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Passa uma
carrinha com uma bike conhecida e estaciona, era o César, não tinha dito que
vinha mas apareceu. Depois aparece o Tó, mais tarde o vizinho Mendes que também
não disse que vinha, já éramos sete, para um passeio organizado desorganizado
por GPS que é o lema do Manobras.
O Tó aparece
já com um furo, mudou de câmara de ar, e arrancamos com três GPS até ao campo
do Brufense, pois era ai que íamos zarpar para uns 60km com um desnível
acumulado de 1500m. Todos sabíamos para o que íamos e pelo trajecto sempre ia
haver atalhos para desistir e ir embora.
Arrancamos
cerca de 50 bttistas para este empeno. Com uma pedalada domingueira lá fomos,
passados uns 3 km o Tó volta a furar e para demorar mais tempo abre a câmara de
ar furada para proteger a outra. Do nosso grupo estava eu, Tó e Mendes
mais algum pessoal do BTT Famalicão a fechar. Lá arrancamos mas o Tó não estava
para pedalar, por outro motivo qualquer voltou a parar e o Mendes lá continuou.
Mais um telefonema e o Sr. Tó lá se põe na amena cavaqueira… e eu à espera.
Mais à
frente no reforço encontramos o Mendes, e claro que como o Tó não estava para
pedalar, arranjou mais uma micose para demorar mais um pouco… e põe-se a
pendurar com um atilho o impermeável ao camelbak .
Mais à
frente apanhamos o Pedro Faria e o Nagy, já íamos 5 e até agora só tínhamos
calcado trilhos que não conhecíamos por zonas bem bonitas. Mais à frente já via
o Carlos Pereira e o César, já estavam cansados de pedalar em seco à espera que
nós os apanhássemos.
Agora o
César estava na sua quinta, vinha caladinho o percurso todo, mas… quando nos
juntámos parecia que tinha chegado a um oásis, estava feliz, cantava, falava,
parecia um puto a quem lhe tinham dado a sua primeira bike.
Agora
chegados às zonas mais duras e técnicas do percurso o nosso grupo começou a
trepada ao monte, e de olhos bem atentos, rabo na ponta do selim e amarrar o
guiador como se trata-se dos cornos de um touro e força nas pernas que estais
aqui para isto, decidir por onde íamos meter a roda e escolher o lado memos
sinuoso da subida.
Como
estamos a subir, e a subir, isto também deve descer, era este pensamento que me
ia no corpo todo, porque de resto era ouvir a respiração e os pneus a resvalar
nas pedras que mais pareciam berlindes gigantes.
IUPIIIIIIII…..
agora, era a descer a bem descer porque a minha bike já não conseguia
abrandar mais tal era a inclinação até me enfaixar num rego, mas sem
consequências e ainda bem pois foi aí que consegui parar. Ouço as risadas do
César atrás de mim ao ver o espectáculo.
Depois da
descida uma subida, depois da subida uma descida, depois da descida uma subida,
depois de uma subida uma descida, e por ai fora… agora já se ouvia reclamações:
“eu não vou andar sempre nisto “ ; “às 13.00h vou embora” ; “mais valia não
termos descido” – Tó, Pedro Faria e Mendes.
Mais à
frente no começo de uma subida o Mendes dá um malho tipo pinheiro, estava quase
parado e cai para o lado.
Com a queda
tinha começado a rebelião o Tó, Pedro Faria e Mendes decidiram ir embora e
levaram dois GPS com eles. Tínhamos ficado com o GPS do Nagy por isso ainda
podíamos continuar até ao fim.
Mais à
frente paramos num café para abastecer água e bebemos uma mini cada um e o
César uma cola. Nesta altura o Nagy estava com cãibras e o César estava a ficar
desidratado e mal alimentado, tal era a quantidade de sais espalhados pela cara
e roupa.
O GPS do
Nagy começa a ter problemas e a mandar-nos embora pela estrada, estava a ver
que íamos desistir mas aparece um grupo que também estava a fazer o Manobras e
apanhamos boleia até ao reforço.
Mais à
frente tentamos remediar o problema do GPS, mas o Nagy não quis o cão e como o
GPS o estava a mandar para casa, ele decidiu obedecer e foi embora.
Eu, o Carlos
Pereira e o César continuamos o percurso a seguir quem tinha GPS ao ritmo
deles.
A 5 km do
fim, um do grupo que vínhamos a seguir furou e era para demorar, como queríamos
fazer o percurso todo esperamos com eles, até aparecer outro grupo, e… volta a
saltar de grupo, mas este ia em excesso de velocidade e tivemos de carregar bem
nos pedais para os acompanhar. A 2km do fim o César abandona em direcção ao
carro e Eu e o Carlos Pereira saltamos para outro grupo da organização que
ainda nos levaram até a um bónus, com uma descida bem alucinante. Chegamos ao
fim deste Manobras e combinamos dali a meia hora ir tascar, onde almoçamos,
lanchamos e jantamos…
No domingo
eu e o Carlos Pereira fomos andar, fomos os únicos do nosso grupo que andamos
no sábado e domingo a que se juntou o Joel e o Rui Carvalho. Foi um passeio
mesmo domingueiro e descontraído até o Carlos Pereira ter dado um valente
malho, as pernas grandes não o safaram e aterrou de cabeça onde descíamos a uns
35kmh. Mas não teve nada, só o rabo picado.
Mais à
frente ao passar numa povoação um Sr abre a porta e grita” força rapazes, vamos
lá” a qual o Joel responde “não têm ai uma pinga?” “tenho” responde o Sr “vou
buscar” paramos e fomos presenteados com uma prosa muito boa e sábia de um Sr
que transbordava felicidade e nos oferecia um favaios de alta qualidade e em
garrafa já alguns anos. Agradecemos, ao qual ele retorquiu “ se algum dia
alguém vos pedir de beber à vossa porta, dai-lhe”.
Foi um
fim-de-semana de bom btt
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