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Serra da Cabreira, conhecendo eu melhor a vertente da saída
de Vieira do Minho, a Serra da Cabreira por Cabeceiras de Basto abria uma
grande expetativa de trilhos e paisagem.
Começamos o passeio por visitar a Vila com os seus jardins e
edifícios históricos. Logo no primeiro km as curtas subidas já deixavam o Faria
nas 160bpm, Rocha e PedroS guiavam-se pelo medidor cardíaco do Faria, o que é
sempre bom… ele é que se estava a cansar 😊.
Com 17km já percorridos, o balanço não era o melhor. Os
primeiros km de interesse para depois calcar alcatrão, e estradão a subir,
descer em alcatrão?!!! O vento tb não estava a ajudar e finalmente desaguamos
num ST. Em algumas zonas marcados pela sachola como indicação. Aqui já estavam
os dentes ao sol e o vento não chateava. A paisagem começava a pintar o quadro
do dia, em branco até então. A morfologia Serra da Cabreira começava a nascer
no percurso.
No 3º km os percursos separaram-se e voltaram a juntar-se no
km 30 do percurso grande, os dois foram “castigados” na subida até ao ponto
mais alto do dia, com 8.5km para fazer uns 520+ de acumulado. O trilho, em
subida exigente com muita pedra, onde era necessário o esforço para transpor as
dificuldades que estavam sempre acontecer. A vegetação, uma grande parte dela estava queimada deixando
um sentimento de tristeza e raiva por não olharem e descuidarem dum património
que é nosso. Uma das Serras mais bonitas que eu conheço levou uma grande coça
do fogo. Vai levar algum tempo até a Serra da Cabreira voltar a mostrar o verde
em altura nesta encosta.
O Rocha tinha chegado ao topo já todo roto e o Faria continuava
as bpm bem acima do desejável. Na curta descida depois de termos chegado ao
topo os músculos das pernas do Rocha querem abandonar o corpo, pedem descanso.
Com 42km e ver outros colegas do outro lado da encosta digo ao Rocha para
cortar caminho e esperar pela nossa passagem do outro lado. Não entendeu e
quando chegou ao outro lado apontou para Cabeceiras de Basto e… Numa agradável zona de bosque passamos por uma caravana de
jipes, visitamos as levadas em direção aos moinhos de água na zona de Moinhos
de Rei. Zona muito bonita, este bosque.
O Faria não quis ver as vistas de Porto D´Olho, preferia ver
as vistas via câmara fotográfica a posteriori, já estava muito off. 10km depois
para voltar a encontrar o Rocha mas não estava lá, talvez tenha seguido para
tasco…
Os km que antecederam o Nariz do Mundo, (onde achava que o
Rocha estava) uma paisagem dantesca, deve ter havido um incêndio e depois abate
das árvores queimadas, deixando a impressão da queda de uma bomba atómica com
tudo limpo à volta, deixando só as pedras à vista.
Chegávamos à Aldeia de Moscoso e o Rocha tb não estava no
tasco, e o cheiro a carne grelhada dava vontade de dar uns croques no Rocha.
Para não ficar muito tempo à nossa espera decidimos fazer a grande descida,
10km sempre a descer, vamos ver o que a descida nos vai oferecer além da
paisagem, … estradão podia haver algo mais interessante mas… não sei… não conheço.
Fiquei com a ideia que fiz tanto alcatrão como
trilhos/estradões, a paisagem valeu a pena, mas acho que podia ser bem melhor,
mas tb não conheço bem, só sei que é uma serra de grande potencial.
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