sábado, 5 de junho de 2021

5-6-2021 Portas Mezio/Peneda Gerês/Castro Laboreiro

 

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Rocha, Pedro Faria e PedroS com um track idealizado pelo Miguel Martins iam para os trilhos da Peneda Gerês e Castro Laboreiro.

Um suporte de bikes no gancho do reboque tirou-nos 1h de pedalada, eram demasiados ferros/baterias para os apertos ficarem em condições de segurar as bikes. Fizemos umas 1003 combinações para colocar as bikes presas, e só ao fim de uma hora é que conseguimos seguir viagem.

Antes de tirar as bikes do suporte documentamo-nos com fotos para depois à vinda a montagem não ser outro vez um quebra cabeças.

Saímos da Porta do Mezio às 9.00h, já o sol levava um grande adianto. Eu carregado de protetor solar no corpo, ainda fiquei mais branco. Ofereci protetor aos amigos de viagem e eles educadamente declinaram a oferta. Machos…

Ia ser a prova dos nove para o meu cotovelo partido em Março, a ver se estava preparado para o Extreme Peneda Xures e o resto do corpo tb.

3km afastados do carro parávamos em cima de uma ponte para admirar uma ribeira. Descobríamos uma lontra que trepava penedo a penedo nos seus afazeres matinais, sem se importar com a nossa presença ou não a detetou. Continuava a investigar cada charco ribeira acima. Pena a Gopro não ter a qualidade de zoom…

Começava a subidinhaaaaaa, pequeninaaaa… até alto da Serra do Soajo. O Faria já via o mar… não sei o que é que este gajo anda a fumar, mas…

Seguimos o estradão e passávamos pela nascente do Rio Vez.

O Faria aumentou um apêndice ao track original e fomos visitar a aldeia de Aveleira, parece que está a ser programada para turismo de habitação.


 Aldeia Bouça dos Homens com vista para Peneda, e para a famosa calçada. A subida da calçada era exigente, mas a descida não ficava atrás.

A trepidação era tanta que quase descolava o cérebro do crânio. Tive de parar algumas vezes para descansar os braços e os músculos das coxas que começavam a berrar de dor, eles estavam a avisar-me, ou parava ou eles saiam e iam embora, não estavam para aturar estas merdas.

Os meus amigos elétricos lá iam eles todos pomposos quase sem esforço nenhum nas descidas, sempre bem calçados e com a suspensão para dar e vender, sim… estou com raiva.

Uma visita à Srª da Peneda, para depois fazer mais uma penitencia na GR50 até à casa do guarda florestal, uns km em alcatrão para dar descanso às pernas para voltar à GR50 até Lamas de Mouro, (zona muito bonita).

Subida em alcatrão até ao alto da Portelinha, para continuar a subir para o planalto de Castro Laboreiro, até nos encostarmos contra a fronteira.

10km de planalto parávamos num miradouro para apreciar as vistas e Castro Laboreiro, a descida para lá era tb muito técnica com muita pedras escondidas por vegetação, mais uma coça para a minha bike e para o meu corpinho.

A marretada, quando chegamos a Castro Laboreiro já era evidente, o Rocha tb começava a mostrar sinais que não estava confortável, e a coloração avermelhada não deixava enganar que se ia f”#$% com um grande escaldão.

Estava na hora de virar a bike em direção ao carro, 16km de alcatrão com passagem pelo vale glaciar da Peneda, mais uma paisagem de tirar o folego. Olhando para a paisagem, amaciava o empeno. Mas depois na subida para a aldeia Bouça dos Homens já só via a roda da frente. Os elétricos nestes km de alcatrão vi-os duas vezes, diziam que era para eu me preparar/habituar para o EPX2021, já que ia andar sempre sozinho nesse dia, e abandonaram-me.

Mais 12km a subir desde o batateiro até ao alto do Soajo, ufa!!! Ufa!!!. Era oficial eu estava todo roto, o Rocha tb já teve melhores dias.

Finalmente começávamos a descer, mas até a descer era F$%&”#.

Os dois elétricos a descer todos pomposos pareciam dois cangurus aos saltos todos sorridentes descida abaixo, que nojo me estavam a meter, eu tentava desviar de todas as pedras e sempre a carregar nos travões para a bike não ganhar muito lanço e manter as rodas coladas ao chão para não sofrer tanto. O meu corpo não aguentava mais a centrifugação. Durante a descida parei algumas vezes para ver a paisagem e organizar o corpo, ai que a descida nunca mais acaba, nunca pensei dizer isto no btt.

Cheguei ao carro todo roto, o Rocha parecia uma lagosta saída do tacho todo vermelho, o Faria estava com bom aspeto, ainda bem que era ele a levar o carro para o restaurante e depois para casa.

Belo percurso com 103km com 2600+, um bom treino para o EPX2021.







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