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Estava eu a
preparar as coisas para no dia seguinte ir até Joane participar nos Trilhos
Penosos, toca o telemóvel, e quem é… diz a voz do outro lado “sou eu, amanhã é
para andar?”. Pensei: este gajo não estava morto, já nem me lembrava da cara
dele, um peregrino há muito morto voltou para assombrar os terrestres…
Tomei
coragem e continuei a conversar… “eu e o Tó vamos a Joane, o resto do pessoal
vai andar para Brufe que vai ser mais leve (estava eu a empurrar a assombração
para os outros) é que em Joane vão ser 36km com 1100m de acumulado”.
Diz-me ele…
“não, eu vou convosco” Pergunto eu… mas tu não morreste? Tens a certeza que
vais aparecer, ou vais fazer como da ultima vez? Liga-me de manhã, estou acordado
a partir das 7.30h.
Toca o
despertador, levanto-me, preparo tudo e fico à espera do Tó, que como sempre
tem uns atrasos.
Arrancamos
lá para as 8.20h, e contava eu o telefonema da véspera ao Tó, quando o
telemóvel toca… e quem é… claro o Sr. César (assombração) a dizer que estava a
sair em direcção a Joane e que ligava quando lá chegasse. Mas morreste ou não?
Passados uns
20 minutos depois de chegarmos, o César liga a dizer que já está no
estacionamento e que não vai, porque vai ser duro e não está para chegar às
duas horas a casa.
Fui
ter com ele… e não é que está lá outro morto, o Vitor primo, deve ser de
família, mais um adolescente fora do grupo.
“Vamos ter
com o resto do pessoal a Brufe, dá-me o nº do telemóvel do Mendes para irmos
ter com eles”, diz o César. E lá foram.
Mais tarde
soube que também não apareceram… começo a desconfiar que sonhei…
Entrando no
recinto dos Trilhos Penosos fiquei admirado com a organização a oferecer
pequeno almoço para quem quisesse, de babar.
Após
uns sorteios de material de BTT e uma bike, deu-se o tiro de partida, ia ver
como estava depois de três semanas de boa vida a comer e beber e de barriga
para o sol. Os kilos já se sentiam em cima da bike e as pernas não tinham muita
vontade de pedalar.
No
inicio o meu corpo não reage muito bem, precisa de aquecer e eu lá me fiei
nisso, mas já desconfiava que ia levar um bom empeno.
Os Trilhos
Penosos devem-se chamar assim talvez por não ter zonas planas, ou sobe ou
desce. Descer estava mais para a minha vontade e deu para voar em algumas
descidas vertiginosas, com a adrenalina sempre a subir e cortada logo que
aparecia uma subida.
Já há algum
tempo que não fazia uma subida com a bike à mão… lá teve que ser que não dava
mais, foram duas ou três a acompanhar a bike ao lado.
A meio do
percurso tivemos um bom reforço e com variedade de frutas, sandes, marmelada,
barras, etc…
Continuamos
no rompe pernas até ter um furo já perto da meta. Não trocamos de câmara a ver
se aguentava até à meta e o líquido anti-furo fizesse o seu trabalho, o que não
aconteceu, enchemos mais três a quatro vezes até à meta e fomos ultrapassados
por quem não queríamos. Snif! Snif! Snif!.
Claro está
que os Kedas com K grande foram a Joane e os kedas com k pequeno foram para
Brufe….
Relato de Brufe por Mendes
Domingo 11
de Setembro ao toque de alvorada as 8.15 todos os bravos do Plutão lá estavam (Locas, Ripe, Mendes ,Sheik, Joel e o Ricardo) apenas faltaram dois desertores
ou mercenários, o Paulo Bento que decida como devem ser tratados, sem contar
com o César que tinha tanta vontade em andar de bike , que foi ter a Joane.
Partimos com
destino a Balasar, para um passeio a convite do SR. Domingos da associação
cultural de Brufe, e com o locas a grande velocidade, não vá as bifanas e o
vinho acabar, embora todos nós soubéssemos que as bifanas e o vinho eram só
para fim do passeio ,agora já perceberam porque razão o locas apareceu! Eis que
lá nos juntamos ao resto do pessoal rumo a sempre fatigante ciclovia, chegados
a cavalões os nossos colegas de brufe resolvem fazer meia volta, grande
problema, as camisolas ainda não estavam suadas, 9.30 horas, já vamos para
Famalicão? Não, após breve conferencia com os kedas decidimos seguir em frente
porque era necessário suar a camisola , enquanto o resto do pessoal foi para
trás, mas o Sr. Domingos ficou incumbido reservar as bifanas para quando
terminássemos a nossa volta.
Partindo então para a nossa volta, começou o Joel pôr a bicla de pernas
para o ar, ou saltava a corrente ou as velocidades não entravam ou a roda de
trás tinha folga, camionista do carvalho ainda não sabes que tua bicla é
talhada para a ciclovia e para a marginal de vila do conde? E não te esqueças
que as velocidades de trás se afinam do teu lado direito. Até para se ser
bicicleta é preciso ter sorte.
Por volta
das 11.00 chegamos as bifanas servidas com Sumol. Enganaram o locas, bifanas
com Sumol e agua? Sim.
Está aqui um
bom exemplo, quem disse que o Sumol não motiva o locas?
Cumprimentos
Rui Mendes
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