quinta-feira, 10 de novembro de 2011

05-11-2011 - Manobras XI


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Chegado ao café, (ponto de encontro) já lá estava o Pedro Faria, um amigo dele Nagy e o Carlos Pereira, estacionei o barco e ficamos à espera do Tó.

Passa uma carrinha com uma bike conhecida e estaciona, era o César, não tinha dito que vinha mas apareceu. Depois aparece o Tó, mais tarde o vizinho Mendes que também não disse que vinha, já éramos sete, para um passeio organizado desorganizado por GPS que é o lema do Manobras.

O Tó aparece já com um furo, mudou de câmara de ar, e arrancamos com três GPS até ao campo do Brufense, pois era ai que íamos zarpar para uns 60km com um desnível acumulado de 1500m. Todos sabíamos para o que íamos e pelo trajecto sempre ia haver atalhos para desistir e ir embora.

Arrancamos cerca de 50 bttistas para este empeno. Com uma pedalada domingueira lá fomos, passados uns 3 km o Tó volta a furar e para demorar mais tempo abre a câmara de ar furada para proteger a outra.  Do nosso grupo estava eu, Tó e Mendes mais algum pessoal do BTT Famalicão a fechar. Lá arrancamos mas o Tó não estava para pedalar, por outro motivo qualquer voltou a parar e o Mendes lá continuou. Mais um telefonema e o Sr. Tó lá se põe na amena cavaqueira… e eu à espera.

Mais à frente no reforço encontramos o Mendes, e claro que como o Tó não estava para pedalar, arranjou mais uma micose para demorar mais um pouco… e põe-se a pendurar com um atilho o impermeável ao camelbak .

Mais à frente apanhamos o Pedro Faria e o Nagy, já íamos 5 e até agora só tínhamos calcado trilhos que não conhecíamos por zonas bem bonitas. Mais à frente já via o Carlos Pereira e o César, já estavam cansados de pedalar em seco à espera que nós os apanhássemos.

Agora o César estava na sua quinta, vinha caladinho o percurso todo, mas… quando nos juntámos parecia que tinha chegado a um oásis, estava feliz, cantava, falava, parecia um puto a quem lhe tinham dado a sua primeira bike.

Agora chegados às zonas mais duras e técnicas do percurso o nosso grupo começou a trepada ao monte, e de olhos bem atentos, rabo na ponta do selim e amarrar o guiador como se trata-se dos cornos de um touro e força nas pernas que estais aqui para isto, decidir por onde íamos meter a roda e escolher o lado memos sinuoso da subida.

 Como estamos a subir, e a subir, isto também deve descer, era este pensamento que me ia no corpo todo, porque de resto era ouvir a respiração e os pneus a resvalar nas pedras que mais pareciam berlindes gigantes.

IUPIIIIIIII….. agora, era a descer a bem  descer porque a minha bike já não conseguia abrandar mais tal era a inclinação até me enfaixar num rego, mas sem consequências e ainda bem pois foi aí que consegui parar. Ouço as risadas do César atrás de mim ao ver o espectáculo.

Depois da descida uma subida, depois da subida uma descida, depois da descida uma subida, depois de uma subida uma descida, e por ai fora… agora já se ouvia reclamações: “eu não vou andar sempre nisto “ ; “às 13.00h vou embora” ; “mais valia não termos descido” – Tó, Pedro Faria e Mendes.

Mais à frente no começo de uma subida o Mendes dá um malho tipo pinheiro, estava quase parado e cai para o lado.

Com a queda tinha começado a rebelião o Tó, Pedro Faria e Mendes decidiram ir embora e levaram dois GPS com eles. Tínhamos ficado com o GPS do Nagy por isso ainda podíamos continuar até ao fim.

Mais à frente paramos num café para abastecer água e bebemos uma mini cada um e o César uma cola. Nesta altura o Nagy estava com cãibras e o César estava a ficar desidratado e mal alimentado, tal era a quantidade de sais espalhados pela cara e roupa.

O GPS do Nagy começa a ter problemas e a mandar-nos embora pela estrada, estava a ver que íamos desistir mas aparece um grupo que também estava a fazer o Manobras e apanhamos boleia até ao reforço.
Mais à frente tentamos remediar o problema do GPS, mas o Nagy não quis o cão e como o GPS o estava a mandar para casa, ele decidiu obedecer e foi embora.
Eu, o Carlos Pereira e o César continuamos o percurso a seguir quem tinha GPS ao ritmo deles.

A 5 km do fim, um do grupo que vínhamos a seguir furou e era para demorar, como queríamos fazer o percurso todo esperamos com eles, até aparecer outro grupo, e… volta a saltar de grupo, mas este ia em excesso de velocidade e tivemos de carregar bem nos pedais para os acompanhar. A 2km do fim o César abandona em direcção ao carro e Eu e o Carlos Pereira saltamos para outro grupo da organização que ainda nos levaram até a um bónus, com uma descida bem alucinante. Chegamos ao fim deste Manobras e combinamos dali a meia hora ir tascar, onde almoçamos, lanchamos e jantamos…

No domingo eu e o Carlos Pereira fomos andar, fomos os únicos do nosso grupo que andamos no sábado e domingo a que se juntou o Joel e o Rui Carvalho. Foi um passeio mesmo domingueiro e descontraído até o Carlos Pereira ter dado um valente malho, as pernas grandes não o safaram e aterrou de cabeça onde descíamos a uns 35kmh. Mas não teve nada, só o rabo picado.

 Mais à frente ao passar numa povoação um Sr abre a porta e grita” força rapazes, vamos lá” a qual o Joel responde “não têm ai uma pinga?” “tenho” responde o Sr “vou buscar” paramos e fomos presenteados com uma prosa muito boa e sábia de um Sr que transbordava felicidade e nos oferecia um favaios de alta qualidade e em garrafa já alguns anos. Agradecemos, ao qual ele retorquiu “ se algum dia alguém vos pedir de beber à vossa porta, dai-lhe”.

Foi um fim-de-semana de bom btt

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