sábado, 4 de maio de 2019

4 de Maio 2019 NGPS Ponte de Lima


Depois de ver o acumulado e km para o NGPS de Ponte de Lima, dava para tentar comer o sarrabulho na Cindinha antes da cozinha fechar. Mas hoje era dia de degustação da carne minhota e teríamos que optar.
Fomos dos primeiros a arrancar, PedroS e o Rocha (elétrico). Com Ponte de Lima ainda a acordar fazíamos os primeiros kms na margem do Rio Lima, passando pelo parque de Bertiandos com arrepios de frio, o sol quase que não consegue entrar na densa vegetação para sentir o calor da manhã.


Tinha-mos a esperança que as brasas pelo km 7 já tivessem com alguma gordura caída da carne suculenta (imaginava eu), já sentia um espaço na barriga.
No meio do campo, um acampamento, com vacas na pastorícia, e um pequeno e ténue tubo de fumo via-nos chegar. As pessoas que lá estavam abanavam ferozmente as mãos a chamarem-nos com medo que não entrássemos na festa da carne.
Alguns bttistas já tinham passado e não tinham parado, outros que vinham atrás de nós tb seguiram em frente, nós os dois provamos e comemos por eles. O Rocha (elétrico) não resistiu à pergunta se tb queríamos vinho, eu fui atrás, mas bebi menos (eu não estava em modo elétrico) e a carne deixou logo vincado que o sarrabulho ia ficar para outro dia.
Em direção à Serra de Arga/Santa Justa o Rocha (elétrico), ia dizendo: “que ia a falar sozinho, olhava para trás e já não me via, nem sequer estou a suar, hoje não estás a andar nada, se tu não viesses já tinha chegado ao topo, etc & tal…” e eu… que remédio… ia apreciando a paisagem… com a língua de fora.
Subida em estradão com boas vistas, quando chegamos ao topo, descer a pedalar bem prá média em estradão. Entramos no Bike Park de Ponte de Lima e ainda deu a ideia que o track seguisse por um dos diversos trilhos que íamos admirando de cima do estradão.
A roulotte esperava-nos com porco a rodar no espeto, ainda era cedo para comer, e não tínhamos fome. Paramos para conversar com o pessoal que lá estava e arrancamos.


Começava o serrote nas pernas, dos 25km aos 55km foi sempre a cortar nelas.
Se a média estava alta para o nosso costume, os estradões ajudaram bastante a comer kms, os verdadeiros trilhos e dificuldades começaram pelo km 40. O calor tb estava numa boa média.
O Rocha (elétrico) nas subidas desaparecia, deixando um rasto de pó, estava numa forma invejável. E eu a sentir as pernas mais pesadas, a paisagem atenuava as dores e a ver outros colegas no começo da subida ficava mais leve, eles ainda tinham de trepar até onde eu já tinha chegado.
Chegava ao ponto mais alto do percurso. O Rocha (elétrico) não estava lá, esperava que não tivesse escolhido o trilho errado. Parei, descansei enquanto via as vistas e carregava alguns alimentos para o estômago.
Com poucos metros de descida encontrava o Rocha à sombra com medo que a energia não desse para o final, a sorte dele é que levei baterias suplentes para a GoPro e para o GPS e o acumulado estava a ficar preenchido.
Uma boa descida em trialeira até desaguarmos no estradão que nos levava até à aldeia da Vacariça. Para depois voltar a subir, seria a última mas F”#$%... já estava a ficar todo mamado e o calor já me cozia os miolos. A imagem dessa subida era o som do suor a bater no quadro. E o Rocha (o elétrico) nem cheiro…


Quando cheguei ao reforço no topo de um miradouro, o Rocha (elétrico) descansadinho e satisfeito, já tinha provado os néctares dos deuses, água ardente com café, água ardente de ervas e água ardente velha. Tb provei, bebi e gostei bastante. Tb tinha comida, mas não me lembro o quê, e se comi 😉. 
Agora sim, 13km, sempre ou praticamente a descer, as baterias que emprestei ao Rocha (elétrico) já não precisava delas. Começamos bem com ST complicado e depois foi sempre a ganhar velocidade. As mãos, pulsos e antebraços levaram uma valente coça, o Rocha (elétrico) não tinha auxiliar acima dos 25km/h e aí eu carregava bem para ver se ele ao menos a descer transpirava.
A parte final do percurso passava nos Caminhos de Santiago em sentido contrário, e com alguns peregrinos nos trilhos a atenção era a dobrar. Com o cheiro a Ponte de Lima cada vez mais próximo, o Rocha (elétrico) já podia serrar punho a todo o gás 😁.
No fim à nossa espera estava um caldo verde com tora, mas já sabíamos qual o restaurante que servia uma carne semelhante, tomar banho e correr para lá (de carro, ficava perto da Carolina Herrera).


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