Em 2015 tb estive presente na edição de Albergaria, com um
traçado diferente deste último. Esperava algo diferente e que os estradões
fossem em menor nº de km.
Nagy e PedroS foram os Kedas que participaram na edição
2018, e os primeiros a calcar os trilhos do dia. Entre o tira e veste
impermeável consoante a precipitação. O tempo com aviso laranja e a quantidade
de dias chuvosos que antecederam o passeio deixaram os trilhos bem pesados.
À primeira placa de
perigo pelo km 3\4 o Nagy vai ao tapete numa zona bem escorregadia onde o verde
amarrado à rocha polida era o predominante. A roda da frente escorrega e ele
não consegue segurar a bike. O lado esquerdo do corpo foi bem amassado e
raspado dando cabo do cromado da cara, ombro e coxa, do lado direito empenou o
polegar, mas continuou até ao fim.
Até chegar à junção dos dois percursos foram cerca de 30km,
onde o pedalar em diferentes tipos de trilhos não deixava o entusiasmo
abrandar. Pedalar ao lado do Rio Vouga a ver a massa de água que carregava, um
belo espetáculo.
Só cerca de 10 bttistas tinham passado por nós até à junção
do percurso, o que não é nada habitual, nós não fugimos da nossa média de 10kh
:). As indicações eram que poucos se aventuraram no percurso grande.
Os trilhos com a passagem do percurso mais curto deixavam-no
com muito mais peso no cranques, e os rebites do meu joelho começavam a ceder,
deixando uma folga bem larga.
Uma descida repetida de 2015, em estradão, com inclinação
bem acentuada com avisos à navegação no trilho para não soltar muito a burra,
não vá ela fugir….
Chegávamos às Minas do Braçal, um dos postais do percurso, e
uma das cenouras que me levou outra vez a Albergaria, para ver a quantidade de
água que devia estar a passar nas cascatas e a sua projeção, neste ponto tb não
saiu defraudado.
Logo de seguida a outra cenoura, cascata da Cabreira estava
imponente, sem dúvida o melhor postal do dia, tudo o que a rodeia é digno de
uma avaliação ocular pormenorizada, lá tb o culto a Iemanjá estava presente, ou
alguém se esqueceu de uma bela cesta carregada de fruta, ou estava eu a delirar
já embebido de tanta água por todos os lados, e não, não era uma península mas
sim uma ilha.
Depois era o estradão a subir, a rolar, a descer repetindo o
sono constante que o trilho nos ia amassando o cérebro, mais umas subidas em
alcatrão para ajudar à festa. Um colega o Manuel Silva juntava-se ao grupo e a
sensação era a mesma.
Umas vistas do trilho ao Rio Caima iam atenuando o bocejo.
Mais à frente a maluqueira do dia, uma rampa, uma escalada,
o C#”$%... nem sei bem o que era, só sei que subia, sei eu e os meus gémeos ,
uns com as bikes às costas, outos a arrastar a bike como podiam ou conseguiam.
No topo, o grupo do Couto e Gaspar iam-se deliciando a ver-nos a trepar já com
o ritmo cardíaco normalizado :).
Ao chegar ao centro de Albergaria, uma nuvem negra foi
espremida pelo vento que se vinha a sentir nos últimos km. Desabou sobre nós,
em forma de granizo, e abundancia pluviosidade, juntando-se ao vento formou uma
cortina que nem se conseguia ver a estrada, fomos bem fustigados e abanados
sempre a olhar para baixo para nos protegermos do granizo na cara.
No fim o pastel da pastelaria Framboesa para adocicar o
palato.
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