andar mais rápido.
Tivemos direito a atravessar o rio
em cima de poldras, para fazermos mais umas belas levadas ou a continuação das
mesmas, mas agora em sentido inverso.
Já com os percursos em comum e perto
do final, encontro o Carlos, outro companheiro de bike que não via há muito.
Já se via bttistas como os outros
kedistas a fazer alcatrão e a cortar na dureza. Para trás sem a companhia
inicial ainda se fizeram muitos bons trilhos, com tudo que gostamos.
Podia ter sido melhor na minha
opinião, mas as espectativas não foram dececionadas.
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