sábado, 4 de março de 2017

4 de Março 2017 NGPS Vieira do Minho (Trilho dos Sentidos)



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Pedro Faria e PedroS foram os KEDASbike que foram à aventura destes trilhos.
A semana chuvosa que antecipou o NGPS com a quantidade de neve que caiu nas serras em Vieira do Minho não deixava muitas expetativas a ter companhia do nosso grupo, mas o Faria de ”bike e cal” permaneceu no comboio para a Serra da Cabreira.
Levantamos os dorsais pelas 7.40h e ouvíamos as últimas indicações da organização, o Mário juntava-se ao grupo e arrancamos com vista para os montes brancos carregados de neve.


Avançamos no estradão da Cabreira até ao alto do Miradouro da Serradela, um bom aquecimento para depois apreciar a bela paisagem onde os olhos conseguiam expandir o seu longo alcance. A partir deste topo começou a aventura na Cabreira, com a precipitação de neve e a que já estava acumulada nos trilhos deixava antever que ias levar uma valente coça quando atingisses mais altitude. A experiencia no ano passado em Montalegre com neve já tinha avisado o corpo para a tareia que ia levar.
O trilho ensopado e já calcado por outros colegas ia deixando algumas zonas já bem enlameadas. Mais à frente algumas pedras pintadas de verde musgo, parecia musgo… mas não sei se sabia a musgo, porque lá me fui equilibrando e em dúvida desmontei.


                               

Os km 12 a 22 eram bastante técnicos e os erros de navegação iam aparecendo, ou olhas para o GPS ou para onde vais mandar a roda da bike, a descer era quase certo o engano. Mas estes km foram sem dúvida os mais bonitos. As pedras da calçada sempre forradas a verde nas extremidades, fechadas por montículos de pedras muradas obrigando sempre à máxima atenção para a bike não escorregar, ouvindo o som da água sempre a correr... Ao longe a janela para a Serra do Gerês completamente branca. Esta cor branca de neve não me estava a deixar satisfeito e só esperava que fossem mais colegas à frente para fazer de limpa neves, quando já apontasse-mos para o Talefe.


Ao chegar perto da minas da Borralha tivemos a companhia do Miguel Martins e do Vasco, engrossava assim o grupo para 5. A média estava estonteante nos 7,8km/h! Passamos por Salto num abrir e fechar de olhos para voltar a subir em direção aos trilhos brancos.


Depois de um género de desporto que vínhamos a fazer, este foi batizado de “PUTATLO” mas quando o branco começa a sobressair, e as bikes limpa neves que iam à frente não fizeram o trabalho que eu tinha idealizado, era quase neve virgem em alguns lados, um grupo que encontro em quase todos os NGPS ia se deliciando com os bonecos de neve e o atira a neve, não vi os anjos… mas neve… a neve que já fazia doer os olhos. (e o resto)
Ainda não falei dos pés… com a quantidade de água que levaram e depois com a quantidade de neve que calcaram, já nem sabia como seria o aspeto deles quando os visse descalços. Havia longos períodos de tempo sem os sentir. O próprio pedal congelava nem deixava o cleat encaixar.
Um TEA BREAK, o Miguel trazia uma termos de chá quente, que prazer dava cheirar a infusão e sentir o calor do chá aquecer a ponta do nariz para o sentir aquecer o estomago, (precisava que o estomago fosse até aos pés) retemperamos as forças e arrancamos para o Talefe. Os “Jeeps” já iam limpando o estradão para conseguirmos chegar ao topo, com o vento ainda a arrefecer mais o corpo.



 Chegamos ao topo e a organização convidava-nos a descer pela alternativa, estradão !!! Tanto sacrifício e estradão?!!! Enquanto atestávamos as últimas provisões íamos decidindo o que fazer. Aqui o grupo estava dividido com uns a escolher a alternativa outros a escolherem a parte mais hard, outros por não sentirem as mãos e os pés (o que faz muita diferença quando é necessário travar). Os mais malucos ganharam e fomos testar a mais difícil. Quando saímos do estradão e entramos no trilho, a vontade era ir embora pelo outro lado, a quantidade de neve era das mais altas e a vegetação não ajudava em nada. Fomos em frente até voltarmos a outro estradão e aí o Mário decidiu descer pela alternativa, os restantes foram pela que estava marcada, mais 500m e a neve desapareceu e a descida foi feita a belo prazer.
O facto de não sentir os pés, ainda metralhava na cabeça e foi um alívio quando cheguei ao banho, estavam lá os dois com cinco dedos cada um .
Mais um belo empeno com belas paisagens

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