sábado, 28 de abril de 2018

28 de Abril NGPS Lousã


Mais uma madrugada com previsão de um grande empeno, Nagy, Faria, PedroS e Miguel saíam de Famalicão para fazer uma visita pelas aldeias históricas do xisto na Serra da Lousã, o Rocha foi de véspera, está a habituar-se…
Chegamos cedo como apanágio do nosso grupo, o Miguel bem queria mais horas de sono mas o percurso não deixava e precisávamos de quase todas as horas do dia para o terminar :)
Na secretaria, a sempre conversa com os amigos e conhecidos leva-nos ao encontro do Manel que fez o último terço do NGPS de Albergaria em nossa companhia. Como estava só queria juntar-se ao grupo, precisava de dez minutos para começar a rolar, enquanto se prepara nós vamos lentamente com a câmara fotográfica na mão até ele chegar.
Na subida inicial em alcatrão, na dianteira o Rocha e Nagy, depressa deixamos de lhe por a vista em cima. Nós os três íamos flashando e vendo com olhos de ver o que o percurso nos ia mostrando.


Entrando no trilho já se viam os dois fugitivos, depressa equipamos a cinco. Com a liderança no Rocha que não levava GPS, o engano na direção escolhida não foi o mais acertado, mesmo antes de começar o 1º ST do dia. Quando afinamos a pontaria já encontramos o Manel no meio do ST e o entusiasmo do ST já deixou água na boca. Mais e mais, era o que queríamos.


A visita à Aldeia da Cerdeira o ST que nos levou lá (não filmei uns 80% do trilho) foi brutal, começamos por uma cascalheira acentuada, e segurar bem na burra não vá ela se entusiasmar e nunca mais a voltar a segurar, para depois entrar numa zona mais arborizada e deslizar na entrada da aldeia acompanhados pela iluminação do sol. Não sei se era da hora do dia mas o sol entrando pelas vielas adentro deixava um ar nostálgico. As árvores a florescer, água a correr, uma paisagem de longo alcance de montanha, sim, sim podia ter nascido ali. Ao sair da aldeia ainda fomos avisados para a prova do chá, voltamos para trás e além do chá provamos umas compotas muito boas, compramos algumas para depois o Rocha no dia seguinte ir lá levanta-las.Ao subir para sair da aldeia dou a 1ª keda, vá-se lá saber como… depois foi descer à la Tour de France, alcatrão serpenteado. E junção de percursos, mais bttistas nos trilhos…


Visitávamos a Aldeia de Candal sem trilho, mas com alcatrão que nos encaminhou para mais um ST em direção à Aldeia do Catarredor. Uma boa entrada para um ST entusiasmante em que o pedalar era bem necessário, algumas zonas um pouco técnicas no trilho ia aparecendo e sempre com uma vegetação ajardinada.

O entusiasmo e ânsia era tal por imaginar mais um ST a seguir à Aldeia do Catarredor que mal desci as escadas enfaixo-me outra vez no chão de xisto, e o xisto não estava mole. Continuando tipo pica miolos lá tentava manter-me em cima da bike, o que não estava fácil. O Manel dá uma keda e parte o vidro do GPS ficando às escuras. Era mais um ST mas com algumas zonas a subir (com ela à mão). Quanto às mazelas do Manel não sei, mas as minhas estavam lá e não chateavam muito, estava quente e com o ego um pouco congelado.

A próxima aldeia era o Talasnal, talvez a mais conhecida. No hall de entrada da aldeia uma tasca com muito bom aspeto, mas nem olhei muito, não vá o íman atrair-me para dentro e ainda faltavam muitos km para o fim.
A Aldeia Casal Novo tb ficava assinalada na passagem em alcatrão, e o ponto de subida até às eólicas, o visionamento de três saídas monte abaixo em DH/enduro nem as cheiramos, mas elas estavam lá. Snif !!! Snif !!! Snif !!!

Ficavam as três portas fechadas mas abria-se outra, não tão espetacular, tínhamos que pedalar bem para ganhar velocidade e serpentear os pinheiros. Já tinha dito que adoro ST mas estes esgotam-me fisicamente. Vamos embalar as pernas no baloiço paisagístico, ver a paisagem, chegávamos a um ponto de decisão. O Miguel queria visitar Trevim desde o início do percurso, e porque não, nos outros GPS tb fizemos mais km e mais acumulado, só porque sim, sim para conhecer, sim para chegar ao ponto mais alto, sim porque ainda não estou mamado (falso).
O Faria e o Rocha já estavam a contar deste ponto seguir o corte, o que totalizava 68km com 2200+. O Nagy ficou na dúvida mas optou por ficar com o Faria e o Rocha. O Manel sem GPS queria ir para o grande mas não queria muito visitar o alto de Trevim, foi para o verdadeiro empeno, três bttistas para cada lado. Arrancamos para o topo sem antes comer um arroz doce feito por medida, a organização esmerou-se estava bom pois claro. Fizemos o desvio até ao topo de Trevim e o tempo lá em cima não estava o melhor, e pela primeira vez sentimos que a chuva não ia perdoar. Vesti o impermeável e na descida já sentia a chuva gelada carregada de saraiva, passava pelos restantes kedas, eles em subida. Voltamos a passar no reforço mas só para os outros vestirem o seu impermeável.


Do reforço até à Aldeia do Coentral mais uns ST e trilhos fantásticos, comecei com a ideia que era bem a descer, mas logo vi que teria de pedalar bem para descer, já estou a ficar habituado… a inclinação começou a ajudar e os pinheiros começaram a andar mais depressa até chegarmos ao corta-fogo, esperamos que o Manel se juntasse para continuar a descida. Entramos noutro ST (sem gravação Sniff! Sniff!) este era bem de arregalar os dentes, quando entramos tipo enxurro não deu para tirar a mão do guiador se não era keda bem dorida, enquanto descia sentia os braços a engrossar tal a trepidação e a força que fazia para segurar na bike.

Mais uma zona de beleza paisagística digna de vários postais e sons, o som da água perto, o rio perto, o desnível para a água longe, mais um trilho escorregadio e mais uma keda. Depois de ver estes acontecimentos a keda de Vinhais veio ao cérebro e depois ao corpo, trauma? Espero que não, vou é aliviar um pouco os pedais.Chegávamos à Aldeia do Coentral e já sabia que 8/9km a subir estavam garantidos com um ganho de 450m+, muito bom. Quando aterrei no topo, sim, era uma pista de aterragem, com vento de frente os flaps nem conseguiam mexer. Foi bonito fazer esta subida, vias sempre Trevim, começas a ver de baixo e depois ao topo uns 1800m de distância em linha reta e à mesma cota :). Dasse.
Enchemos bem o bucho para descer e ver os km a andar mais depressa, não levamos luzes, mas fomos visitar os frigoríficos antigos de guarda de neve.
A descida até à aldeia de Povorais, cerca de 5km muito rápidos, passamos na aldeia com a informação de sopa e bifanas, mas não havia fome, só havia fome de comer km. O relógio estava a andar muito rápido.



A próxima aldeia, Pena de seu nome, sim era mais uns ST/trilhos da mesma qualidade de tantos que fizemos no dia, não enche, mas a energia não é a mesma, mas os olhos continuam a deliciar-se com tudo que este percurso nos deu, estava a ser um dia grande em BTT e paisagístico.
Ao chegar à Aldeia da Pena os penedos de Góis saudavam-nos lá do alto, eu com o pensamento de ter a última subida das lentas do dia pela frente, chamo pela avozinha e siga.
Apanhávamos a junção/corte que os outros kedas seguiram no alto de Travim, há já algum tempo que tinham passado por lá, disseram-me depois que nessa descida foram aos 82km/h.


A Aldeia Aigra Nova tb fica no mapa do Alcatrão de seguida a Aldeia da Comareira com uma saída tb ela em ST/trilho, ufa! ufa! ufa! e isto não pára é sempre a romper, já há alguns km que não tinha travões em condições e a gravidade é que fazia o resto, eu já não pedalava.
Mais uns km a rolar bem depressa para quem já tinha levado uma valente coça, os percursos juntam-se em Cabanões, atestamos água e volta a carregar nos cranques, os únicos bttistas que se vêem são um grupo que está na mesma média que nós vindo do grande tb. Passamos no Licor Beirão, os funcionários não recebem horas extras e o portão está fechado, mais uns metros em km para deslaçar as pernas para chegar ao secretariado pelas 18.00h, com 95km e 3200+ no papo. Com isto tudo e uma barrigada de BTT como há muito não tinha no circuito, vais ser difícil superar este em 2018, para mim.

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